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Testes

Traxx Joto 125: Salada de tendências

19 de May de 2008

Aldo Tizzani

O segmento de motos street de até 150 cilindradas é o maior e mais concorrido do Brasil. Hoje, as motos de baixa cilindrada representam mais de 80% do total de unidades vendidas no país.

Com modelos pasteurizados em forma e conteúdo, a Traxx Joto JH125 pode ser uma opção para quem quer fugir do lugar comum.

Importada da China, o modelo desembarca no Brasil apresentando alguns diferenciais se comparado à concorrência: suspensão traseira monoamortecida, semi-carenagem que envolve o conjunto óptico, semi-guidões, freio a disco na dianteira e rodas de liga-leve. O preço sugerido é outro atrativo: R$ 5.399,00.

Com relação ao desenho, a Joto 125 da Traxx é uma salada de tendências utilizadas em outras motos: lanterna integrada a rabeta como na Honda CG, semi-guidões e o escape esportivo muito semelhantes ao utilizado na Suzuki GS 500.

Falando em Suzuki, o pára-lama é parecido com o da Yes 125. Já a semi-carenagem lembra a usada pela Honda NX4 Falcon. O que não dá para entender é a instalação de um amperímetro no painel de instrumentos, em vez de um marcador de combustível. Coisas do mercado asiático. Para quem não sabe, a Traxx é subsidiária da fábrica de motocicletas chinesa Jialing, como provam os adesivos no modelo cedido para teste.

Motorização

A chinesinha Jialing/Traxx JH125 está equipada com motor OHC, quatro tempos, arrefecido a ar com 133 cm³ de capacidade. O propulsor gera potência máxima de 13,1 cv a 8.000 rpm e o torque máximo de 1,07 kgf.m a 6.500 rpm.

O propulsor monocilíndrico tem bom rendimento, porém quando chega aos oito mil giros, o conjunto vibra demais, chegando a incomodar os pés do piloto, além de fazer barulho excessivo. O câmbio de cinco marchas também merece mais atenção por parte da Traxx. Com engates não muito precisos, são necessárias várias tentativas para se colocar o câmbio no neutro nas paradas de semáforos.

Ciclística e ergonomia

O conjunto de suspensão da unidade avaliada estava muito macio. Ou seja, o sistema não absorve, mas sim copia os solavancos e impactos com o solo. Uma grata surpresa é que a Joto está calçada com pneus Pirelli City Demon, em vez dos pneus chineses que costumam equipar as motos vindas do gigante asiático.
  
Os freios — disco na dianteira, com o acionamento hidráulico, e tambor traseiro — são “borrachudos”, demoram muito para entrar em operação.

Um ponto positivo para o modelo Jialing importado pela Traxx é a ergonomia. O piloto de estatura mediana — 1,70 m — fica bem posicionado e roda com certo conforto.  Já o painel de instrumentos não oferece boa visualização, pois o fundo branco “briga” com a moldura prata, porém traz várias informações: velocímetro, hodômetro parcial e total, rpm e indicador de marchas.
 
Ficha Técnica

Motor: OHC, quatro tempos, arrefecido a ar
Cilindrada: 133 cm³
Potência máxima: 13,1 cv a 8.000 rpm
Torque máximo: 1,07 kgf.m a 6.500 rpm
Diâmetro x curso: 58,5 mm x 49,5 mm
Sistema de alimentação: Carburador
Taxa de compressão: 9,8:1
Sistema de partida: Elétrica/Pedal
Câmbio: 5 velocidades
Transmissão final: Corrente
Capacidade do tanque: 14 litros
Suspensão dianteira: Garfo telescópico, com 135 mm de curso 
Suspensão traseira: Monoamortecida, com 90 mm de curso
Freio dianteiro: Disco simples
Freio traseiro: Tambor
Pneu dianteiro: 3.00 – 18 – 6 PR
Pneu traseiro: 3.25 – 18 – 6 PR
Dimensões (c x l x a): 2.080 mm x 740 mm x 1.040 mm
Altura mínima do solo: 150 mm
Peso seco: 120 kg
Cores: azul, prata, preto e vermelho
Preço: R$ 5.399,00

Fotos: Renato Durães.

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