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Testes

CBR 1000RR Fireblade: Ainda mais afiada

21 de July de 2008

Arthur Caldeira

Uma moto completamente nova. Assim pode ser definido o modelo 2008 da Honda CBR 1000RR Fireblade que desembarca agora no Brasil.

Com quadro totalmente novo, motor maior e mais potente e dois quilos mais “magra”, a quinta geração da superesportiva está melhor e ainda mais afiada.

Com tecnologia de ponta, como amortecedor eletrônico de direção, embreagem deslizante e novas suspensões, a Fireblade ficou mais “na mão”, uma moto de 1000cc fácil de pilotar.

As mudanças na nova CBR 1000RR foram radicais. A começar pelo design, principal motivo de compra apontado em pesquisa feita pela Honda com 330 consumidores de motocicletas da categoria superesportiva.

A Fireblade 2008, lançada na Europa no final de 2007, ganhou linhas mais arredondadas e minimalistas, seguindo uma tendência de design na linha de esportivas da marca japonesa.

Os ângulos retos foram abandonados de vez. A carenagem frontal, mais compacta, está mais curta e, segundo os engenheiros da Honda, com melhor penetração aerodinâmica.

Os espelhos retrovisores trazem agora lanternas e piscas, enquanto a rabeta foi reduzida ao essencial. “Tirando” assim peso das extremidades e contribuindo para a centralização das massas.

Nisso também ajudou o novo sistema de escapamento. Bastante curto e posicionado na lateral direita da CBR 1000, o escape traz um moderno sistema para melhorar o torque em baixas rotações. Dessa forma, apesar de “girar” mais, a nova Fireblade não perdeu o motor sempre cheio, qualidade já presente na versão anterior.

Motor maior e mais leve

Com pistões de maior diâmetro (de 75 para 76 mm), porém de menor curso, o motor de quatro cilindros em linha, DOHC, 16 válvulas, ficou maior: agora tem 999,8 cm³ de capacidade contra os 998 cm³ do modelo 2007. De mesma dimensão, porém mais leve, o novo propulsor gera 178,1 cv de potência máxima a 12.000 rpm — cerca de sete cavalos a mais que o anterior.

A potência extra vem de diversas alterações, como entradas de ar mais eficientes, radiador com duas ventoinhas e o que de melhor há em termos de injeção eletrônica de combustível — com dois bicos injetores por cilindro. O torque sofreu pequena redução. Passou dos 11,7 kgf.m para 11,4 kgf.m no mesmo giro: 8.500 rpm.

Ciclística afiada

Na pista particular, onde a nova CBR 1000RR foi apresentada à imprensa, pudemos comparar o desempenho com o antigo modelo e afirmar: a principal melhoria na Fireblade 2008 foi em sua ciclística. Também não é por menos. Tudo é novo.

O quadro de alumínio é formado agora por apenas quatro peças, contra as nove da versão anterior. De dupla trave superior do tipo diamante — com o motor fazendo parte da estrutura — está mais estreito e leve. No total, o conjunto emagreceu dois quilos: 177 kg a seco. A balança traseira também é nova e a distância entre-eixos, maior (1.410 mm), para manter a roda no chão nas acelerações e saídas de curvas.
 
A suspensão dianteira invertida (upside-down) também mudou, mas continuou totalmente ajustável (pré-carga da mola, velocidade da compressão e do retorno). Na traseira o sistema Unit Pro-Link com o amortecedor com reservatório de gás (totalmente regulável) ancorado na própria balança evita que as oscilações sejam transferidas ao chassi.

A segunda geração do amortecedor de direção eletrônico (Honda Electronic Steering Dumper) agora é fixada à mesa de direção, garantido estabilidade em alta velocidade e facilidade nas manobras.

Todas as mudanças contribuíram para que a Fireblade esteja mais precisa para entrar nas curvas. Basta “mirar” à frente e deitar para contornar curvas com facilidade. O que ajuda, e muito, nessa tarefa é também a nova embreagem deslizante.

De acionamento mecânico, mas bastante suave, a embreagem traz um sistema que permite aos discos “patinarem” um pouco nas reduções de marcha, evitando assim que o torque da roda traseira desestabilize o conjunto. Ao frear com vontade e reduzir as marchas para entrar na curva a nova CBR 1000RR mantém sua trajetória, facilitando a vida do piloto e transmitindo muita segurança. Exageradamente podemos dizer que a nova 1000RR é quase uma 600cc, tamanha sua agilidade e porte compacto.

Preço competitivo

Com todas as melhorias a nova Honda CBR 1000RR, fabricada no Japão, tem tudo para manter a trajetória de sucesso da família Fireblade, iniciada há 16 anos. Uma das superesportivas mais vendidas no mercado brasileiro, a CBR 1000RR foi líder de vendas na categoria em 2007: 1.302 unidades emplacadas.

Com a chegada do novo modelo, que estará disponível a partir de agosto nas cores branca, preta e vermelha, a Honda espera vender 1.537 unidades até o final do ano. Se depender das melhorias feitas na CBR 1000RR 2008 o sucesso está garantido. O preço sugerido de US$ 31.980 — cerca de R$ 53.000 ao câmbio de abril — também deve ajudar. Afinal, é o mais baixo entre as superesportivas japonesas de 1000cc.

Ficha Técnica

Motor: DOHC (Double Over Head Camshaft), 4 tempos, 4 cilindros em linha, 16 válvulas e arrefecimento a líquido
Capacidade: 999,8 cm3
Diâmetro x Curso: 76,0 x 55,1 mm
Taxa de Compressão: 12,3 : 1
Alimentação: Injeção eletrônica de combustível PGM-DSFI (Programmed Dual Sequential Fuel Injection)
Torque Máximo: 11,4 kgf.m a 8.500 rpm
Potência: 178,1 cv a 12.000 rpm
Câmbio: Seis velocidade
Transmissão Final: Corrente com anéis de vedação
Partida: Elétrica
Quadro: Dupla trave superior do tipo diamante em alumínio
Freio dianteiro: Disco duplo com acionamento hidráulico de quatro pistões na dianteira, cáliper de fixação radial e diâmetro de 320 mm
Freio traseiro: Disco com acionamento por pistão simples, com 220 mm de diâmetro
Suspensão dianteira: Upside-down, 120 mm de diâmetro e 110 mm de curso
Suspensão traseira: Balança traseira monoamortecida, 138 mm de curso e 10 regulagens
de pré-carga da mola
Pneu dianteiro: 120/70 – ZR17 M/C (58W)   
Pneu traseiro: 190/50 – ZR17 M/C (73W)
Comprimento: 2.080 mm
Largura: 685 mm
Altura: 1130 mm
Distância entre eixos: 1.410 mm
Altura do Assento: 820 mm
Capacidade do tanque: 17,7 litros
Cores: Preta, Vermelha e Branca Perolizada
Peso a seco: 177 Kg
Preço: US$ 31.980 (ao câmbio de US$ 1 = R$ 1,65 em abril de 2008 = R$ 53.006,00), com base no Estado de São Paulo e não inclui despesas com óleo, frete e seguro)

Fotos: Caio Mattos.

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