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Testes

Custom 'modernosa' da Yamaha

12 de November de 2007

Aldo Tizzani
 
Você saberia dizer o que o Sheby Cobra, o Ford GT-40 e a Ferrari 430 Scuderia têm em comum além, é claro, de serem esportivos “puro-sangue”? A resposta é simples: os quatro modelos trazem em sua carroçaria faixas decorativas que vão do capô até a tampa do porta-malas.

Mas o que isso tem a ver com a versão 2008 da Yamaha Drag Star 650? Simplesmente tudo. Para dar um ar mais “modernoso”, de certo modo mais esportivo ao seu tradicional modelo custom, a Yamaha se inspirou nessas lendas sobre quatro rodas e aplicou na moto duas faixas contínuas em prata na parte superior do tanque de gasolina e da rabeta.

A Drag Star também ganhou a cor vermelha, além de logotipo em relevo e cromado no reservatório de combustível. Outra novidade da linha 2008 é o assento em tecido antiderrapante perfurado, além do novo grafismo do interior do painel de instrumentos.

Na parte visual, a adoção do vermelho deu mais vida ao modelo, fabricado anteriormente apenas nas cores preta e prata. Para quem é fã das estradeiras, esta custom não deixa nada a desejar frente às outras opções de mercado. Traz muitas peças cromadas, pára-lama curto, pedaleiras avançadas, duas saídas de escape paralelas e o largo pneu 170/80-15 na traseira. Além, é claro, do tradicional motor V2 . Em função de seu porte, a Drag Star 650 parece uma moto de maior cilindrada.

Fabricado no Pólo Industrial de Manaus (AM) desde 2003, a Yamaha Drag Star vendeu em 2007 aproximadamente 900 unidades. Suas principais concorrentes são Honda Shadow 750, Suzuki Boulevard M 800 e Harley-Davidson XL 883.

Apesar de sua menor capacidade cúbica, a custom da Yamaha oferece uma boa relação custo-benefício, já que seu preço sugerido gira em torno de R$ 25 mil, contra R$ 29.980,00 da Honda, R$ 29.900,00 da HD e R$ 32.900,00 da Suzuki. Ou seja, a Drag Star 650 é a custom de média cilindrada mais acessível à venda no país.


Motor

Equipada com um motor bicilíndrico de quatro tempos em “V” refrigerado a ar de 649 cm³, a Drag Star 650 gera 40 cv de potência máxima a 6.500 rpm. A moto tem desempenho compatível com sua categoria e suficiente para uma viagem tranqüila.

Destaque para o torque de 5,2 kgf.m, que chega logo aos 3000 rpm. Em função de sua “força”, muitas vezes não é nem preciso reduzir a marcha para fazer uma ultrapassagem. Basta girar o acelerador.

Outro diferencial do modelo fica por conta da adoção da transmissão secundária por meio de eixo-cardã. Silencioso, limpo e praticamente sem manutenção, o conjunto oferece total segurança nas viagens de longa duração. Já o câmbio de cinco marchas permite engates precisos e suaves.

Em prol do meio ambiente, a Drag Star 650 está equipada com o Air Induction System, um dispositivo formado por diafragmas e válvulas interligados com o carburador (duplo), com o filtro de ar e cabeçote. Durante as etapas de admissão, explosão e escape, que em conjunto com os dois catalisadores, contribui para o baixo nível de emissões.


Ciclística

Para reforçar a imagem clássica das “rabo duro” (motos que não tinham amortecedor traseiro), a Drag Star escondeu o monoamortecedor (com regulagem de pré-carga) sob o pára-lama. Fixado à balança traseira por links, copia bem as ondulações de estradas.

Na dianteira, a Drag Star usa o tradicional garfo telescópico. Nas ruas e avenidas dos grandes centros, o conjunto sofre um pouco com o excesso de buracos. Para ajudar na absorção dos impactos, a moto está calçada com pneus Pirelli Route 100/90-19, na dianteira, e 170/80-15, na traseira. 

Já o sistema de freios é formado por disco simples de 298 mm na frente e a tambor (130 mm) na roda de trás. Não é um primor de eficiência, mas está perfeitamente de acordo com sua proposta.

Acessórios

Com visual retrô, a Drag Star traz uma grande distância entre-eixos (1.610 mm) e na reduzida altura do assento (695 mm). Esta configuração de construção faz das motos custom fáceis de se pilotar. O piloto, independente da altura, tem mais facilidade para parar a moto e colocar os pés no chão.

Para completar, o moto da Yamaha traz guidão aberto, banco estilo “sela” para piloto e outro individual para o garupa. Para uma viagem mais confortável, a espuma poderia de maior densidade. Quem quiser investir no conforto, alguns acessórios podem ser instalados: faróis auxiliares, pára-brisa, pedaleiras plataforma e alforjes laterais, além de um banco mais lago para o garupa. Não esqueça também de um sissy-bar (encosto), com suporte para bagagem.

Tudo privilegiando a ergonomia, conforto e segurança. Então, faça as malas e boa viagem!


Ficha Técnica

Motor: Dois cilindros em “V”, 649 cm³, SOHC, refrigeração a ar, 2 válvulas por cilindro.
Potência máxima: 40 cv a 6.500 rpm
Torque máximo: 5,19 kgf.m a 3.000 rpm
Diâmetro x curso: 91,0 X 63,0 mm
Sistema de alimentação: dois carburadores
Relação de compressão: 9:1
Sistema de partida: Elétrica
Câmbio: 5 marchas
Transmissão final: Eixo-cardã
Capacidade do tanque: 16 litros (3 l de reserva)
Chassi: Berço duplo em aço tubular
Suspensão dianteira: Garfo telescópico, tradicional, com 140 mm de curso
Suspensão traseira: Balança monoamortecida com curso de 86 mm.
Freio dianteiro: Disco simples de 298 mm
Freio traseiro: Tambor com 130 mm
Pneu dianteiro: 100/90-19
Pneu traseiro: 170/80-15
Dimensões (C X L X A): 2.340 x 880 x 1.065 mm
Distância entre-eixos: 1.610 mm
Altura mínima do solo: 140 mm
Altura do assento: 695 mm
Peso seco: 215 Kg
Cores: Preta e prata
Preço público sugerido: R$ 25.000,00

Fotos: Renato Duraes.

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