Rally dos Sertões
Rally dos Sertões
Nesta sexta-feira, 26 de agosto, teve início o maior rally do mundo.
Os pilotos participaram do prólogo e Super Prime para descobrir a posição de largada da etapa 01. Em dia ensolorado, Gabriel 'Tomate' (motos); André Hort/Idali Bosse (UTVs) e Lucas Moraes/Kaíque Bentivoglio (Carros) foram os mais rápidos.
Nas motos, a final colocou lado a lado o atual campeão Adrian Metge (Yamaha) e o estreante Gabriel Soares, o Tomate (Honda). Com formação no motocross e experiência no Enduro FIM, o mineiro Tomate levou a melhor e ainda mostrou seu talento nos saltos e manobras.
Nos UTVs, problemas mecânicos impediram o avanço de destaques como os atuais bicampeões Deninho Casarini/Ivo Mayer (Cam-Am Factory) à decisão do Super Prime. Bruno Varela/Gustavo Borotolanza (Varela Racing) até chegaram ao duelo decisivo, mas nem chegaram a largar. Melhor para André Hort/Gustavo Bortolanza (MH Racing).
Já entre os carros, Lucas Moraes/Kaíque Bentivoglio (MEM Motorsport) fizeram bom uso de uma das máquinas mais modernas e desenvolvidas do grid: a Toyota Hilux Overdrive T1+. Em um confronto de campeões, os de 2019 bateram Marcos Baumgart/Kleber Cincea (X Rally), melhores em 2020.
Foz do Iguaçu (PR) – Umuarama (PR)
DI – 20 km
TE – 173 km
DF – 173 km
TOTAL: 366 km
* DI = Deslocamento inicial. TE = Trecho Especial. DF = Deslocamento Final.
Do alto de uma das 7 Maravilhas da Natureza e Patrimônio da Humanidade: as cataratas do Rio Iguaçu, é possível ver outros dois países irmãos do Brasil: Argentina e Paraguai.
Tecnicamente, a etapa segue pela região agrícola do Paraná, com destaque para os campos de soja, e pode ser descrita como uma etapa “técnica e traiçoeira” sendo predominantemente com piso de cascalho com alguns trechos de pedra lembrando as etapas do WRC. Ah! Se pudéssemos dar uma dica para os competidores seria: cuidem das costas! Essa etapa é recheada de “lombas”, lombadas tamanho cataratas do Iguaçu para sacudir os pilotos e navegadores.
Chacoalhadas à parte, a estrela da etapa são mesmo as cataratas. Começando pela origem do nome Iguaçu, que significa, em Tupi, “Água Grande”. Também pudera, as 275 cachoeiras que caem há quase 82 metros de altura tornam as quedas do Iguaçu a terceira maior do mundo em volume de água. Destaque para a “Garganta Del Diablo”, a maior delas com 700 metros de comprimento!
Mas, por traz dessa imensidão que cabe até a garganta do coisa ruim, fica escondida uma dramática história de amor. Conta a lenda dos povos originários da região que as cataratas foram formadas pela ira de um Deus, que se viu traído por seu grande amor: Naipi. Ao descobrir que a amada fugiu com o mortal Tarobá em uma canoa, o todo-poderoso “cortou” o rio Iguaçu, condenando os pombinhos a uma queda eterna.