Rally dos Sertões
Rally dos Sertões
O Rally dos Sertões chega ao fim após 10 dias de desafios e 3.615km percorridos por sete estados do Nordeste (RN, PB, CE, PI, BA, AL e PE). As chuvas fortes na divisa entre Alagoas e Pernambuco levaram uma mudança no roteiro. A organização do maior rally das Américas transformou, por segurança, a nona e decisiva etapa em um deslocamento, entre Arapiraca (AL) e Tamandaré (PE).
Os campeões foram conhecidos neste domingo (22/08), após provas que chamaram a atenção pela dureza e exigência técnica do percurso, assim como as paisagens paradisíacas.
A rampa montada junto ao Forte de Tamandaré, na cidade pernambucana de mesmo nome foi o palco para a festa. Nas motocicletas o piloto francês Adrien Metge venceu pela primeira vez o Rally dos Sertões. Fora da edição 2020 por testar positivo para Covid-19 na semana da prova, ele pôde mostrar sua força este ano. Nas oito especiais cronometradas, venceu seis, foi o mais rápido em uma (punido por uma infração) e, no estágio entre Delmiro Gouveia e Arapiraca, sábado, procurou administrar a vantagem. Com isso, a equipe Yamaha Racing se torna Bicampeã nas motocicletas, no ano passado Túlio Malta levou a melhor.
"É uma sensação muito boa, gosto muito de correr no Brasil e queria fazer o Sertões desde que cheguei aqui, em 2014. Andei em 2015 e voltei agora. Estou muito feliz por vencer e manter o título com a Yamaha, a equipe foi sensacional, não tivemos qualquer estresse. No ano passado foi difícil acreditar que eu ficaria fora na semana da largada. A prova foi muito legal, completa, proporcionou todos os tipos de piso, não ficou nada de fora".
Com a vitória, Metge tornou-se o quinto estrangeiro a conquistar a prova - Heinz Kinigadner, Marc Coma, Cyril Despres e Paulo Gonçalves foram o antecederam. Muito querido pelos brasileiros, ganhou o apelido de Croissant.
Nos quadriciclo, a vitória foi do Argentino Manuel Andujar (Yamaha). A categoria mais disputada com sete vencedores diferentes em oito etapas foi dos UTVs, mas o grande campeão foi a dupla Deninho Casarini e Ivo Mayer que levaram o bicampeonato para casa.
Emoção também entre os carros, com uma virada na última etapa no duelo entre os irmãos Baumgart, com as Toyota da equipe X Rally. Cristian, ao lado de Beco Andreotti, atacou na oitava especial e já havia descontado boa parte da desvantagem quando Marcos e Kleber Cincea perderam tempo com problemas na transmissão. Um tetracampeonato suado e, por isso mesmo, bastante comemorado.
O Sertões se volta agora para 2022. No bicentenário da Independência e nos 30 anos de prova, vai ligar o Oiapoque ao Chuí, num desafio inédito.