Rally Dakar: Pablo Quintanilla leva a melhor na 8ª etapa
Piloto chileno mostra a força dos pilotos sul-americanos nas motos em um dia turbulento para os competidores
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
A segunda metade do Rally Dakar 2015 para as motos, que teve início nesta segunda-feira (12), com a disputa da parte final da etapa maratona, na qual os pilotos não podem ter assistência das equipes na manutenção dos veículos, causou uma reviravolta na classificação geral da categoria. A especial que passou pelo Salar de Uyuni, considerado o maior deserto de sal do mundo, e que foi dividida em duas partes, em 378 km e 38 km, além de um neutro de 368 km, deu ao espanhol Marc Coma (KTM) a liderança no acumulado após seu compatriota Joan Barreda (Honda) perder mais de 1h30min no primeiro trecho da rota. O cronometrado entre Uyuni (BOL) e Iquique (CHL) também coroou o ótimo desempenho do chileno Pablo Quintanilla (KTM), que saiu com a inédita vitória com o tempo total de 2h56min19s.
Ditando o ritmo da competição até a sétima etapa, quando teve o guidão quebrado e precisou completar os últimos 120 km de percurso em condições bastante adversas, Barreda teve mais um dia desesperador. O espanhol, que em um jogo de equipe recebeu nesta manhã o guidão do argentino Demián Guiral para se manter no primeiro posto, sofreu durante o trecho, sendo rebocado pelo companheiro de equipe Jeremías Israel (CHL), e viu a primeira posição cair no colo de Coma. E pior, ainda sem ter terminado o trajeto até o fechamento da matéria, ele deu adeus às chances de título.
O novo líder, tetracampeão da prova, também teve dificuldades para finalizar a especial. Porém, o nono melhor tempo no dia foi suficiente para Coma assumir a liderança e ainda abrir uma vantagem considerável para o português Paulo Gonçalves, da Honda. O luso, outro que se enrolou no trajeto e que completou apenas em 15º, está nove minutos atrás do ponteiro. “Foi um dia extremo. Foi muito difícil no Salar de Uyuni, havia a altitude, o frio, tudo misturado. O importante é que é o nosso último dia aqui”, comenta Coma.
A oitava etapa também marcou a boa performance de Juan Pedrero Garcia, da Yamaha. Ao terminar o percurso em segundo lugar, ele colocou pela primeira vez o time azul no pelotão de elite da atual edição do Dakar. A terceira posição ficou com o eslovaco Stefan Svitko (KTM), seguido do australiano Toby Price, também da equipe austríaca.
Quem não teve vida fácil foi o brasileiro Jean Azevedo. Apesar das inúmeras dificuldades em razão da etapa maratona e do próprio clima, o piloto da equipe Honda South America Rally Team conseguiu concluir o trajeto e terminar em 51º. Ele está em 26º no acumulado.
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