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Rally Dakar

Etapa 2: E a força da natureza, mudando o cenário do Dakar 2022!

03 de January de 2022

Texto Luiz Mingione

Totalmente inundado pela chuva, o acampamento da caravana no final da etapa 2 que seria em Al Artawiyah (dia 3 de janeiro) foi privada da primeira parte da etapa maratona que foi originalmente planejada para este dia. No entanto, a força da natureza está no DNA das provas de Rally / Raid que podem causar mudanças de última hora e que a organização está sempre preparada para resolver da melhor maneira possível sempre pensando na segurança de todos os participantes. Os organizadores e competidores foram redirecionados para o acampamento da terceira etapa em Al Qaysumah. No entanto, nesta etapa 2 o trecho da especial cronometrada de 338 km não foi modificada por causa da chuva e teve 90% dela disputada na areia, com uma terceira parte formada por dunas,  sem maiores problemas. 

Foto: @A.S.O./F.Gooden/DPPI

Categoria Motos

Joan Barreda nunca desistiu e ainda busca seu primeiro título no Dakar. Com fama de ser um dos pilotos mais rápidos do pelotão, nunca teve melhor resultado do que um 5º lugar na classificação geral que alcançou em 2017. Na etapa 1B (dia 2 de janeiro) uma série de dificuldades na navegação comprometeram  as suas chances de um bom resultado. No entanto, como costuma acontecer, o espanhol com uma estratégia de ataque levada ao extremo para se recuperar na etapa 2, (dia 3 de janeiro)   alcançou sua 28ª vitória em etapa no Dakar, enquanto muito à sua frente, Sam Sunderland da Gas Gas Factory Racing e Adrien Van Beveren da Monster Energy Yamaha Rally Team respectivamente, conquistaram os dois primeiros lugares na classificação geral, separados apenas por uma diferença de 2m51s.

O piloto oficial da Gas Gas Factory Racing, o inglês Sam Sunderland, continua a aumentar a reputação do fabricante catalão com a liderança no Dakar 2022, junto também com as duas vitórias em etapas alcançadas pelo seu companheiro de equipe Daniel Sanders.

Foto: @A.S.O./F.Gooden/DPPI

“É sempre bom liderar o Rally, mas temos um longo caminho a percorrer. Não significa muito porque conhecemos bem as dificuldades de um Dakar. A navegação é tão complicada e há tantos dias longos e difíceis pela frente, tenho certeza de que haverá muito mais mudanças, mas é claro que ainda é bom liderar e mostra que estamos no ponto e no ritmo certo. A moto está muito boa e fisicamente sinto-me muito forte este ano. Estou ansioso por alguns longos dias que virão”.

Fator Sorte

Na verdade, quando se está sem sorte as coisas podem não acontecer da melhor forma. Nesta etapa 2, Danilo Petrucci deu a ilustração perfeita dessa frase. Tudo começou no dia 6 de dezembro, quando o italiano quebrou o tornozelo e o calcanhar direito nos treinos em Dubai. Mesmo assim, ele veio para a Arábia Saudita para ver como as coisas iriam se desenrolar e logo percebeu que estava dentro de suas possibilidades continuar na prova.

 

Foto: @A.S.O./C.Lopez

No entanto, outro obstáculo apareceu quando ele testou positivo para Covid-19 dois dias antes da largada. Depois de mais um teste, o ex-vencedor da MotoGP finalmente recebeu luz verde para realizar o seu sonho de correr seu primeiro Dakar. Petrucci é rápido, aliás muito rápido, como mostra a segunda colocação na classificação geral da categoria Rally 2 e um 13º lugar na geral na etapa 1B. 

Mas, depois de suportar a dor de seus ferimentos e a ameaça de Covid-19, foi na verdade um problema mecânico que acabou com as esperanças do piloto da equipe Tech3, já que sua KTM parou após 115 km da especial da etapa 2. Ele se esforçou para consertar, mas foi em vão e, no final, a moto foi levada de helicóptero para o acampamento. O italiano Petrucci ainda não jogou a toalha, caso ele ainda opte por continuar na prova, vai receber uma penalização pesada que o tira da disputa das primeiras colocações, mas ele pode pontuar em etapas para o campeonato mundial de Rally e ganhar experiência no Dakar. 

