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Viagens

''Causos'' da estrada: Primeira viagem

04 de September de 2008

Mário Sérgio Figueredo

Num dos nossos passeios pela Estrada da Graciosa (PR), estávamos numas 15 motos e entre nós o Gabirú e o Ceará, que como o apelido sugere, era cearense radicado no Paraná. Para ambos, era a primeira vez que pegavam uma estrada com suas recém-compradas motos.

Seguíamos em muito baixa velocidade, curtindo a paisagem e o Ceará vinha no final da fila com sua Yamaha RD-50.

De repente, escutamos um barulho de ferro ralando no paralelepípedo e ao olharmos para trás ainda deu tempo de ver o Ceará se projetando numa ribanceira com muito mato verde. Só ele, porque a moto ficou na pista.

Fizemos meia-volta e fomos socorrê-lo. Quando chegamos, a moto do Ceará estava naquela posição que a gente punha a bicicleta para consertar o pneu, ou seja, apoiada no guidão e no assento, com as rodas para cima e a dianteira ainda girando.

Logo em seguida sai o Ceará do mato, todo assustado mas ileso. A vegetação densa amorteceu a sua queda na ribanceira e ele sofrera apenas alguns ralados. Acho que se tentássemos mais umas mil vezes nunca mais conseguiríamos deixar a moto na mesma posição em que ela parou depois do tombo.

Com a moto, os prejuízos foram apenas os espelhos quebrados, mata-cachorro arranhado, ou protetor de pernas caso prefiram, e a capa do banco rasgada, sem contar a gasolina e o óleo 2 tempos que vazaram um bocado. Mas foi só colocar a moto em pé de novo, pedalar na partida e continuar o passeio, como se nada tivesse acontecido.

Colocamo-nos novamente na estrada e poucas curvas adiante foi a vez do Gabirú, que não conseguiu contornar uma curva tipo ferradura e deixou a roda dianteira da sua linda Suzuki GT-380 entrar numa canaleta de escoamento d’água, que tem nas laterais da pista de paralelepípedo, e levar também o seu tombo de inauguração.

Por sorte, a moto dele também tinha mata-cachorro e devido à baixa velocidade, não aconteceu nada de sério, apenas alguns raspadinhos sem importância.

A primeira experiência na estrada é meio complicada. Eu mesmo senti isso na pele como contei no causo “Até hoje me arrepio”. Quando é coisa simples como as relatadas acima, até tem o seu conteúdo positivo e cômico, além de ensinar a respeitar nossos limites e os limites da moto.

Abraços e até outro causo.

O “motonauta” Mário Sérgio Figueredo participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.

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