Vítima de um grave acidente na etapa de abertura do Campeonato Espanhol de Rally, no mês passado, Isidre Esteve Pujol foi submetido a uma operação bem sucedida em suas vértebras T7 e T8, no Hospital de Barcelona, mas ainda corre o risco de ficar paraplégico.
Carlos Villanueva, doutor responsável pelo piloto, destacou que a recuperação neurológica é muito lenta e, por isso, são necessários muitos meses até que se comece a ver os resultados da intervenção cirúrgica. “Agora temos de esperar, mas sabemos que ele pode recuperar 100% ou 0%”, comentou.
O incidente ocorreu no dia 24 de março, após o competidor de 34 anos perder o controle de sua KTM em uma curva e bater numa pedra. Depois da queda, Pujol se queixou de fortes dores nas costas e foi levado imediatamente para o hospital.
Nos exames, foi constatada a fratura da sétima e oitava vértebras, além de uma lesão medular grave. Como conseqüência, o corredor perdeu a sensibilidade e os movimentos das pernas.
Os médicos, a princípio, descartaram uma operação imediata para tentar estabilizar a coluna vertebral, já que Pujol também sofreu traumatismo torácico, com contusão pulmonar e fratura das costelas. Este quadro, felizmente, apresentou melhoras.
“A operação ocorreu sem incidentes, e Isidre está consciente da gravidade da lesão, além das possíveis seqüelas que pode ter”, ressaltou o Dr. Villanueva. “Mas o importante é que ele tem demonstrado um espírito de otimismo e serenidade”, completou.
Antes de cair, Pujol ocupava o segundo lugar do Rally TT Ramblas de Huércal Overa. Estava inclusive bastante próximo do líder e compatriota Marc Comá, que se recusou a receber o troféu da vitória, em respeito ao amigo.