MotoGP
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Casey Stoner passou como um raio pela MotoGP. O australiano estreou em 2006 pela LCR, que desde aquela época já era uma equipe satélite da Honda. Em 2007, veio a transferência para a Ducati e uma temporada dos sonhos, com dez vitórias em 18 corridas e o primeiro título na classe principal do Mundial de Motovelocidade.
No ano seguinte, o australiano disputou o título com Valentino Rossi, mas o italiano levou a melhor. Em 2009, os primeiros sinais de que algo estava errado com Stoner, já que o piloto, ainda na Ducati, parecia esgotado fisicamente no final das provas - o GP da Catalunha daquele ano, em que Rossi superou Jorge Lorenzo na curva final, foi um exemplo claro disso, com Stoner passando mal antes de subir ao pódio.
Naquele ano, o piloto perdeu três provas - os GPs da Tchéquia, Indianápolis e San Marino - para se recuperar, quando então descobriu intolerância à lactose. Em 2011, já na Honda, Stoner conquistou o segundo e último título na MotoGP e se aposentou das pistas no fim da temporada seguinte, alegando incômodo com a política dentro da categoria e o desejo de passar mais tempo com a família.
Stoner seguiu como piloto de testes da Honda até 2015 e de 2016 até o fim de 2018 atuou na mesma função na Ducati. Desde então, Stoner não tem contrato com nenhuma fabricante, tendo voltado a aparecer em um macacão recentemente, quando participou de um track day nos Estados Unidos com Ben Spies e outros pilotos há algumas semanas - o australiano não ia para a pista desde janeiro do ano passado, quando participou de testes.
O motivo para isso? Segundo o próprio Stoner revelou ao conceder entrevista em um podcast, um problema de saúde explica. O australiano contou que sofre de fadiga crônica e, ao realizar uma atividade física, fica tão esgotado que mal consegue sair do sofá por dias.
“Eu não piloto um kart há mais de um ano porque sofro de fadiga crônica. Não tenho forças para fazer isso. Se fizesse isso durante um dia inteiro ficaria no sofá durante uma semana", disse Stoner, hoje com 34 anos de idade.
“Não tenho feito várias coisas das quais gosto ultimamente, tem sido um pouco frustrante. Não uso arco e flecha há dez meses ou mais. Basicamente, com a fadiga crônica eu não sou capaz de me manter em forma e saudável", contou o bicampeão da MotoGP, que revelou ainda que tem feito tratamento, mas que está longe de se livrar do problema.
“Nos últimos meses eu tenho melhorado com uma medicação nova, mas ainda estou longe de poder treinar e praticar atividades normalmente. A primeira vez que subi em uma moto desde janeiro do ano passado foi há algumas semanas, quando estive nos Estados Unidos em um evento comemorando meu aniversário. Pilotei junto com outros rapazes e nem forçamos o ritmo, mas foi o suficiente para consumir minhas energias", completou.