Viagem até Serra do Rio do Rastro

Trip realizada em Agosto do ano passado, começou em Jundiaí e foi até Santa Catarina.

Por André Jordão

Daniel Franciscão

Tudo pronto pra sair, porém, faltava o Luis Fernando como sempre atrasado. O pessoal até já se acostumou com ele. Partimos dia 14 de agosto de 2008 às 8h da manhã.

Rodamos 720 km até a cidade de Barra Velha (SC), onde paramos pra pernoitar. Estávamos em 6 motos, sendo uma Varadero, uma XT 660, uma Hornet, uma Vulcan 1500, uma Shadow 600 e um Boulevard 800. Foi também uma caminhonete de apoio, uma L200 Savana.

Neste primeiro trecho rodamos o dia todo embaixo de chuva, pouca visibilidade, muitos caminhões na pista, foi um dia tenso, mas o espírito de aventura era mais forte.

No outro dia pela manhã levantamos, tomamos café e seguimos rumo ao nosso destino, antes passamos em Florianópolis, pela praia da Joaquina, um lugar muito bonito.

Depois voltamos para a BR 101 até a cidade de Tubarão, onde pegamos outra pista, sentido Lauro Müller e Nova Orleans. Lá pelas 16h30 chegamos aos pés da Serra do Rio do Rastro, depois de ter rodado o dia todo sem almoçar.

Mas tudo bem, afinal nós também queríamos chegar logo na tal serra, e o trecho da BR 101 de Camburiú até Tubarão ainda estava em obras, muitos trechos em mão dupla, fora a grande quantidade de caminhões grandes que rodam por ali.

Valeu a pena, subimos a serra, e paramos lá em cima pra contemplar a beleza da natureza. Ao chegar lá dá pra sentir o tamanho do poder do criador, a paisagem é simplesmente fantástica, maravilhosa, não há como descrever em palavras é uma sensação que só estando lá pra sentir mesmo.

Chegamos na pousada na cidade de Bom Jardim da Serra, que fica a uns 20 km dali, e já era de noitinha. Fomos muito bem recebidos por um clima familiar.

Os proprietários, um casal de camponeses que transformaram seu sítio em pousada, nos receberam com um prato típico. Feito em uma panela de arado de trator, tinha batata cozida e frita, bife, lingüiça caseira, pimentão, pinhão, cenoura, e mais um monte de coisas, e pra acompanhar um arroz branco muito saboroso. Para quem tinha ficado o dia todo sem comer...

Bem, com a fome já saciada, montamos nas motos e voltamos para serra. A vista noturna é deslumbrante, a serra é iluminada com lâmpadas de mercúrio movida a energia eólica, parece um rastro de fogo no meio da escuridão, por isso ela também é chamada de Serpente de Fogo.

Descemos e subimos a Serra novamente só pra sentir qual era a sensação. Mais uma vez, uma emoção difícil de descrever em palavras. Voltamos para a pousada onde tivemos um aconchegante e merecido descanso. No outro dia pela manha seguimos rumo a Barra Velha, novamente mais uns 400 km para rodar.

Chegamos na mesma pousada onde tínhamos passado a primeira noite da viagem, porém fizemos outro caminho, passamos por São Joaquim, Urubici, Blumenau até chegar em Barra Velha.

No domingo pela manhã, hora de enfrentar os 700 km de volta até Jundiaí. Já próximo a cidade de Registro, em solo paulista, deu problema no rolamento da roda dianteira da Boulevard. Carregamos a moto na “carretinha” da caminhonete e o piloto, nosso amigo Zé Brau, veio de passageiro na caminhonete.

Chegamos em casa no domingo final da tarde, com bastante história para contar. Graças a Deus nenhum imprevisto desagradável, ou qualquer outra coisa que poderia nos tirar a alegria da viagem aconteceu.

Foram quatro dias bem rodados, o dia todo em cima da moto, ao todo 2.200 km percorridos, tudo perfeito. Uma viagem inesquecível que eu recomendo a todos os motociclistas.

Serra do Rio do Rastro, e a serpente de fogo, é destino certo para quem gosta de uma boa aventura, e de contemplar a beleza da natureza. Nosso próximo destino é a cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, no próximo feriado de 01/05/2009. Na volta eu conto como foi a viagem. Abraço a todos, e espero que tenham gostado.

O “motonauta” Daniel Fransciscão participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.


Fonte:
Moto Repórter

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