Prestes a realizar a terceira etapa da temporada 2006, em Monte Alto (SP), o Arena Cross vem passando por uma fase de ótimas alegrias, já que inúmeros curiosos e amantes do motociclismo têm se interessado pelos belos pegas proporcionados pela categoria nacional. Mas uma boa parte do público das duas rodas ainda não conhece a fundo as características desta competição, considerada atualmente como uma das principais do país.
Pensando neste importante “detalhe”, o MOTO.com.br saiu à caça das respostas, interando-se primeiramente da origem do torneio, que surgiu nos EUA em meados da década de 1980, aproveitando espaços considerados pequenos para a prática do motocross e supercross.
Em 1998, chegou ao Brasil por intermédio da Carlinhos Romagnolli Promoções e Eventos, que organizou o primeiro campeonato no ano seguinte. Desde então, a modalidade vem crescendo consideravelmente e chamando a atenção, inclusive, de algumas redes de TV.
Categorias: O Arena Cross ficou conhecido por reunir os melhores pilotos do país. As provas são disputadas em quatro categorias: 50cc, para competidores com idade entre 5 e 9 anos; 65cc (8 a 13 anos); MX2, para motos de 125cc a 250cc (4 tempos) e MX1, em que participam as grandes feras em motocas de 250cc a 450cc.
Treinos: No dia da prova são realizados os treinos livres e logo em seguida a classificação para a formação do gate de largada. As sessões livres têm 15 minutos de duração para cada categoria, enquanto que as classificatórias — válidas somente para as categorias MX1 e MX2 — duram 10 minutos com todos os pilotos participando de uma só vez. O pole position ganha um ponto extra no resultado da prova. Nas categorias 50cc e 65cc, o gate é definido pela classificação do campeonato.
Corridas: Têm 10 minutos de duração para as categorias 50cc e 65cc, mais uma volta. Na MX2 também são 10 minutos mais uma volta, só que a etapa é disputada em duas baterias. O vencedor é o piloto que somar mais pontos em ambas. Já na MX1, a única diferença é que além dos 10 minutos de prova, os competidores devem dar mais duas voltas na pista.
Pontuação: O sistema válido para todas as categorias garante 20 pontos para o primeiro colocado, 16 para o segundo, 13 para o terceiro, 11 para o quarto, 9 para o quinto, 7 para o sexto, 5 para o sétimo, 3 para o oitavo, 2 para o nono e 1 ponto para o décimo classificado.
Sinalização: A bandeira vermelha agitada indica que a prova está interrompida. A preta, com um quadro com o número do competidor, determina que este deva parar imediatamente no pit-stop. A bandeira amarela fixa revela que há perigo na pista e o piloto deve agir com cautela. Se estiver agitada, ela proíbe as ultrapassagens. A azul agitada determina que o corredor dê passagem ao adversário. A bandeira branca com uma cruz vermelha mostra que o serviço médico está na pista. A verde informa que o traçado está livre para a largada. Por último, a xadrez (preta e branca) simboliza o fim da prova ou treino.
Monte Alto: Próximo destino dos competidores
Esclarecidos os principais pontos do Arena Cross, já podemos falar sobre a corrida deste fim de semana, que será realizada em Monte Alto, numa das pistas preferidas dos pilotos. Além de ser considerada bastante técnica, a etapa é uma das que mais conta com a participação do público. Em 2005, registrou número recorde de 10 mil pessoas nas arquibancadas do circuito montado no Trevo Lanfredi.
Um dos pilotos que tem boa expectativa é Rafael Ramos. O piloto de São Paulo é o terceiro colocado na classificação geral da categoria MX1, com 41 pontos. Jean Carlo Ramos (Curitiba) é o segundo, com 51, e Pipo Castro, o líder, com 63. “Desde o ano passado, a pista passou a ser bem técnica e o público é bastante vibrante. Gosto muito da prova e sempre consigo bons resultados aqui”, afirmou Ramos.
Outra destaque será o retorno do piloto Roosevelt Assunção (Jandira), que venceu a primeira etapa — disputada em Bertioga (SP) — e ficou de fora da segunda, em Rio das Ostras (RJ), devido a uma contusão na clavícula. Assunção também tem 41 pontos e está empatado com Rafael Ramos.
Quem também vai novamente comparecer ao evento é o Eduardo Saçaki, o Japonês Voador, detentor de cinco títulos do Arena Cross. Ele pretende fazer alguns treinos, mas ainda não vai retornar as disputas oficiais. Saçaki já esteve acompanhando as duas primeiras etapas do ano e espera retornar às pistas no segundo semestre.
A etapa de Monte Alto faz parte da programação oficial das comemorações de 125 anos do município. Os primeiros treinos serão realizados a partir das 14h do sábado. As provas estão agendadas para as 19h, logo após a solenidade de abertura. No domingo, às 12h, a “Rede TV!” exibirá todos os detalhes da competição.
A entrada é 1 kg de alimento não perecível, que será encaminhado a entidades assistenciais. Neste ano, os ingressos podem ser trocados por óleo, arroz ou feijão na Moto Garra (concessionário Honda) e Chegadinha Moda Jovem. Vale ressaltar que os ingressos são limitados.
Confira a classificação do Arena Cross:
50cc
1) Nicolas Rodrigues, 45 pontos
2) Ricardo Jurça, 39
3) Pedro Henrique, 38
4) Gustavo Pessoa, 34
5) João Marcelo, 20
6) Mateus Mendonça, 18
7) Danilo Almeida, 15
8) Lucas Lima, 13
9) Hugo Cabral, 13
10) Bruno Pinheiro, 11
65cc
1) Endrews Armstrong, 60 pontos
2) Daniel Guelman, 49
3) Eduardo Rudnick, 26
4) Pablo Reginato, 25
5) Gustavo Rodrigues, 23
6) Kauê Fernandes, 17
7) Kaio Miranda, 14
8) Guilherme Guarnieri, 12
9) Raul Faustino, 12
10) Filipe Ribeiro, 09
MX1
1) Pipo, 63 pontos
2) Jean Carlo Ramos, 51
3) Rafael Ramos, 41
4) Roosevelt Assunção, 41
5) Marcos Cordeiro, 32
6) Massoud Nassar, 25
7) Renato Peres, 24
8) Denis Cordeiro, 17
9) Juliano Ramos, 15
10) Fábio Correa, 14
MX2
1) Leandro Silva, 77 pontos
2) Fabio Andolhe, 69
3) Wellinton Garcia, 40
4) Lucas Moraes, 35
5) Felipe Grimberg, 30
6) Elievan Silva, 23
7) Swian Zanoni, 16
8) Edson Bertos, 15
9) Anderson Vaz, 11
10) Richard Berois, 11
Fonte:
Equipe MOTO.com.br
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