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Viagens

"Causos" da estrada: Humor negro

21 de July de 2008

Na nossa turma tinha um cara chamado Vilmar, dono de uma Yamaha 100cc que ele usava diariamente, para ir pro trabalho e também para o lazer. O detalhe é que o Vilmar foi atropelado por um caminhão ainda quando criança e nesse acidente, lamentavelmente, perdeu a perna direita, bem no meio da coxa, o que o obrigava a usar uma perna mecânica ou postiça.

Mas o Vilmar, apesar da prótese, que era fixada ao que restou da perna dele através de correias afiveladas nos quadris, pilotava que nem gente grande. Andava muito e fazia curva como ninguém, mesmo contando apenas com o freio dianteiro (que era de lona, nada de disco, requinte que só tinha nas motos grandes).

Numa bela noite, dando umas voltas de moto pela cidade, bem em frente a uma loja de motos aqui de Curitiba, o Vilmar vinha todo feliz com a sua "cenzinha" quando foi fechado por um carro dirigido por uma mulher.

O choque não foi lá grande coisa, apenas um esbarrão, mas o Vilmar acabou tomando um chão. Com a queda a cinta se desprendeu da cintura e a perna mecânica escorregou pela calça jeans sem sair totalmente.

A mulher, quando viu a perna (que ela não sabia que era postiça) toda torcida e desproporcional à outra original, entrou em pânico e começou a gritar.

- Ai meu Deus, o que foi que eu fiz... Meu Deus, me ajude... e outras coisas mais.

O Vilmar vendo que a mulher estava quase em choque, levantou, pegou a perna postiça com as mãos e foi até ela, saltitando na perna boa, incorporando o próprio Saci Pererê.

Pegava a mão dela, batia na perna mecânica e dizia que não era a perna dele, mas a mulher não voltava à real. Até que ela foi se acalmando e entendeu o que tinha acontecido e tudo ficou bem. Depois ela pagou todo o conserto da moto, apenas o mata-cachorro, manete, espelho e piscas.

Rimos muito desse acontecimento. Foi o assunto preferido no nosso meio durante algum tempo, rendendo muitas e muitas risadas quando o ocorrido era contado pelo próprio Vilmar.

Grande Vilmar, grande companheiro de estrada. Se estiver lendo este texto, entre em contato. O mesmo vale pro Magrão, Ceará, Divonsir, Catarina, Gabirú, Mauro e todos aqueles cujos nomes ou apelidos já não lembro mais. Dêem notícias por aqui mesmo.

O “motonauta” Mário Sérgio Figueredo participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.

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