Rally Dakar: Rivalidade supera o fair play na competição

Na oitava etapa do Rally Dakar 2012, com percurso entre as cidades chilenas de Copiapo e Antofagasta, com especial de 477 quilômetros e 209 km de deslocamento, alguns pilotos de motos que corriam no pelotão de frente tiveram o infortúnio de passar por um lamaçal, que não aparecia no roteiro da prova.

Acabaram atolados o piloto francês Cyril Despres (KTM), que ficou preso primeiro na lama, e pouco depois o piloto português Paulo Gonçalves (Husqvarna). Tentando levantar sua moto desesperadamente sem sucesso, Cyril Despres foi ajudado por Paulo Gonçalves, que para sua surpresa viu o francês acelerar sua moto e ir embora, sem retribuir o apoio. Felizmente, Paulo Gonçalves foi socorrido pouco depois por alguns membros da organização do Rally Dakar (ex Rally Paris Dakar). Veja o vídeo

No final do dia o piloto português ainda procurava uma explicação para o comportamento estranho do seu companheiro de competição. Perguntado sobre o acontecimento, Cyril Despres, três vezes campeão do Rally Dakar, resumiu o episódio dizendo que esse esporte não é loteria. “Estamos aqui para uma batalha por segundos ou minutos. É tudo muito competitivo”, afirmou.

Para não prejudicar ainda mais os pilotos, a direção de prova do Rally Dakar optou por descontar o tempo perdido dos competidores no lamaçal.

Na nona etapa do Rally Dakar, entre as cidades chilenas de Antofagasta e Iquique, com 557 quilômetros e mais 9 km de deslocamento, outro exemplo de atitude intempestiva na competição. A equipe líder na categoria carros, formada for Stephane Peterhansel e Jean Paul Cottret, ao atravessar um pequeno riacho praticamente “atropelou” um piloto de moto que recebia ajuda para fazer a travessia.

Fotos: Reprodução e Frederic Le Floch (DPPI)/Divulgação

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