Ordóñez vence o Latino A. de Trial em MG

Foram duas voltas no sábado e três no domingos, disputadas num circuito de cerca de 5 quilômetros.

Por André Jordão

A belíssima cidade histórica mineira de Catas Altas recebeu de braços abertos o Campeonato Latino Americano de Trial 2010 neste fim de semana. Os maiores pilotos da América Latina marcaram presença nas pedras aos pés do Caraça. O guatemalteco Diego Ordóñez manteve a supremacia e novamente conquistou o título de campeão Latino Americano.

Foram duas voltas no sábado e três no domingos, disputadas num circuito de cerca de 5 quilômetros, nos quais os pilotos "enfrentavam" seções de um nível nunca visto no Brasil. O preparo dos pilotos e as motos especificamente preparadas para a pratica do esporte transpunham obstáculos dificílimos.

Com excelente presença de público e da imprensa, foram seis seções no "Poço do Bueiro" e mais cinco seções ao outro lado do Rio as margens de um pequeno córrego afluente do Rio Maquine. As dificuldades encontradas pela organização com um evento do porte e custo de um Latino Americano foram vencidas pela bela competição que tivemos nas seções.

A visão do belo Pico de Catas Altas na Serra do Caraça inspirava as manobras dos pilotos nas cerca de quatro horas de prova por dia. Do outro lado a Igreja Matriz que deu a proteção aos pilotos, sendo que não foi registrado sequer um incidente na prova com os pilotos, apesar do altíssimo nível dos obstáculos.

O favorito Diego Ordóñez, da Guatemala, fez uma prova perfeita vencendo na classe A nos dois dias. O detalhe é que foram sete pontos perdidos no sábado, e estes foram no primeiro minuto de prova na primeira seção onde o campeão "cincou" como se diz nos jargão do Trial para a perda de cinco pontos numa seção, o máximo que se perde por faltas e erros.

Ele foi penalizado em onze pontos no domingo. O venezuelano Luiz Aulestia foi o segundo nos dois dias com vinte e um pontos no primeiro dia e trinta e seis no segundo. O piloto paulista filiado em Minas Gerais Walter Fernandes foi o melhor brasileiro e ficou com a terceira colocação nos dois dias com quarenta e seis pontos perdidos no sábado e cinquenta e oito no domingo.

Diego Ordóñez gostou dos dois dias de disputa, apesar da maior dificuldade do domingo. "Estou satisfeito. Valeu a pena a longa viagem. A pista estava difícil, o primeiro dia (sábado), tão bom, ontem foi mais difícil porque o terreno estava muito solto". As seções número dois e sete foram as mais difíceis e onde os pilotos perderam mais pontos.

Na classe para pilotos com menos experiência, a B, o venezuelano Andres Sandrock encontrou um grande oponente no brasileiro Rafael Forte, mas com o segundo lugar no primeiro dia e o primeiro no segundo, ficou em primeiro. Rafael Forte ficou apenas em terceiro no segundo dia e ficou em segundo. O terceiro foi o jovem chileno Jordi Munoz.

No Restaurante Panela de Taipa e no Bar da Penha ponto de encontro dos pilotos a presença dos estrangeiros, uma novidade para muitos da região despertou curiosidade e até desejo de aprender o espanhol para falar com o pilotos que apesar da dificuldade do idioma foram muito atenciosos com o publico que compareceu.

A se destacar a receptividade da cidade, de suas autoridades e população. A crescente indústria do turismo de Catas Altas tem muito a ganhar, quinta cidade em qualidade de vida no estado segundo dados da Fundação João Pinheiro, uma enorme beleza natural, localização estratégica no Circuito do Ouro e um enorme potencial a desenvolver. A sessenta quilômetros de Ouro Preto e a cento e vinte quilômetros de Belo Horizonte.

A expectativa agora fica para o aguardado Mundial que deve ser confirmado até dezembro para acontecer no próximo ano.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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