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Yamaha Fazer 250 agora também com tecnologia bicombustível

13 de July de 2012

André Jordão

A Yamaha acaba de lançar a Fazer 2013 com a adoção do sistema BlueFlex, ou seja, a tecnologia bicombustível que permite ao motociclista utilizar etanol ou gasolina em qualquer proporção. Única 250cc flex do mercado, a Fazer recebeu novos itens como, por exemplo, painel com sistema de diagnóstico integrado e a luz BlueFlex, pré-filtro no interior do tanque de combustível, válvulas de palhetas, filtro externo de combustível e nova vela de ignição, além de um tratamento especial em zinco no interior do tanque. A Fazer 250 BlueFlex ganhou ainda um novo mapeamento da ECU (Unidade de Controle do Motor). Na nova versão, a moto bicombustível da Yamaha usa dois filtros devido à má qualidade do processo de filtragem do etanol que chega às bombas dos postos de combustíveis.

No entanto, a tecnologia parece hoje não ser mais tão vantajosa. Segundo pesquisa realizada pela empresa Ticket Car, que faz quinzenalmente um levantamento para saber qual combustível é mais econômico em cada região do País, o etanol é vantajoso apenas em três estados: São Paulo, Mato Grosso e Goiás, onde o valor do litro não ultrapassa os R$ 2,00.

Mesmo assim, a Fazer 250 não se resume à nova tecnologia. Design moderno, motor honesto e uma ciclística acertada fazem desta Yamaha uma excelente companheira para o trânsito urbano. Além disso, outra boa notícia ao consumidor. O preço da moto com tecnologia BlueFlex ficou cerca de R$ 400 mais caro em relação a versão que roda somente com gasolina. Assim, a Fazer BlueFlex tem preço sugerido de R$ 11.690.

O antigo e confiável motor
O motor monocilíndrico de 249 cm³, comando simples de válvula no cabeçote (OHC), que gera 21 cv de a 8.000 rpm e 2,10 kgf.m a 6.500 rpm de torque máximo pode ser considerado um belo projeto da Yamaha do Brasil, afinal cumpre com a proposta da moto e em nenhum momento apresentou problemas graves – mesmo em suas versões anteriores.

Ao subir na moto, acionar a partida elétrica e girar o acelerador, o propulsor oferece respostas rápidas e também um bom rendimento em baixos e médios regimes de rotações. O que representa maior agilidade para deslocamentos urbanos. Para quem não sabe, a Fazer 250 foi a primeira motocicleta de média cilindrada fabricada no Brasil alimentada por sistema de injeção eletrônica de combustível.

Totalmente de acordo com as normas ambientais de emissão de gases poluentes (Promot 3), o motor da Fazer 250 trabalha de forma linear e sem engasgos. Como diferencial, o pistão desta Yamaha é forjado e o cilindro conta com revestimento cerâmico, que dispersa o calor com mais propriedade. Esta tecnologia é a mesma usada em modelos da maior cilindrada da marca como, por exemplo, a superesportiva YZF R1 e a trail XT 660R. O câmbio de cinco velocidades continua oferecendo engates rápidos e bastante precisos. Não houve mudanças nas relações de marcha e nem da transmissão final.

No dia a dia do trânsito urbano, a versão a gasolina chega a rodar 29 km/l. Já o modelo BlueFlex da Yamaha Fazer 2013 chegou a cravar 23 km/l. Ou seja, na cidade de São Paulo, por exemplo, compensa rodar com etanol.

Ciclística e conforto
A Fazer YS250 reúne cinco pontos-chave para ser um sucesso de vendas: qualidade, confiabilidade, conforto, economia e agilidade, principalmente para encarar o trânsito dos grandes centros. Neste primeiro contato com a versão bicombustível ficou claro o compromisso da Yamaha em investir na evolução natural de um produto já consagrado pelo motociclista. Bastante versátil para o dia a dia, a Fazer 2013 também pode encarar viagens curtas, já que o banco em dois níveis garante bom conforto.

Na parte ciclística, rodas de liga leve e freio a disco (220 mm de diâmetro) na traseira. Na dianteira, o disco de 282 mm de diâmetro e pinça com dois pistões da versão anterior.

