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Testes

Frenagem com segurança

07 de July de 2008

Arthur Caldeira

A palavra de ordem dentro da divisão de motocicletas da Honda é segurança. O presidente mundial da marca, Takeo Fukui, prometeu que a partir de 2010 todas as motos acima de 250cc sairão de fábrica equipadas com sistemas de freio mais avançados e eficientes.

No Brasil, esse primeiro passo foi dado com a chegada da nova CB 600F Hornet equipada com ABS (Antilock Brake System) e CBS (Combined Brake System), opcional incorporado à linha de produção desde maio.

Na ponta do lápis, a Hornet com Combined ABS fica R$ 2.300,00 mais cara que a versão standard. O modelo naked top de linha tem preço sugerido de R$ 33.137,00 (estado de São Paulo, sem frete, óleo e seguro).
 
A mais recente versão da Hornet chegou ao Brasil em abril deste ano, cheia de novidades. A começar pelo novo e mais potente motor de quatro cilindros em linha com 102 cv.

O design ousado também é outra marca registrada da nova Hornet. Uma pequena carenagem recobre o farol afunilado e ainda traz o pequeno painel triangular incorporado. O tanque traz vincos que acompanham as linhas do novo modelo. A traseira segue a tendência minimalista e de lanternas com LEDs. A ausência de roupagem e as duas alças para a garupa também são novidades.
 
Mas neste modelo top de linha a maior novidade é mesmo o sistema de freios. Rodamos com exclusividade na primeira moto Honda de média cilindrada fabricada no Brasil com freios CBS (Combined Brake System) e ABS. Veja como funciona.

Freios combinados

Além do preço mais salgado do que a versão standard, a Hornet com Combined ABS é quatro quilos mais pesada — 177 kg contra 173 kg — e traz pinças de freio de três pistões na dianteira — na convencional são pinças de dois pistões. Os discos continuam sendo dois de 296 mm de diâmetro na frente e somente um de 240 mm com pinça simples atrás.

A mudança nas pinças dianteiras foi feita em função do sistema de freios combinados, que liga o pedal de freio traseiro ao pistão central da pinça de freio do disco direito. Resumindo: o sistema CBS (Combined Brake System) aciona uma das pinças do freio dianteiro quando o motociclista pisa firmemente no freio traseiro. Mas o interessante é que essa última versão do CBS não aciona o freio dianteiro em qualquer “pisada” no pedal.
 
Uma válvula de retardo (delay valve) posicionada entre o cilindro mestre traseiro e a pinça de freio dianteira é a responsável por garantir o funcionamento desse sistema somente em situações de emergência. Se ao pilotar, o piloto pisar suavemente no freio traseiro vai resultar em pouca ou quase nenhuma ação sobre a pastilha dianteira direita. Dispositivo muito útil em manobras em baixa velocidade ou na entrada de curvas.

Porém se o motociclista “calcar” o pé no freio sem dó, a válvula detecta a pressão excessiva e dosa a frenagem entre a dianteira e a traseira para garantir equilíbrio da moto em uma situação de emergência. Outra válvula de controle proporcional — Proportional Control Valve (PCV) — assegura uma frenagem progressiva e controlada.

ABS de última geração

O sistema antitravamento dos freios é o primeiro a equipar uma naked de média cilindrada. Compacto e leve minimiza as chances dos pneus derraparem em superfícies escorregadias.

Uma Unidade de Controle Eletrônico (ECU) regula um modelador motorizado que controla tanto o freio dianteiro como o traseiro. A ECU também monitora constantemente sensores de velocidade acoplados ao centro das duas rodas.

Ao menor sinal de derrapagem que é detectada por meio da velocidade de rotação das rodas dianteira e traseira faz com que a ECU ative o modulador para que ele controle a pressão sobre os freios em um ciclo de soltar-frear-soltar. Isso até que a velocidade de rotação das duas rodas volte a índices normais.

Isso acontece muito rápido a ponto de ser difícil notar a atuação do ABS. Apesar de já ter pilotado outras motos com ABS, confesso que no caso da Hornet foi realmente imperceptível o funcionamento do sistema. Tive que pisar com muita vontade no pedal de freio traseiro quando rodava em um piso escorregadio até que pudesse sentir o pedal fazer o “tuc-tuc” característico do ABS aliviando a pressão do freio.

Realmente o sistema Combined ABS contribui para uma frenagem mais segura e progressiva em diversas situações. Levando-se em conta o preço sugerido das duas versões, vale a pena pagar cerca de 7% a mais por um sistema que pode tirar o motociclista de situações complicadas.

Ficha Técnica

Motor: Quatro cilindros em linha, 599,3 cm³, 16 válvulas, DOHC, arrefecimento líquido
Potência máxima: 102 cv a 12.000 rpm
Torque máximo: 6,53 kgf.m a 10.500 rpm
Diâmetro x curso: 67,0 x 42,5 mm
Alimentação: Injeção Eletrônica de combustível – PGM – FI
Taxa de compressão: 12,0 : 1
Sistema de partida: Elétrica
Capacidade do tanque: 19 litros
Câmbio: 6 velocidades
Transmissão final: Corrente com anéis de vedação
Suspensão dianteira: Telescópica invertida, 41 mm de diâmetro e 120 mm de curso
Suspensão traseira: Monoamortecida, 128 mm de curso e sete regulagens na pré-carga da mola
Freio dianteiro: Discos duplos flutuantes de 296 mm e pinça de três pistões
Freio traseiro: Disco simples de 240 mm com pinça de pistão simples
Pneu dianteiro: 120/70 – ZR17 M/C (58W)
Pneu traseiro: 180/55 – ZR17 M/C (73W)
Altura do assento: 804 mm
Altura mínima do solo: 135 mm
Quadro: Mono trave superior fundido em alumínio
Dimensões (c x l x a): 2.085 x 760 x 1.090 mm
Entre-eixos: 1.435 mm
Peso seco: 177 kg (versão ABS / CBS)
Cores: Vermelha Metálica e Preta
Preço sugerido: R$ 33.137,00 (versão ABS e CBS) – base estado de São Paulo, sem frete, óleo e seguro.

Fotos: Renato Durães.

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