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Testes

Comparativo de sugestões urbanóides

17 de March de 2008

Aldo Tizzani

Scooter ou street, eis a questão! Entre os dois tipos de veículos de duas rodas, qual a melhor opção de compra para encarar o trânsito urbano?

O desempenho de cada um vai depender de sua utilização: trabalho, transporte ou lazer. Fatores como preço, agilidade, conforto, design, consumo e até a distância a ser percorrida no dia-a-dia também devem ser levados em consideração na hora da aquisição.

Então vamos por partes. Analisaremos modelos com até 150 cm³. Dê um lado o scooter Motor Z SCO 150, de outro duas street de baixa cilindrada — Honda CG 150 e a Yamaha 125, líderes de vendas na categoria.

No que diz respeito ao preço final ao consumidor, há uma grande diferença. A Motor Z SCO 150 custa R$ 4.900,00, já a Honda CG 150 Titan (com partida a pedal e freio a tambor) tem preço sugerido de R$ 5.744,00, e o modelo 125cc da Yamaha (também na versão mais básica) sai por R$ 5.536,00.

Com relação ao desenho, vantagem para o produto fabricado na China e montado no Brasil, já que traz linhas que lembram os scooters europeus. A YBR e a CG apresentam design conservador, porém dentro dos padrões de qualidade exigidos pelos motociclistas brasileiros.

Conforto

Neste quesito, ponto positivo para a SCO 150. No scooter, o piloto vai sentado e não montado como nas motocicletas. Em função do escudo frontal, o piloto fica mais protegido da chuva e da poluição. Além disso, o assoalho dá mais segurança à pilotagem, já que os pés ficam apoiados. Nas motos street, o motociclista fica mais exposto.

O SCO 150 também tem outros diferenciais como, por exemplo, dois porta-objetos (um sob o banco e outro no painel, ambos fechados com chave) e um mini-bagageiro para transportar pequenos objetos.

Detalhe: sob o banco da SCO 150 cabe um capacete aberto. Com apelo mais esportivo, o modelo importado pela Motor Z traz ainda dois escapamentos com acabamento cromado.

Motor e consumo

Quando se pilota um scooter, o piloto tem a nítida impressão de estar sendo empurrado. Esta sensação se deve à utilização do sistema de transmissão continuamente variável por uma correia em “V”.

A facilidade de pilotagem é outro ponto positivo do scooter: basta ligar e acelerar, já que não há trocas de marchas. Já os modelos street a transmissão secundária é feita por meio de corrente e câmbio de cinco velocidades com embreagem de acionamento manual.

Todos os motores são monocilíndricos quatro tempos, mas no scooter Motor Z a potência máxima é de 7,8 cv a 7500 rpm. Já o modelo da Honda tem 14,2 cv e o da Yamaha oferece 12,5 cv.

Apesar da diferença de potência, a scooter roda com desenvoltura pelos corredores apertados dos grandes centros. Porém, os modelos street são mais ágeis, espertos, já que a entrega de potência acontece com mais rapidez.

O consumo de combustível pode ser considerado o “calcanhar de Aquiles” para o scooter. Neste teste, o SCO 150 rodou em perímetro estritamente urbano e fez 33 Km/l. Já em vias expressas o consumo foi maior: 28 Km/l. Conclusão: para quem anda apenas na cidade, em trechos curtos, é possível percorrer mais de 150 Km com um tanque, que tem capacidade para 5 litros. Para quem roda muitos quilômetros por dia terá de abastecer praticamente todos os dias.
 
Na hora de abastecer, além da baixa autonomia, outro ponto negativo do scooter da Motor Z é uma espécie de haste no bocal do tanque (localizado sob o banco) que impede a entrada do bico da mangueira de combustível na hora do abastecimento. Durante o teste, a gasolina espirrou para fora do bocal. Isso pode comprometer a pintura ou até mesmo algum objeto transportado sob o banco.

Já nas motos, a autonomia é bem maior. O modelo Yamaha tem tanque de 13 litros e a Honda 14 litros, permitindo a moto fazer até viagens curtas. Nos dois modelos, a média de consumo é de 35 Km/l.

Ciclística

Com relação aos sistemas de suspensão e freios, os modelos trazem fórmulas tradicionais, que estão de acordo com a proposta urbana dos veículos. O SCO 150 tem freio a disco (nas versões básicas da YBR e CG são a tambor) e garfo telescópico na dianteira; sistema bichoque e tambor na traseira. Porém, os modelos street levam larga vantagem no quesito amortecimento.

Além do curso da suspensão dianteira ser maior, as rodas raiadas de aro 18, calçadas com pneus Pirelli City Demon, absorvem melhor os impactos em vias esburacadas dos grandes centros.

Na Motor Z, rodas de alumínio de 10” e pneus chineses, que não oferecem uma boa aderência. Resumindo: o modelo street é para o trabalho pesado. Já a scooter serve como alternativa ao transporte público e também para o lazer, já que pode levar o piloto ao clube, teatro etc.

Agora é analisar prós e contras e verificar se uma moto street ou um scooter se enquadra no seu perfil de motociclista e também no tipo de uso que pretende dar ao veículo.

Ficha Técnica - Motor-Z SCO 150

Motor: Monocilíndrico, quatro tempos, refrigerado a ar
Capacidade cúbica: 150cc
Potência máxima: 7.8 cv a 7500 rpm
Torque máximo: 1.09 Kgf.m a 8000 rpm
Transmissão: Automática tipo CVT
Partida: Elétrica e pedal
Suspensão dianteira:  Garfo telescópico
Suspensão traseira: Braço oscilante com duplo amortecimento
Freio dianteiro: Disco 
Freio traseiro: Tambor
Pneu dianteiro: 3.5” x 10”
Pneu traseiro: 3.5” x 10”
Comprimento: 1,860 mm
Largura: 670 mm
Altura: 1010 mm
Peso seco: 94 kg
Cores: Amarelo e Preto / Vermelho e Preto
Tanque de combustível: 5,0 litros
Preço: R$ 4.990,00

Fotos: Renato Durães.

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