Rally dos Sertões: Piloto analisa o percurso
Robert Nahas, bicampeão da prova na categoria quadriciclos, elogia o aumento dos trechos cronometrados
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
Após a divulgação do percurso oficial do Rally dos Sertões, o piloto Robert Nahas aproveitou para fazer uma análise do roteiro da prova. A prova irá largar de Goiânia (GO) com 4.026 quilômetros rumo a Fortaleza (CE), entre os dias 9 e 19 de agosto. Na edição 2011, 2.411 km serão de trechos cronometrados, ou seja, 60% do percurso total.
“Para mim, quanto mais especiais, melhor. Prefiro estar sempre concentrado, já que durante o deslocamento é fácil se distrair”, explicou Nahas, que venceu a prova entre os quadriciclos nos anos de 2008 e 2005.
“Eu prefiro muito mais correr contra o relógio e a cada ano a porcentagem de especiais no roteiro tem aumentado. Os deslocamentos costumam ser bastante cansativos e até monótonos, é preciso tomar cuidado para não sentir sono”, continuou o piloto. A caravana do maior evento off-road irá passar ainda pelos Estados do Tocantins, Maranhão e Piauí.
Com oito participações no Sertões na bagagem, Nahas conhece muito bem as regiões por onde os competidores irão passar. Porém, sempre há surpresas. “A organização tem buscado caminhos diferentes e mais duros, com mais trechos de navegação por GPS, onde a atenção precisa ser total”, continuou.
A Etapa Maratona, cujo formato não permite apoio mecânico, será realizada no dia 15 de agosto, entre Lizarda (TO) e Balsas (MA). O dia será formado por 436km, 428 deles de especiais.
“Já virou tradição a Maratona passar pelo Jalapão, o que é uma incógnita para os pilotos. A região sempre é um divisor de águas na prova e foi lá que eu tive um pneu rasgado no ano passado e não consegui continuar”, lembrou Nahas, referindo-se ao local mais temido do roteiro, muito parecido com um deserto.
“O calor e o terreno pesado e arenoso do Jalapão forçam muito o equipamento, muita gente acaba ficando por lá.” Os pilotos terão pela frente outros diversos tipos de terreno. “O pior solo para o quadriciclo é o de pedra, exatamente pelo risco de cortar o pneu. Já o melhor para acelerar é o de piçarra (pequenos grãos arredondados de rocha)”, concluiu o piloto.
O prólogo, utilizado para definir a ordem de largada da primeira etapa, abre a cronometragem no dia 9 de agosto em Goiânia, mas desta vez inclui duas provas. Na primeira, pela manhã, todos os concorrentes farão as suas tomadas de tempo.
Os oito primeiros de cada categoria voltam ao circuito à noite, para realizar o Super Prime diante do público, em provas de eliminação direta. O Rally dos Sertões inclui ainda motos, carros e caminhões.
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