Rally Dakar
Rally Dakar
“Essa história é sobre a vida real, sobre a paixão, aquela que você tem por dentro e que pode te fazer cumprir qualquer coisa”
A exatamente 20 anos atrás, janeiro de 2002, terminei o Rally que ainda era Paris / Dakar pilotando uma moto 250cc pelo deserto Africano e, hoje, 14 de janeiro de 2022, consegui cumprir e terminar o meu segundo Dakar, mas desta vez, foi “pilotando um teclado de computador”, para fazer os boletins diários da prova na Arábia Saudita, duas vezes por dia. Meu primeiro trabalho escrevendo para transmitir emoções de uma paixão pelas duas rodas.
Foi uma correria danada contra o relógio, ou posso dizer que foi uma especial cronometrada todos os dias, e tinha que ser cumprida no menor tempo para trazer as informações do maior Rally do mundo desde a largada dia 01 até hoje, 14 de janeiro, o mais rápido possível, para atualizar os leitores do Moto.com.br.
A Arábia Saudita tem um fuso horário 7 horas à frente do nosso, foi preciso “madrugar”, pesquisar informações e resultados pois, a prova na maioria das etapas já havia terminado para as motos. Enfim, fiz um Rally Dakar sentado na cadeira e pilotando o teclado, por 14 dias seguidos!
Mas mesmo assim foi emocionante acompanhar as disputas e “perrengues” do Rally. Acredito que, como no Dakar de 2002 que eu consegui terminar com uma vitória na categoria 250cc, este ano não foi diferente, e conseguimos transmitir o máximo de informações e curiosidades do Dakar todos esses dias, para os leitores que são apaixonados como eu, pelo esporte motorizado, principalmente o de duas rodas.
Como em qualquer Rally, não estamos sozinhos e os perrengues não foram poucos mas, resolvemos todos eles e chegamos ao final! Lembrando que o Rally começou dia 01/01/22 e, desde antes estávamos trazendo notícias a respeito. Natal e Réveillon foram divididos.
Às vezes nos perdíamos nas informações que não batiam "com nossa planilha". Outra etapa, foi o computador que "abriu o bico" e precisamos de resgate. No deslocamento tínhamos que peregrinar atrás de fotos pois as da organização não agradavam.
Teve uma etapa que, do nada, surgiu um integrante feminino que não havíamos percebido. Volta o caminho e começa de novo para não cometer erros! Em outra etapa resolvemos andar no meio de carros, quadris e UTV’s para ver como estavam nossos conterrâneos, afinal, somos Brasil!
Enfim, confesso que torci para que estivesse lá na Arábia, rodando centenas de quilômetros de areia, dunas, frio, calor, enfim, mas lá, eu estaria pilotando uma moto, que faço desde sempre.
Essa experiência com os teclados foi nova e, como o Dakar, sei que vou sentir falta dessa correria. Espero que tenha valido a pena! Agora é treinar para o próximo!
Quem sabe um dia não fazemos a cobertura direto da Arábia Saudita e porque não de dentro da prova, a experiência já temos, já pensou que demais? Sonhar é permitido, foi assim que eu fiz o meu primeiro Rally Dakar.