O importante é viajar de moto, seja ela pequena, média ou grande
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Por Alexandre Ciszewski
Por Alexandre Ciszewski
Celina Aparecida Martins Costa
Meu nome é Celina Aparecida Martins Costa tenho 26 anos, piloto moto desde os 15 anos e viajo de motos desde os meus 19 anos, quando comprei minha primeira moto em 2011 e que tenho até hoje, uma Honda CG 150 Fan.
Logo na primeira semana que comprei me senti livre, finalmente eu ia poder ir para onde quisesse, e foi exatamente isso o que aconteceu: viajei pela primeira vez de moto, e sozinha, de Frutal (MG), onde eu morava, até São José do Rio Preto (SP), onde moro atualmente). No total foram 110 km pela BR 153, conhecida por seu alto índice de acidentes, mas graças a Deus tudo ocorreu tranquilamente e desde então não parei mais.
No ano seguinte em 2012 eu me mudei para Rio Preto e comecei a fazer esse mesmo trajeto toda sexta-feira a noite para visitar meus amigos e familiares que estavam em Frutal. Ia sempre na sexta-feira e voltava no domingo, sempre sozinha, viajei uma vez acompanhada com um amigo nesse mesmo trecho, e outra vez levei minha mãe para sentir a sensação que é viajar de moto. Ela adorou, mas como tem outros afazeres e mora em outra cidade, não consegue me acompanhar sempre.
Depois de cinco anos fazendo esse trajeto Frutal – Rio Preto e Rio Preto – Frutal, decidi que iria me aventurar mais longe. Meu pai que já é falecido é de Goias e eu sempre sonhei em conhecer o estado, então em 2016 planejei tudo para ir, comprei barraca, fiz revisão na moto, reservei o dinheiro, chamei um amigo (pois estava com medo de viajar sozinha para o desconhecido), contei para minha família, que inicialmente meus avós foram contra eu ir, minha mãe ficou meio assim... Na semana da viagem roubaram a moto do meu amigo e a ponte que liga Minas Gerais a Goiás caiu e eu acabei desistindo de ir fiquei pensando, "deve ser oração dos meus avós pra eu não ir". Enfim passou o ano e entrou 2017, eu continuei apenas fazendo pequenas viagens de 100 km de distância.
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Então, no fim de 2017, em dezembro, eu comecei a planejar minhas férias que já seriam dali dois meses, fiquei pensando o que fazer, passou um mês e nada já era janeiro e eu pensando queria viajar de moto, quando faltava uma semana pra eu sair de férias no final de janeiro eu falei semana que vem to de férias e vou fazer o que queria em 2018. Fui lá, fiz uma revisão caprichada na moto, dei uma pesquisada nas estradas e na previsão do tempo, pesquisei uns hotéis nos lugares que eu queria conhecer, e falei: agora eu vou!
Cheguei em Frutal, na casa da minha mãe, na segunda-feira e comuniquei: "Amanhã, terça-feira, estou indo viajar, a senhora quer ir?". Ela disse que não, porque era uma viagem longa. Pedi para que ela não contasse a ninguém e na terça olhei o GPS por cima os lugares que eu tinha que ir, reservei o hotel e fui.
Na semana seguinte que voltei da viagem, viajei novamente, dessa vez a Uberlândia, que foram mais 360 km ida e volta, no total quase 1.500 km rodados em duas semanas. Minhas inspirações hoje para viajar de moto são o José Albano, que escreveu o livro "Viajante Solitário", dono de uma CG 125 que viaja o Brasil todo, e o Tiago (profeta), que é um senhor que já atravessou fronteiras em sua moto de 125cc sozinho também. Ambos só viajam sozinhos.
Minha opinião sobre viajar com motos pequenas é que, quem gosta de moto, geralmente quer motos grandes para viajar, e eu não tenho essa necessidade. A moto pequena gasta menos, dá menos trabalho e me proporciona o mesmo vento no rosto que a moto grande de alta cilindrada. Sonho futuramente em ter uma grande moto, mas no momento quero aproveitar o máximo da minha pelo Brasil e, futuramente atravessar fronteiras, sim! E sozinha, apenas com a proteção divina.
Cidades que conheci em Minas Gerais: PRATA, CENTRALINA, CANÁPOLIS, UBERLÂNDIA
Cidades que conheci em Goiás: ITUMBIARA, BURITI ALEGRE, ÁGUA LIMPA, MARZAGÃO, CALDAS NOVAS, RIO QUENTE, MORRINHOS, PIRACANJUBA, PROFESSOR JAMIL, HIDROLÂNDIA, APARECIDA DE GOIÂNIA, E A CAPITAL GOIÂNIA.
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