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Testes

XT 660cc nas estradas de asfalto e terra

15 de October de 2007

Bruno Rocco

Para fechar o teste da XT 660cc com chave de ouro, resolvi viajar com a menina da Yamaha até Americana, interior de São Paulo, e sentir como ela reagiria em percursos longos na estrada e em pistas de terra.

Sábado de manhã pilotei pela cidade, caí nas marginais e saí na Rodovia Anhanguera para iniciar a minha viagem. Estava curioso para saber como esta gigante reagiria a este teste.

Durante o percurso, algumas características desta moto que começaram a despertar minha atenção coincidiram com o comentário posto por nosso leitor João Carlos Salvaro, de Florianópolis, no sábado, dia do teste. 

A moto, independente de sua velocidade, vibra bastante e isso é um pouco incômodo em viagens longas, o banco, como disse no Diário de Bordo passado, proporciona uma boa postura ao piloto e é confortável na cidade, mas me equivoquei com o comentário sobre viagens de longa duração, pois na estrada com o passar do tempo ele se torna duro e desconfortável. Para mim, uma parada foi inevitável.

No decorrer da viagem, a moto respondeu perfeitamente às reduzidas e subidas de marcha, mas em velocidades mais elevadas não demonstrou ser bastante estável.
  
Em curvas mais fechadas, é preciso reduzir bastante a velocidade. Por ser alta, ela tende a jogar um pouco mais a traseira, exigindo mais atenção e cautela do piloto.

Independente de possuir alguns atributos não muito favoráveis a trajetos longos, a moto me proporcionou uma viagem tranqüila.

Chegando em Americana me dirigi rumo às estradas de terra localizadas no meio dos sítios da região, estradas com pouco movimento e com algumas trilhas paralelas que exigem um pouco mais da moto.

Nas estradas de terra e nas trilhas que enfrentei, a XT 660cc fez jus a seus atributos. Com sua força e maleabilidade, pude passar por trechos com bastante terra, pedras e paus. Em certos lugares mais íngremes, a moto também desenvolveu bem, não me deixando na mão. Precisei tomar cuidado redobrado com o seu peso, pois várias vezes quase caí por não conseguir segurar a moto.

Depois da aventura na terra, fui para o sítio de um amigo meu tomar um banho, comer alguma coisa e esperar anoitecer para retornar a São Paulo, afinal, queria verificar se os faróis eram eficazes ou não. 

Quando anoiteceu, montei na minha companheira e comecei a viagem de volta. Pilotar à noite em meio de sítios é um pouco ruim devido aos mosquitos, que vão grudando na viseira, mas antes de entrar na estrada de asfalto, parei, limpei a viseira e continuei viagem.
Por ter me acostumado com a moto, a volta foi mais tranqüila.
 
O farol com multirefletores de lente em policarbonato proporcionou uma ótima visibilidade durante o percurso, que também foi um pouco cansativo.

Os freios a disco localizados na dianteira e traseira proporcionaram segurança tanto no asfalto quanto na terra, pois responderam perfeitamente a todos os toques que dei em ambos os freios.

A suspensão mostrou ser bastante eficaz, pois reduziu bastante os impactos na terra e permitiu um pouco mais de estabilidade nas reduzidas no asfalto.

Confira abaixo as especificações técnicas da XT 660cc da Yamaha:

Comprimento total: 2.240 mm
Largura total: 845 mm
Altura total: 1.230 mm
Altura do assento: 865 mm
Distância entre eixos: 1.505 mm
Altura mínima do solo: 210 mm
Peso seco: 165 Kg
Raio mínimo de giro: 2,40 m
Motor: 4 tempos, SOHC, refrigeração líquida, 4 válvulas
Quantidade de cilindros: 1 cilindro
Cilindrada usual : 660 cc
Diâmetro x curso: 100,0 x 84,0 mm
Taxa de compressão: 10,0:1
Potência máxima: 48 cv a 6.000 rpm
Torque máximo: 5,95 kgf.m a 5.250 RPM
Sistema de partida: Elétrica
Sistema de lubrificação: Cárter seco
Capacidade do óleo do motor: 2,90 litro
Capacidade do tanque de combustível (reserva): 15 litros
Alimentação: Injeção Eletrônica
Sistema de ignição: ECU
Bateria: 12 V x 8 Ah, selada
Transmissão primária: Engrenagens
Transmissão secundária: Corrente
Embreagem: Multidisco banhado a óleo
Câmbio: 5 velocidades, engrenamento constante
Quadro: Diamond
Ângulo de cáster: 27,25º
Trail: 107 mm
Pneu dianteiro: 90/90-21 M/C 54 S
Pneu traseiro: 130/80-17 M/C 65 S
Freio dianteiro: Disco tipo flutuante de 298 mm de diâmetro, acionamento hidráulico.
Freio traseiro: Disco de 245 mm de diâmetro, acionamento hidráulico.
Suspensão dianteira: Garfo telescópico, mola e óleo.
Suspensão traseira: Braço oscilante, monocross
Curso da suspensão dianteira: 225 mm
Curso da suspensão traseira: 200 mm
Painel de Instrumentos: Velocímetro, hodômetro total, hodômetro parcial e relógio; indicador de: sistema de imobilização, temperatura do motor, nível de combustível baixo, farol alto, pisca, pisca alerta, neutro.
Cores: Azul e preta

O próximo Diário de Bordo será realizado com a Hornet 600cc da Honda. Não percam!

Testes realizados com o apoio de Nova Suzuki fornecendo jaqueta Joe Rocket e Casa do Capacete com capacetes MHR.

Confira aqui a reportagem passada.

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