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Testes

Big prazer em longas viagens

18 de February de 2008

Aldo Tizzani
 
A DL1000 V-Strom, big-trail da Suzuki, não impressiona somente por seu porte, desenho, potente e “torcudo” motor ou pelo alto nível de conforto e acabamento. Em números absolutos de vendas, o desempenho da moto também é de se elogiar.

Durante o ano passado, a montadora japonesa comercializou 990 unidades do modelo. Em 2007, a V-Strom só perdeu a primeira posição do ranking de emplacamentos na categoria Maxtrail, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), para a XT 660 R (2.256 unidades).

Porém, a moto da Yamaha é mais barata e tem motor menor, de 660 cm³, contra o de 996 cm³ da DL-1000. Já este ano, a representante da Suzuki está no lugar mais alto do pódio. Somente em janeiro, a V-Strom já vendeu 88 unidades, contra 60 da on-off da rival.

Sinônimo de robustez, versatilidade, além de oferecer diversão em altas doses de adrenalina, a DL1000 V-Strom encara muitas aventuras, seja no asfalto, na terra ou no cascalho.

Apesar de suas características off-road, aliado a traços esportivos evidenciados pela carenagem frontal, a moto tem nas rodovias seu habitat natural. Suas concorrentes diretas são a BMW R 1200 GS, Buell XB 12 Ulysses, Honda XL 1000V Varadero, Ducati Multistrada 1.100, Yamaha TDM 900 e Triumph Tiger 1050.

O preço sugerido da DL1000 2008 é de R$ 53.436,00, porém as concessionárias Suzuki estão oferecendo, por tempo limitado, bônus promocional de R$ 9.700,00, para pagamento à vista. Detalhe: a moto tem um ano de garantia, sem limite de quilometragem.

Coração

Quando o motor “V2” de 996 cm³ entra em funcionamento, é hora de “apertar o cinto’” Com potência máxima declarada de 98 cv a 7.600 rpm e torque máximo de 10,3 kgf.m a 6.400 rpm, o propulsor responde rapidamente ao giro do acelerador e, de quebra, tem muita força, principalmente nas baixas e médias rotações.

Para ajudar no bom desempenho, o motor conta com sistema de injeção eletrônica, que é controlado pelo ECM (Módulo Computadorizado de Gerenciamento do Motor). O trabalho do ECM é dosar a mistura ar/combustível, proporcionando melhor rendimento e economia.
 
Ciclística

O conjunto de suspensões está de acordo com suas características de uso e encara, com desenvoltura, os pisos irregulares. Na dianteira, garfo telescópico, com ajuste na pré-carga da mola. Já na traseira, a balança conta com um único conjunto mola-amortecedor, com link.

Por meio de uma espécie de registro, é possível regular o retorno e a pré-carga da mola, caso a motocicleta carregue garupa ou bagagem. Como a moto é alta, o piloto com menos de 1,70 pode sofrer para se equilibrar ou fazer manobras em baixa velocidade.

Com relação ao sistema de freio, o dianteiro — com duplo disco — mostrou-se bastante eficiente, mesmo em situações extremas. Apesar da eficiência, a adoção do sistema ABS seria muito bem-vinda.

O freio traseiro, por sua vez, de disco simples, deixou um pouco a desejar. Porém, temos que levar em consideração que a moto utilizada no teste era “zero” e que as pastilhas ainda não estavam devidamente acomodadas.

Conforto

A posição de pilotagem e o conforto são os destaques desta big-trail. O piloto pode passar horas sobre a DL1000 V-Strom sem se cansar. É a tal ergonomia. O banco é largo e macio e o guidão está na posição ideal.

Apesar de seu porte avantajado e seus 208 kg (peso a seco), a DL1000 V-Strom é fácil de pilotar e tem uma boa capacidade de inclinação, mesmo com garupa, que também viaja confortavelmente.

Para transportar pequenos objetos, o bagageiro tem sua superfície emborrachada. Porém, para aumentar a capacidade de armazenar bagagens é possível instalar maleiros laterais. Além disso, a moto conta com protetores de mão e pneus de uso misto, marcas de sua versatilidade.

Há no mercado também outros acessórios para a DL-1000, como protetores de tanque e motor ou top-case. Outro ponto positivo do modelo da Suzuki é o pára-brisa com regulagem de altura e potentes faróis, que ajudam durante uma viagem noturna.

Para facilitar ainda mais a vida do condutor, o painel de instrumentos oferece fácil leitura e traz vários indicadores do comportamento da máquina: velocímetro, tacômetro, hodômetro total e dois parciais, indicadores de temperatura, combustível e última marcha engatada, luzes de seta, neutro, farol alto, pressão de óleo e de fuel injection. Tudo privilegiando a ergonomia, o conforto e a segurança dos moto-aventureiros.

Ficha Técnica

Motor: DOHC, quatro tempos, V-Twin a 90º, 8 válvulas e refrigeração líquida
Cilindrada: 996 cm³
Potência máxima: 98 cv a 7.600 rpm
Torque máximo: 10,3 kgf.m a 6.400 rpm
Diâmetro x curso: 98,0 X 66,0 mm
Sistema de alimentação: Injeção eletrônica
Taxa de compressão: 11,3:1
Sistema de partida: Elétrica
Câmbio: 6 velocidades
Transmissão final: Corrente
Capacidade do tanque: 22 litros
Suspensão dianteira: Telescópica invertida de amortecimento hidráulico, pré-carga da mola ajustável
Suspensão traseira: Balança de amortecimento hidráulico tipo link, com ajustador remoto manual da pré-carga
Freio dianteiro: Duplo disco ventilado flutuante, mordido por pinça deslizante de 2 pistões de acionamento hidráulico
Freio traseiro:   Disco ventilado, mordido por pinça deslizante de pistão simples de acionamento hidráulico
Pneu dianteiro: 110/80 R19M/C 59H, sem câmara
Pneu traseiro: 150/70 R17M/C 69H, sem câmara
Dimensões (C X L X A): 2.295 mm x 910 mm x 1.395 mm
Distância entre-eixos: 1.535 mm
Altura mínima do solo: 165 mm
Altura do assento: 840 mm
Peso seco: 208 kg
Cores: cinza, preta e azul
Preço público sugerido: R$ 53.436,00 

Fotos: Renato Durães.

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