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Off-Road

Enduro da Independência: Esse trem é "bão" de mais sô!

13 de September de 2013

Paulo Souza

Mais de 400 pilotos enfrentaram a 31ª edição do Enduro da Independência, que partiu pela primeira vez da cidade de Vitória (ES) em direção à histórica Ouro Preto em (MG). Quem já compete esta prova só não largará na próxima edição por invalides e quem participou pela primeira vez promete voltar, “o trem é bão de mais sô”.

Ao todo foram percorridos mais de 820 km em quatro dias de prova com cerca de 6 horas de duração por dia. Pilotos profissionais, amadores, mulheres e os mais experientes puderam contemplar as lindas paisagens e a grande variação de terrenos por onde a prova passou. No total 12 categorias competiram com os mais diversos modelos de motos, nacionais e importadas.

Confira o vídeo com as emoções do Enduro da Independência 2013

Para ver os vídeos e mais detalhes, clique aqui.

Grandes personagens que fazem parte da história do Enduro da Independência estiveram presentes mais uma vez, entre eles destaque para os pilotos da velha guarda, Ademar Euclides, o único a participar de todas as 31 provas do evento, Beto "Motorauto” o vencedor da primeira edição e André Azevedo, que possui o currículo 25 participações no Rally Dakar, sendo 10 nas motos, 14 nos caminhões e uma nos carros.

Sem contar que nesta edição, largaram duas motos que fizeram grande sucesso entre as primeiras edições do Enduro da Independência, uma DT 180 e uma MX 180, ambas da década de 1980. As duas guerreiras aguentaram com vigor durante os quatro dias de provas e chegaram muito bem em Ouro Preto.

E para quem acha que precisa de uma moto cara para encarar esta competição se engana, além das duas guerreias de 180 cc, encontramos também na competição modelos nacionais adaptados como, por exemplo, a XR 250 Tornado e a Lander 250. Também modelos antigos que fizeram história como uma RMX 1993 e uma DR 350 1994 enfrentaram o Independência 2013.

Primeiro dia
Partindo de Vitória (ES), os pilotos iniciaram a 31ª edição do Enduro da Independência até a cidade de Venda Nova do Imigrante, aproximadamente 217 km percorridos. O destaque deste dia foi as pedreiras que os pilotos encontraram nas trilhas, a categoria máster passou como não tivesse nenhuma pedra no caminho, já as outras categorias ficaram “agarrados” como diz o palavreado mineiro. Muita diversão e muitas quedas entre os participantes.

A chegada aconteceu no complexo do Polentão, um local reservado para a tradição da queda da polenta que a cidade realiza. Como não poderia faltar, cerca de 800 kg de polenta estavam no caldeirão, que cozinhou por horas até que todos pudessem chegar e acompanhar esta bela festa. Sem dúvidas uma das mais saborosas refeições por onde passou a competição.

Segundo dia
No segundo dia os pilotos enfrentaram um clima frio com bastante neblina e chuva, que deixou o trajeto bastante escorregadio, a cada neutro que encontrávamos os pilotos, muitos diziam “Tá tudo escorregado sô”. A saída foi de Venda Nova do Imigrante (ES) sentido a cidade de Manhuaçu, já em Minas Gerais, na praça central da cidade. Percurso de 204 km de prova com trilhas mais exigentes e com menos estradas.

Terceiro dia
Em território mineiro partiu o terceiro dia da prova de Manhuaçu com destino a cidade de Viçosa, foi a etapa mais longa com 231 km percorridos. O grau de dificuldade aumentou e os pilotos enfrentaram diversas montanhas em zigue-zague e cotovelos. O destino final foi no campus da Universidade Federal da cidade.

Quarto dia
O último dia da competição foi o mais curto, com aproximadamente 168 km percorridos entre as cidades de Viçosa e Ouro Preto. Porém, o dia mais técnico com cerca de 80% do percurso sobre trilhas, entre elas as famosas Trilha do Gasoduto e Represa do Custódio. Os primeiros pilotos começaram a chegar por volta da das 13 horas com recepção festiva e a presença de grande público.

A tarde após a entrega das medalhas de participação foi anunciado os vencedores de cada Categoria. A Briga na máster estava entre Jomar Grecco e Emerson Bombadinho.  Com a terceira posição na última etapa Jomar conquistou pela primeira vez o título da competição.

O TCMG (Trail Clube Minas Gerais) responsável pela organização da prova, está de parabéns pela excelente organização. Para quem não conhece, o Enduro da Independência possui uma ótima estrutura com todo apoio aos pilotos. Ao todo, cinco equipes médicas equipadas com 10 motos, cinco carros de apoio, um carro do tipo 4x4 para resgate avançado e mais uma UTI móvel, totalizando 21 pessoas foram envolvidas na prova.

Nos pontos do roteiro com maior dificuldade, Gerentes de Trecho, os chamados GTs, estiveram preparados para ajudar, e outras equipes largam após o último piloto, percorrendo o percurso em um sistema tipo “fecha prova” prestando socorro a eventuais motos quebradas. Sem dúvidas uma ótima organização.

A equipe do Moto.com.br parabeniza todos os pilotos e pessoas envolvidas que contribuíram para a realização de mais um Enduro da Independência!

Confira a galeria de fotos completa do 31º Enduro da Independência, clique aqui.

Fotos: Paulo Souza

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