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Motovelocidade

Moto 1000 GP: Matthieu Lussiana vence em Curitiba

04 de May de 2015

O francês Matthieu Lussiana conquistou no último domingo (3/05), no Autódromo Internacional de Curitiba, no Paraná, sua sexta vitória na GP 1000, a principal categoria do Moto 1000 GP. Detentor do título de 2014, o piloto da equipe BMW Motorrad Petronas Racing se deu melhor no duelo com o português Miguel Praia, sendo o primeiro colocado no GP Petrobras, primeira das oito etapas do calendário do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade.

Praia, piloto da Honda da Center Moto Racing Team, terminou a corrida em segundo. O pódio teve também o argentino Sebastian Porto, companheiro de equipe de Lussiana, em terceiro. Esta foi a segunda vez que a GP 1000 teve pilotos de cinco países nas cinco primeiras posições – o brasileiro Wesley Gutierrez, da Motonil Motors-PDV Brasil, e o italiano Sebastiano Zerbo, da Target Race Superbike Team, ambos de Kawasaki, foram quarto e quinto colocados.

Dada a largada, Praia tomou a primeira posição do pole argentino Diego Pierluigi, que caiu para o oitavo lugar com a Kawasaki da JC Racing Team. O português manteve-se à frente até a sétima volta, quando foi ultrapassado por Lussiana. Praia chegou a retomar a liderança na penúltima das 18 voltas, mas foi novamente superado pelo campeão brasileiro do ano passado na reta dos boxes, na abertura da última volta do GP Petrobras.

Lussiana reconheceu a forte pressão que sofreu de Praia. “Ele veio todo o tempo muito perto, e eu não sabia onde estava mais rápido, mas sabia que o risco de perder a liderança era real, principalmente na última volta”, considerou o piloto da BMW Motorrad Petronas Racing. “Preferi deixar que ele passasse na penúltima volta para poder analisar onde ele era mais rápido que eu, porque sabia que tinha a chance de recuperar a posição na última volta”.

Foi justamente na pista de Curitiba que Lussiana conquistou, em 2012, sua primeira vitória no Moto 1000 GP – foi a corrida que marcou sua estreia na competição. Em 2014, na campanha que lhe rendeu o título do Brasileiro de Motovelocidade, ele conquistou quatro primeiros lugares. Neste domingo ele correu resistindo às dores decorrentes da fratura que sofreu em uma costela oito dias antes, na Holanda, durante o Mundial de Superstock.

Praia ressaltou o desenvolvimento da Honda. “Hoje eu tinha um melhor conjunto. O motor não era tão eficiente quanto o do Matthieu, mas a ciclística da minha moto era melhor, resultado de um trabalho de duas temporadas. Só que ele se defendeu muito bem e eu não consegui aproveitar como queria. Tentei induzi-lo ao erro, mas ele foi preciso”, resumiu. “O bom é sentir que agora tenho equipamento para disputar realmente a vitória”.

A segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade será disputada na pista de Cascavel, também no Paraná, no dia 31 de maio.

