Testes
Testes
Sou um cara de sorte. Acabei de ler que existe um projeto de lei que vai tentar proibir motocicletas de 125 e 150 cilindradas de trafegarem em rodovias.
Pois bem, saímos de Joanópolis (SP), eu e a Yamaha XTZ 125, com destino a Ubatuba pela rodovia Don Pedro I. De lá seguimos para a Carvalho Pinto e logo em seguida a Dutra, até chegarmos a Taubaté. Dali fomos pela Osvaldo Cruz até a BR 101.
Todo o trajeto foi feito a 80/90 km/h e eu em todo o percurso assistindo de camarote e ao mesmo tempo achando muito estranho às Speedys passarem coladas pela 125cc a 290 km/h. Eles podem andar nas estradas, enquanto que nós das pequenas cilindradas estaremos muito em breve impossibilitados de, por exemplo, ver o mar.
Se os motoboys, enlouquecem nas capitais, as speedys barbarizam nas rodovias. Nesse caso e traçando um paralelo, Albert Einstein tem toda a razão quando afirma que as paralelas se encontram no infinito. Eu e a XTZ na verdade só estávamos viajando e aproveitando ao máximo a chance que nos foi dada de curtir a paisagem, e foi dessa forma que chegamos a Ubatuba. Fomos para o norte parando na Praia do Puruba e depois seguimos também por estrada de areia até a praia do Estaleiro do Padre.
Rodando à noite pela BR 101 rumo a praia do Lazaro, onde pousaria, fui experimentando o farol, alternando o alto e o baixo. O conjunto óptico é de boa clareza, mas acredito que valeria à pena a instalação de lâmpadas de Xenon, e quem sabe até um milha sarado que estaria voltado para a lateral direita da pista. Quanto às luzes de freio e pisca não vi problema algum, são eficientes e bem posicionadas.
Domingo, com tempo carrancudo, subimos pela serra de Taubaté. Quem já passou por lá sabe que é pedrada; trecho até o topo da Cruz de Ferro é pauleira com curvas em “U” e cotovelos radicais.
Nesse pedaço, a XTZ 125 não fez milagre, subiu gemendo com marchas engatadas em primeira e até no máximo terceira, porém, a maioria dos carros que subia também chorava na rampa. Com base nisso, achei normal o pouco desempenho da motocicleta Yamaha, que por prudência não foi forçada chegando com fôlego ao topo da despencada Serra.
Amanhã, o último episódio.
Reinaldo Baptistucci.
Parte 1
Parte 2
Parte 3