Viagem ao Chile
Mais um roteiro de aventura com motociclistas brasileiros rodando pelas belas paisagens chilenas
Por Usuário Motoreporter
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André Carvalho
Em maio de 2012, começamos a pensar em uma viagem de moto. Surgiu a proposta de irmos para o Chile ? rota de motociclistas. Fizemos algumas consultas a amigos, mas poucos concordaram. Outros falaram que ?éramos loucos?! Bom, meses se passaram e aquela ideia foi tomando forma. Daí, eu (André) e meu primo Têto, Alessandro, tomamos coragem e iniciamos as buscas a companhias aéreas e pacotes de viagens. Durante dias pensamos nos mínimos detalhes, mas faltava definir o tamanho das motos. Entramos em contato com a Moto Aventura, empresa especializada em passeios de motocicletas no Chile e, por e-mail, começamos a negociar e entender o perfil de cada veículo.
Concordamos em optar por duas valentes BMW G 650 GS que apesar de novas (ano 2012), estavam bem rodadas, numa média de 35.000 km , o que mostra o interesse dos visitantes atraídos pelas estradas do país. Falando em estradas, ?um tapete? em quase sua totalidade e muito bem sinalizadas. Marcamos para fevereiro. Adiantamos o pagamento das locações, passagens (penso que foi uma das melhores opções que fizemos) e programamos um valor médio para gastar no percurso. Moedas trocadas, hora de preparar as malas. Beijo nas esposas, filhos, pais, irmãos, enfim, toda a ?famiagem?.
Com as mochilas nas costas, no dia 04/02/13 seguimos para o aeroporto de Brasília. Vôo tranquilo até Santiago, nove horas no aeroporto, onde embarcamos para Osorno ? região dos lagos ? local da retirada das motos. Cidade tranqüila, povo educado ? ?um pouco? diferente do que estamos acostumados no nosso país, principalmente quando falamos de trânsito.
ROTA 5 Fizemos a escolha inversa de muitos. Seguimos em direção ao sul do continente. Visitamos Puyehue, para testar nosso desempenho, e fomos até a divisa com a Argentina. Nada mal para dois amigos sedentários. À procura de um vulcão, seguimos para Puerto Montt. Tomamos uma balsa e chegamos a Ancud ? onde encontramos a primeira praia para banho. Água gelada, repleta de algas e muitas crianças correndo na areias escuras do lugar. Pausa para fotos, aliás, muitas fotos ? impossível reconhecer a beleza da região e não sentir a falta da família. Soubemos que havia uma ilha onde habitam pingüins e seguimos direto, sem pestanejar. Quase 30 km de muito cascalho, areia e poeira ? verdadeiro rally. Após, seguimos para a cidade de Castro ? hotéis lotados. A cidade estava muito cheia, parecia uma grande ?25 de março?.
Optamos por ir até a cidade mais próxima, 22 km. Em Queilén, comemos os últimos ?cachorros quentes? da cidade. Ela praticamente para à meia-noite. Logo cedo, partimos para os últimos quilômetros asfaltados da Rota 5, Queillón. Foi espantoso estar em um lugar onde, em todas as esquinas, existem placas alertando do perigo de Tsunami. Lugar com clima de cidade do ?velho oeste? queríamos visitar Las Pinguineras ? mas ficamos frustrados, pois, o passeio só acontece agendando com a antecedência de uns 10 dias. O negócio era andar de moto! Andamos até aqui, 1000 km ? aproximadamente ? e seguimos para o norte, rumo ao Vulcão Villarrica, de volta por Osorno. Com as estradas à beira mar, fica tudo mais fácil e belo.
A cidade de Villarrica, a subida do vulcão foi de 16 km de curvas em aclive até chegada ao mirante ? lugar que é uma estação de esqui no inverno. Ora de devolver as motos: De volta à Osorno, entregamos as motos e seguimos no último dia do passeio a pé. Foram 1.784 km gravados no painel das motos em 4 dias ? no quinto dia não foi utilizado pedômetro. Retornamos ao aeroporto (09/02), rumo ao Brasil, e nossas mentes não paravam de lembrar o quão bom foi a ?brincadeira? e quanto tempo demoraria para a próxima, já com saudades da aventura ? mais ainda de nossas famílias. Enfim, muitas fotos, gravações e histórias pra contar...
Em casa, agradeço a todos que acreditaram e nos deram força para que isso se tornasse realidade. Aos amigos que não puderam nos acompanhar, ?que pena, fica pra próxima?!
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