GP PETROBRAS – GP 1000 – CURITIBA
(Resultado final da primeira etapa após 18 voltas)
1º) Matthieu Lussiana (FRA/BMW Motorrad Petronas Racing), BMW, GP 1000, 24min42s956
2º) Miguel Praia (POR/Center Moto Racing Team), Honda, GP 1000, a 0s100
3º) Sebastian Porto (ARG/BMW Motorrad Petronas Racing), BMW, GP 1000, a 0s559
4º) Wesley Gutierrez (PR/Motonil Motors-PDV Brasil), Kawasaki, GP 1000, a 2s545
5º) Sebastiano Zerbo (ITA/Target Race Superbike Team), Kawasaki, GP 1000, a 3s270
6º) Danilo Lewis (SP/Tecfil Racing Team), Kawasaki, GP 1000, a 8s574
7º) Marco Solorza (ARG/Solorza Competición), Kawasaki, GP 1000, a 25s379
8º) Martin Solorza (ARG/Solorza Competición), Kawasaki, GP 1000, a 25s429
9º) Diego Pretel (SP/DRT), Ducati, GP 1000 Evo, a 27s724
10º) Diego Pierluigi (ARG/JC Racing Team), Kawasaki, GP 1000, a 32s121
11º) Victor Moura (PR/M2B Racing), BMW, GP 1000 Evo, a 49s684
12º) Ian Testa (DF/Don Racing Team), Ducati, GP 1000 Evo, a 50s296
13º) Luís Fittipaldi (DF/JC Racing Team), Kawasaki, GP 1000 Evo, a 1min10s708
14º) André Paiato (SP/Motonil Motors-PDV Brasil), BMW GP 1000 Evo, a 1 volta
15º) Marcos Salles (PR/MS Racing Team), Honda, GP 1000 Evo, a 1 volta
16º) Nick Iatauro (SP/Team Suzuki PRT), Suzuki, GP 1000 Evo, a 2 voltas
NÃO COMPLETARAM
Philippe Thiriet (MG/Motonil Motors-PDV Brasil), Kawasaki, GP 1000, a 15 voltas
Luciano Ribodino (ARG/Team Suzuki PRT), Suzuki, GP 1000, a 16 voltas
Melhor volta: Lussiana, na 3ª, 1min21s132, média de 163,955 km/h 

GP 600 - Eric Granado estreou com vitória na categoria GP 600 do Moto 1000 GP. O piloto paulista de 18 anos, que nesta temporada concilia o Campeonato Brasileiro de Motovelocidade com a atuação no Europeu de Moto 2, confirmou seu favoritismo e conquistou a primeira posição no GP Petrobras. A primeira das oito corridas do calendário nacional aconteceu no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais (PR).

Depois de liderar todas as sessões de treinos livres da etapa, Granado estabeleceu recorde da pista para treinos e conquistou a pole position. Dada a largada, foi ultrapassado por Juan Solorza, vencedor da etapa em 2014, que largou em segundo com a Yamaha da Solorza Competición. Seu revide sobre o argentino aconteceu na segunda volta – no mesmo momento, o paranaense Joelsu “Mitiko” Silva assumiu a segunda posição.

Granado, inscrito pela GST Honda Mobil Super Moto, começou a abrir vantagem a volta a volta. Mitiko, piloto da Kawasaki da Paulinho Superbikes, defendia-se da pressão que recebia de Solorza. O argentino reassumiu a vice-liderança da corrida na abertura da penúltima volta, para mantê-la até o fim da corrida. Após as 16 voltas, Granado contabilizava vantagem de 15 segundos. Ele definiu a corrida como “bem complicada”.

“A gente ainda tem que acertar alguns detalhes”, falou o vencedor. “Eu não me senti confortável com os pneus novos, a moto tinha uma vibração ruim na frente. Nas últimas voltas eu tinha uma vantagem e precisei tomar cuidado para controlar a distância”, narrou. “O Moto 1000 GP tem um nível que está crescendo cada vez mais”, observou o paulista, que marcou todos os pontos possíveis – os da vitória, o da pole e o da volta mais rápida da corrida.

Solorza também manifestou ter enfrentado uma corrida de dificuldades. “Eu tinha pouca aderência no pneu traseiro, isso não me permitiu manter um ritmo homogêneo durante toda a corrida”, comentou o argentino. “Larguei bem e consegui a liderança na primeira volta. Depois o Granado me passou e perdi também o segundo lugar, aí tive de manter o ritmo e a concentração para me recuperar e conseguir esse segundo lugar”, continuou.

Silva, terceiro colocado, destacou o alto nível que Granado impôs ao GP Petrobras. “O Eric teve um ritmo muito forte. No nós começo até conseguimos acompanhar. Depois a briga era para segurar o segundo lugar, mas o Solorza tinha um ritmo mais rápido”, reconheceu. “De qualquer forma, começar o ano no pódio é muito bom”.

