Estilo retrô para dar adeus ao ônibus

Leandro Alvares

O baixo poder aquisitivo de grande parcela da população somado ao desejo de se fugir do transporte público e à avalanche de produtos oriundos da China pode resultar, num futuro não muito distante, na volta em massa das motinhas estilo mobilete ao trânsito das grandes metrópoles.

As fabricantes já estão fazendo a parte que cabe a elas, lançando ao mercado modelos para se escapar do caos da condução coletiva. A aparência do produto é o que menos importa.

Dois exemplos desta realidade são a Shineray XY50Q e a AME 110 MIX da Amazonas, aquela que no passado fabricava grandes máquinas com motor de Fusca, câmbio de Brasília, freios do Corcel e demais componentes de diversas outras marcas.

Bastante conhecida nas regiões Norte e Nordeste do país, a Shineray lançou recentemente a sua primeira revenda no Sudeste, localizada na cidade de Campinas. Por lá, iniciou a divulgação da XY50Q dando ênfase à economia do equipamento, capaz de fazer mais de 60 km com um litro de combustível, segundo a empresa.

Com motor de 50cc quatro tempos, refrigerado a ar e transmissão de quatro velocidades, o modelo de visual chinês é vendido a R$ 2.190. Sua concorrente direta fabricada pela Honda, a Pop 100, tem preço sugerido de R$ 3.990.

A AME 110 MIX, por sua vez, tenta atrair o consumidor nacional com a proposta de ser um veículo para várias situações de piso. De acordo com a Amazonas, trata-se de uma mistura de trail, street e cub.

Com um design até que atrativo, a motinha se destaca pelo freio a disco na dianteira, amortecedor traseiro com regulagem para um ou dois passageiros, painel de instrumentos completo, banco longo, guidão estilo trail, motor de 110cc e escapamento fosco. Seu preço: R$ 3.300.

Opções para dar adeus ao ônibus estão sobrando. Cabe ao cidadão fazer a sua escolha, sem esquecer de pesar as vantagens e desvantagens dos produtos disponíveis. Seja ou não uma mobilete dos tempos modernos.

Errata: A loja Shineray inaugurada em Campinas não foi a primeira do Sudeste, mas sim a primeira do Estado de São Paulo.