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Testes

Teste Honda Shadow 750: Uma moto para passear

19 de August de 2013

Paulo Souza

A velha conhecida Shadow, que por muitos anos figurou na liderança de vendas dos modelos custons ainda sobrevive e continua no line-up da Honda como a única nesta categoria. No entanto, com a chegada de outros concorrentes ela foi perdendo espaço no mercado e hoje ocupa a 7ª posição em número de vendas entre as custons de alta cilindrada.

Renovada em 2011, quando recebeu diversas modificações que a deixaram mais leve e prática, a Shadow também alterou alguns detalhes que podem fazer a diferença até hoje na escolha de uma moto custom, pois de lá para cá, houve apenas mudanças de cores. Confira nossa avaliação sobre este modelo da Honda!

Conforto
Quando falamos de motos no estilo custom uma das primeiras coisas a avaliar é o conforto que o modelo oferece, pois sua proposta é quase que totalmente voltada para pegar a estrada. Em relação à Shadow, a moto é bastante prazerosa de pilotar e conta com uma ótima posição de pilotagem devido à posição de seu guidão em conjunto com as pedaleiras avançadas, que proporcionam um encaixe perfeito.

Como a maioria das motos custom, a Shadow também peca no quesito garupa. Quem gosta de pegar estrada acompanhado é melhor instalar alguns acessórios, como o sissy bar, por exemplo, pois suas pedaleiras altas e seu banco estreito e caído para traz torna a viagem do acompanhante um tanto quanto cansativa. Não só a Honda como outros fabricantes deveriam dar mais atenção a este detalhe devido ao grande número de motociclistas que viajam acompanhados.

Desempenho
Seu propulsor é o mesmo dois cilindros em V com 745 cm³ de capacidade, capaz de gerar potência máxima de 45,5 cv a 5.500 rpm e torque de 6,5 kgm.f a apenas 3.000 rpm com refrigeração líquida. Tanto na cidade quanto na estrada não percebemos um aumento de temperatura que possa incomodar.

No trânsito da cidade ela até possui suas limitações devido ao seu porte, porém ela surpreendeu com um ótimo desempenho e boas retomadas. Digamos que é possível ir e voltar do trabalho com ela e principalmente curtir o fim de semana em pequenas viagens e passeios.

Um diferencial desta motocicleta é a sua transmissão final por eixo cardã, que garante boas respostas e menos manutenção. No entanto, um detalhe não nos agradou, se você optar pelo modelo sem ABS, igual ao que avaliamos, o sistema de freio traseiro é a tambor, onde poderia ter um disco simples. Isto pode ser um fato para justificar o seu melhor preço em relação a suas concorrentes.

A média de consumo da Shadow 750 ficou na casa dos 19,3 km/l variando entre cidade e estrada. Seu tanque é um pouco pequeno com capacidade de 14,6 litros, o que dá em média apenas 282 km de autonomia com um tanque de combustível.

Freios e suspensão
Para frear os seus 229 kg (peso seco), o sistema de freios da conta do recado, porém, andando em dia de chuva qualquer freada mais forte faziam as rodas travarem, ou seja, um ABS faz toda a diferença para uma moto desta categoria com este peso. Na dianteira seu disco é de 296 mm com pinça tripla e traseira com tambor de 180 mm.

E apesar de pesada, ela é muito fácil de ser pilotada, além de ser muito macia na estrada, onde se sai melhor. Dentro da cidade ou em vias mal pavimentadas o condutor e principalmente o garupa sofrem um pouco devido ao curso das suspensões serem baixos. A moto pula bastante quando pegamos ruas esburacadas. Na dianteira possui curso de 115 mm com garfo do tipo telescópico e na traseira apenas 90 mm com balança bichoque com dois amortecedores reguláveis em pré-carga e mola.

Conclusão
A veterana da Honda continua sendo uma boa opção para quem deseja um moto para passeios. Na estrada mantendo uma velocidade cruzeiro de 120 km/h possui um ótimo desempenho e conforto, mas não espere atingir altas velocidades com este modelo.

Seu estilo saudosista agrada boa parte dos amantes dos modelos custons puxando para o visual cromado. Com um motor conhecido e confiável, além de econômico, em conjunto com o eixo cardã a torna uma forte concorrente no mercado. Ideal para quem gosta de curtir e passear com uma motocicleta custom, ela possui o menor preço entre suas concorrentes.

O jornalista utilizou no teste capacete LS2, calça HLX, jaqueta, botas e luvas Alpinestars.

Ficha Técnica
Motor: 4 tempos / V2 a 52º / OHC 6V / 745 cc / refrigeração líquida
Alimentação: injeção eletrônica
Ignição: eletrônica
Partida: elétrica
Diâmetro x curso (mm): 79 x 76
Taxa de compressão: 9,6:1
Potência (cv a rpm): 45,5 a 5500
Torque (mkgf a rpm): 6,5 a 3500
Câmbio: 5 marchas, transmissão final por cardã
Chassi: Quadro: berço duplo tubular de aço
Suspensão: Dianteira: telescópica com bengalas convencionais, 117 mm de curso.
Traseira: balança bichoque com 2 amortecedores reguláveis em pré-carga de mola e 90 mm de curso
Freio dianteiro: disco de 296 mm com pinça tripla.
Freio traseiro: disco de 276 mm com pinça dupla
Pneu dianteiro: 90/90-21
Pneu traseiro: 160/80-15
Dimensões
Comprimento (cm) 243
Altura/largura (cm) 112,5/83,5
Entre-eixos (cm) 165,5
Peso (kg) 235 com ABS e 229 sem
Vão-livre (cm) 13
Altura do assento (cm) 65
Tanque (l) 14,6

Preço: R$ 28.880 (STD) R$ 31.380 (ABS)

Fotos: Ivan Araújo

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