 

Foto: @A.S.O./F.Gooden/DPPI - Joaquim Rodrigues #27 

 

Categoria Quadriciclos

O argentino Manuel Andújar também sofreu na etapa 1B (dia 2 de janeiro), com os problemas na injeção do seu quadriciclo, que já foram resolvidos. Com a vitória na etapa e mesmo com uma estratégia de ataque para se recuperar, ainda está atrás do líder na categoria, o lituano Laysvidas Kancius, com uma diferença de 30m51s. O brasileiro Marcelo Medeiros foi 9º lugar na etapa 2 e está em 8º lugar na classificação geral fazendo uma excelente participação no seu primeiro Dakar na Arábia Saudita.

Foto:  @A.S.O./F.Gooden/DPPI - Pablo Copetti

Categoria Carros

A paciência de Sébastien Loeb foi finalmente recompensada na etapa 2 (dia 3 de janeiro) entre Ha'il e Al Qaysumah. O nove vezes vencedor do WRC foi capaz de manter Nasser Al-Attiyah em sua mira e, finalmente, saborear a vitória da segunda etapa da 44ª edição do Dakar. Sébastien Loeb agora ostenta 15 vitórias em etapas no evento e igualou seus compatriotas Jean-Louis Schlesser e Bruno Saby por vitórias em etapas na categoria de carros. Ao subir ao topo do pódio do dia, Loeb também forneceu à empresa Prodrive e à sua equipa BRX, que está no Dakar desde o ano passado, o seu primeiro sucesso. Na verdade, é o 27º construtor diferente a provar o triunfo no Rally. A cereja do bolo da etapa 2 ficou por conta do quinto lugar de Nani Roma, 8m2s atrás de seu companheiro de equipe, Loebe, tornando a etapa um excelente resultado para a equipe BRX.

Foto: @A.S.O./F.Gooden/DPPI - Guerlain Chicherit 

Outro duelo está acontecendo nas pistas do Dakar 2022 com o objetivo de coroar o campeão mundial de Rally e envolve os dois protagonistas no início deste Dakar. Cada um com uma vitória de etapa e um segundo lugar, Sébastien Loeb e Nasser Al-Attiyah juntos lideram a classificação. Nesta etapa 2 o “Nani” Roma também fez sua entrada no ranking e se viu empatado na 3ª posição com Lucio Álvarez, ambos com 3 pontos no campeonato mundial.

Os brasileiros Marcelo Gastaldi e Cadu Sachs não tiveram um bom dia. Em menos de 50 km, nada mais nada menos que dois pneus destalonados roubaram tempos preciosos da dupla, que chegou com 4H42’31”, 1H17’31" atrás dos primeiros, na  51ª posição da etapa e 41ª na geral com 3H12’55" atrás do líder. Dentro de sua categoria, 4x2 Petrol And Diesel, ocupam a 22ª colocação, 58 minutos atrás do líder.

Categoria UTV’s

Na categoria UTV’s T4, o americano Austin Jones da Can Am Factory South Racing que tem como navegador o brasileiro Gustavo Gugelmin está na liderança com os brasileiros Rodrigo Luppi e o navegador Maykel Justo na segunda posição.

Foto: @A.S.O./F.Gooden/DPPI - Austin Jones e Gustavo Gugelmin

A disputa na geral também está acirrada na categoria UTV’s T3, liderados pela Ca Am da South Racing, pilotado pelo chileno, Francisco “Chaleco” López, à frente do OT3-Red Bull da espanhola, Cristina Gutiérrez.

Foto - @A.S.O./Horacio - Francisco Lopez #305

 

 

Categoria Caminhões

Nessa categoria o domínio é absoluto da equipe KAMAZ MASTER. No dia de hoje, as duas primeiras posições se mantiveram e houve uma inversão no terceiro e quarto lugares, mas, dentro da mesma equipe! A quinta posição está a quase sete minutos atrás do lider.

Foto: @A.S.O./F.Gooden/DPPI

 

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