O conjunto de suspensões também permanece igual: garfo telescópico convencional, na dianteira, e balança monoamortecida, na traseira. Ambas com 120 mm de curso. Ainda na versão 2011, a Fazer ganhou novo link com rolete entre o amortecedor e a balança traseira, o que contribuiu muito para deixar o conjunto mais macio e estável.

Mercado
O modelo street da Yamaha ocupa a segunda posição do ranking de emplacamentos da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), com 13.118 unidades emplacadas de janeiro a junho. Agora a representante street de 250cc da Yamaha ganha um sistema bicombustível para tentar encostar na líder do segmento – a Honda CB 300R teve 32.816 unidades emplacadas até o fim do mês passado.

Com vendas estáveis e mantendo o segundo posto de emplacamentos no segmento desde seu lançamento, a Yamaha Fazer YS250 representa o degrau imediatamente acima das pequenas street urbanas de até 150cc.

Sua concorrente direta, a Honda CB 300R, tem preço e desempenho semelhantes e a briga é saudável para o consumidor. A Fazer, apesar de ter motor menor, exibe qualidades para ser merecedora da preferência de muitos consumidores e objeto de desejo de outros tantos. A Yamaha Fazer YS250 Blue Flex custa R$11.690 (R$ 11.279 na versão só a gasolina) e tem um ano de garantia, sem limite de quilometragem, e será comercializada nas cores preta e prata.

Sistemas BlueFlex e PCV
A Yamaha Fazer YS250 é a primeira motocicleta da fabrica dos três diapasões a contar com o sistema bicombustível, batizado de BlueFlex. Mas algumas orientações são passadas pela fabricante antes de o consumidor utilizar o novo sistema. Dependendo da temperatura e da quantidade de etanol presente no tanque, a luz indicadora BlueFlex acenderá no painel de instrumentos. Isso significa que o sistema Yamaha de segurança está em operação. Quando a luz fica piscando no painel significa que a temperatura está inferior a 20ºC, mas a motocicleta pode ser pilotada normalmente e permite o engate da marcha. Já quando a luz se acende e permanece acesa, o piloto deve ficar ligado, pois se recomenda abastecer com no mínimo quatro litros de gasolina para facilitar a próxima partida a frio – a famosa esquentada na garagem, fato comum no inverno. E, por fim, quando a luz estiver apagada a moto pode ser usada sem problemas. Há também o caso de pane seca, quando o tanque fica sem combustível nenhum. Neste caso, a Yamaha recomenda abastecer com 50% de gasolina e 50% de etanol sua Fazer BlueFlex.

Já o funcionamento do sistema PCV é bastante simples e eficaz, já que todos os vapores gerados internamente no motor devido a alta temperatura são enviados através das mangueiras para a caixa de filtro de ar. A separação dos componentes do vapor ocorre devido a diferença de temperatura entre esses vapores e a caixa do filtro de ar . Assim, o vapor se condensará e será armazenado no reservatório embutido na caixa de filtro de ar, sendo liberado para retornar ao cárter através da válvula solenoide. Essa solenoide fará a liberação toda vez que a motocicleta for desligada.

Confira o vídeo de lançamento da Fazer BlueFlex

Para ver os vídeos e mais detalhes, clique aqui.

FICHA TÉCNICA
Yamaha Fazer BlueFlex
Motor Monocilíndrico, 250 cm³, OHC, quatro tempos, refrigerado a ar.
Potência 20,7 cv a 8.000 rpm.
Torque 2,1 kgfm a 6.500 rpm.
Alimentação Injeção eletrônica.
Câmbio Cinco marchas com transmissão final por corrente.
Quadro Berço duplo em aço.
Suspensão Garfo telescópico com 120 mm de curso (dianteira); balança monoamortecida com 120 mm de curso (traseira).
Freios Dianteiro a disco de 282 mm; traseiro a disco de 220 mm.
Dimensões 2.065 mm x 745 mm x 1.065 mm (CxLxA); 1.360 mm (entre-eixos); 190 mm (altura do solo); 805 (altura do assento ao solo).
Tanque 19,2 litros (4,5 l na reserva).
Peso 137 kg.
Preço R$ 11.690

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