GP Light - Largando da pole position e liderando de ponta a ponta, Rafael Nunes comemorou em Curitiba sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro de Motovelocidade da categoria GP Light. O piloto curitibano dominou o GP Petrobras em sua primeira participação pelo Team Suzuki PRT e abriu como líder a disputa pelo título nacional de 2015 do Moto 1000 GP. Foi a primeira vitória da Suzuki na GP Light.

Em nova mostra do equilíbrio técnico proporcionado pelo regulamento do Moto 1000 GP, o pódio da categoria GP Light em Curitiba acolheu pilotos de três marcas de motocicletas. A segunda posição foi do catarinense Jean Vieira, com a Kawasaki da curitibana MS Racing Team. O paulista Ricardo Levy, com a Ducati da DRT, repetiu seu melhor resultado na categoria – o terceiro lugar que havia conquistado na segunda etapa de 2014.

“Foi muito bom. A gente conseguiu largar bem, manteve um bom ritmo de corrida e deu para chegar no fim em primeiro. Esse foi um início de parceria fantástico com a equipe do Pitico”, definiu Nunes, citando o chefe de equipe José Carlos de Moraes, que foi ao pódio do GP Petrobras para receber o troféu destinado à equipe vencedora da equipe. “Ganhar uma corrida em casa, com a torcida aplaudindo na arquibancada, não tem preço”.

Vieira, segundo na prova, também havia ocupado o segundo lugar no grid. Ele teve de empreender uma corrida de recuperação. “Tive um problema na segunda volta e perdi ritmo para evitar uma queda. Nisso, caí para o quinto lugar”, citou. “No fim consegui atingir o objetivo, que era pelo menos recuperar a posição de largada. Minha briga com o Levy foi emocionante, a ponto de nós dois chegarmos a errar no mesmo momento”, destacou.

Para Levy, a etapa foi de superação. “Tivemos um começo bem difícil, como é difícil o começo para todo mundo. Nós chegamos com as motos muito cruas para o campeonato e conseguimos um superavanço. A equipe trabalhou sem parar desde quinta-feira, esses meninos fizeram acontecer”, agradeceu, citando os integrantes da DRT. “O nosso objetivo era o pódio e acabou dando certo logo na primeira etapa. Estou feliz para caramba”.

GPR 250 - Uma corrida com mais de 20 trocas de posição na liderança e em que os sete primeiros colocados ocuparam a primeira posição em algum momento. A primeira etapa do Moto 1000 GP em 2015 manteve a principal característica da categoria de formação de pilotos GPR 250. O GP Petrobras, disputado no Autódromo Internacional de Curitiba, marcou a primeira vitória de Ton Kawakami no Campeonato Brasileiro de Motovelocidade.

Mais rápido nos treinos livres e classificatórios, Kawakami completou na liderança sete das 12 voltas que compuseram a etapa curitibana. Inscrito pela Playstation-PRT, ele dividiu o pódio com o gaúcho Giovandro Tonini, da Santin Racing, e com seu irmão caçula e companheiro de equipe Meikon Kawakami, atual campeão brasileiro – que foi declarado segundo colocado poucas horas depois, diante da desclassificação de Tonini pelos comissários técnicos.

“Meu ritmo estava muito bom na última volta”, destacou o vencedor. “Eu olhei para trás e vi que estava um pouco distanciado. Confiei em mim, acelerei e consegui essa primeira vitória”. Meikon Kawakami lutou pela vitória até o fim – ele terminou o GP Petrobras a um décimo de segundo de Ton. “Infelizmente não consegui, mas fico feliz pelo meu irmão e por estarmos nós dois no pódio”, declarou, ainda antes da divulgação do resultado final.

Tonini, que cruzou a linha de chegada na segundo posição, chegou a participar da premiação no pódio. Contudo, perdeu os pontos e o resultado por conta da análise feita pelos comissários técnicos, que apontou irregularidades no combustível de sua moto. O paulista Rafael Traldi, da Motonil Motors-PDV Brasil, que terminou a corrida em quarto, herdou seu terceiro lugar.

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