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Viagens

Viagem de moto do Rio de Janeiro ao deserto do Atacama

15 de December de 2017

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Paulo Kuster
 
 
A partida foi do interior do Rio de Janeiro, Três Rios . Encontrei os amigos em Resende (RJ) e seguimos em direção a São Paulo, Paraná e chegamos à tríplice fronteira, onde adentramos em território argentino. Subimos a cordilheira dos Andes.
 
Esse ponto da viagem foi o mais complicado, em pleno janeiro e uma barreira de gelo interditou a pista após a fronteira Argentina/Chile e a polícia chilena então proibiu toda circulação , ficamos 2 noites e 3 dias parados na fronteira, primeiro dia conseguimos uma pousada, a única naquele meio do nada.
 
O segundo dia dormimos em uma escola depois de muito protestar e exigir das autoridades locais uma solução, onde a polícia argentina foi muito atenciosa e nos auxiliou com colchões e cobertores, pois estávamos a uma altitude de 4.200 m e com temperatura que na madrugada atingia menos de 0°C e para mitigar os efeitos do famoso mal de altura recorremos ao chá de folhas de coca muito comum na região.
 
Já no final do terceiro dia a polícia chilena liberou a estrada, então céu azul e aceleramos rumo ao Atacama, o deserto mais árido do planeta.
 
Essa parada inesperada na fronteira impactou o cronograma da viagem, pois tivemos que abortar a ida ao salar Uyuni (deserto de sal na Bolívia).
 
Chegando em São Pedro do Atacama visitamos quase todos os pontos turísticos da região , Vale de la muerte, lagunas escondidas onde não se afunda devido a densidade da água salgada, visitamos também os famosos gêiseres e uma região vulcânica chamada Piedras Rojas.
 
Fomos ao litoral chileno, cidade de Antofagasta e como era verão e já que cruzamos a América nada mais justo do que banhar-se no pacífico.
 
Também não faltou aquela foto clássica de quem vai ao Atacama, a escultura Mão do deserto , ícone e parada obrigatória para todo motociclista e viajante que passa por ali.
 
Na volta, na aduana conhecemos um casal de motociclistas de São Paulo (Adriano e Denise) que retornavam de uma viagem ao Peru .
 
Retornamos passando pelas províncias de Jujuy, El Chaco, Corrientes e Entre Rios, na Argentina.
 
Chegamos a tríplice fronteira novamente, passamos pelo norte do Paraná, Campinas (SP) e retornamos ao lar Rio de Janeiro.
 
Saímos 16 de janeiro de 2017 retornando em 5 de fevereiro de 2017, 21 dias e quase 9.000 km de pura aventura e emoção .
 
Um prazer indescritível que só o viajante de moto consegue sentir.
 
Aventura, liberdade, parceria, amizade, intercâmbio cultural e uma saudade que só aumenta o desejo de realizar uma nova viagem de moto.
 
Abraços dos amigos, Paulo Kuster, Tamires Huguenim, Bira Alves e Valéria Cruz.
 
 

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Fotos: Acervo Pessoal

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