Testes
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Uma moto que faz jus ao nome. A Ducati Monster 1200 S, modelo topo de linha da família de nakeds da fabricante de Borgo Panigale, pode se encaixar na gíria comumente utilizada em academias Brasil afora quando se fala de alguém forte e musculoso, chamando-o de ‘monstro’.
Separando por partes, comecemos pelo que move este ‘monstro’. A Ducati Monster 1200 S é equipada com um bicilíndrico em L de 1.198 cm³ - o mesmo que equipa XDiavel e a Multistrada 1200 – que desenvolve 152 cavalos a 9.250 giros e torque de 12,8 kgf.m a 7.750 giros. Tais números já deixam claro que o conjunto tem força com muitas sobras para as ruas brasileiras.
Em vias nas quais a velocidade máxima é de 50 km/h, é impossível passar da terceira das seis marchas da transmissão sem que o motor comece a engasgar. Afinal, a moto não nasceu para se limitar a isso. É uma motocicleta para ir muito além.
Quando a moto é levada para a estrada é possível ter uma pequena noção do potencial do conjunto motriz da Ducati. São três modos de pilotagem: Urban, Touring e Sport. No primeiro, ‘apenas’ 100 cavalos estão disponíveis, enquanto nos dois seguintes os 152 cavalos estão totalmente à disposição do piloto – com uma diferença na entrega, mais suave no ‘Touring’.
De qualquer forma, a força da Ducati Monster 1200 S é evidente nos três dos modos – a ‘falta’da cavalaria completa só é sentida em altas rotações. Os modos Urban e Touring não interferem somente na força, mas na ajuda eletrônica.
A Monster 1200s conta com um pacote eletrônico recheado de ajudas, como controle de tração, anti wheelie e ABS com atuação em curvas – itens que integram o ‘Ducati Safety Pack’. Experimente, por exemplo, sair do zero com um pouco mais de empolgação e a roda dianteira vai deixar o solo por alguns metros antes do anti wheelie entrar em ação para recolocar a roda no chão.
O quickshifter bidirecional também é um convite para acelerações fortes e os engates, apesar de longos, são precisos e acontecem mesmo em baixas rotações.
Somente em uma pista, é claro, seria possível sentir o potencial da Monster 1200 S em sua plenitude em termos de desempenho – trata-se de, sem exagero, praticamente uma superesportiva sem carenagem. Entretanto, outras características podem ser notadas ao pilotar o modelo nas ruas e estradas brasileiras.
A dirigibilidade é uma delas. Apesar do porte, o modelo é ‘leve’ ao pilotar e se comporta bem na mudança de direção. Mérito do sistema de suspensão da Öhlins, que se mostra firme ao copiar as ondulações e mantém a moto estável.
Além da suspensão, os freios também se destacam. Utilizando uma linguagem digna da turma da tecnologia, o modelo se destaca tanto no hardware, que fica a cargo da Brembo, quanto no software - o ABS de última geração da Bosch atua também enquanto a Monster 1200s contorna curvas.
O ABS, que pode ser desligado, interfere de forma discreta mesmo no nível máximo. O piloto do dia a dia mal nota a intrusão do sistema nas frenagens e pode acionar sem medo o manete mesmo em situações extremas.
Apesar de o consumo não ser exatamente a preocupação de um possível comprador de uma Monster 1200s, medimos e o resultado foi satisfatório. Desde que a pilotagem seja cautelosa, o modelo pode fazer cerca de 17 km/l na cidade e superar os 20 km/l na rodovia. Caso o piloto decida ser mais agressivo, o consumo aumenta na mesma medida.
A ergonomia da Monster 1200 S, pelo menos para este repórter de 1,70m, não gerou um encaixe de primeira. Para longas distâncias a posição acaba cansando um pouco depois de um tempo. Porém o assento pode ser ajustado e ficar tanto a 820 mm (altura máxima) do solo quanto a 795 mm (altura mínima), o que permite mais harmonia entre piloto e motocicleta.
De qualquer forma, não se deve esperar o mesmo nível de conforto de uma Multistrada 1200, pois são propostas totalmente diferentes. A posição de pilotagem da Monster 1200s é agressiva e as pedaleiras são recuadas. Ainda que o guidão seja mais alto do que o das superesportivas da marca, a moto em si exala esportividade.
Se o piloto busca uma moto agressiva, ‘musculosa’ e com uma performance que a aproxima das superesportivas mas não quer as carenagens, a Monster 1200 S entrega força, diversão e proporciona segurança com o pacote eletrônico repleto de ajudas para controlar a motocicleta.
Para ver os vídeos e mais detalhes, clique aqui.
Bicilíndrico em L Testastretta 11°, 4 válvulas por cilindro, distribuição Desmodromic, Dual Spark e refrigeração líquida.
Cilindrada: 1.198 cc
Diâmetro x curso: 106 x 67.9 mm
Relação de compressão: 13.0:1
Potência: 152 cv a 9.250 rpm
Torque: 12,8 kgf.m a 7.750 rpm
Sistema de injeção eletrônica, corpo de injeção integral e corpos de injeção ovais de 56 mm
Sistema ultra-leve 2-1-2 com catalisador e 2 sondas lambda, silenciador duplo em aço inoxidável com protetor e ponteira em alumínio.
Seis velocidades, com quickshifter bidirecional
Embreagem: multidisco revestida em óleo servo-assistido com função anti-blocante e acionamento hidráulico.
Chassi multitubular de tipo treliça em aço ancorado diretamente às cabeças de cilindro.
Dianteira
Garfo invertido de 48 mm Öhlins totalmente ajustável – curso: 130 mm
Traseira
Öhlins monoshock progressivo ajustável, mono-braço de alumínio oscilante – curso: 149 mm
Dianteiro
Pirelli Diablo Rosso III 120/70 ZR17
Traseiro
Pirelli Diablo Rosso III 190/55 ZR17
Dianteiro
Discos semi-flutuantes de 330 mm, braçadeiras radiais Brembo Monoblock Evo M50 de quatro pistões com bomba radial e sistema ABS da Bosch com assistência em curva de série.
Traseiro
Disco de 245 mm, pinça de 2 pistões e sistema ABS da Bosch com assistência de curva.
Display TFT colorido
Peso seco: 185 kg
Peso em ordem de marcha: 211 kg
Ajustável 795 - 820 mm
16,5 litros
ABS com assistência de curva Bosch, Ducati Traction Control (DTC), Ducati Wheelie Control (DWC), modos de pilotagem
Modos de potência, acelerador Ride By Wire, tampa do assento passageiro, pára-choque dianteiro em fibra de carbono, luzes e indicadores de LED, tomada USB.