Motovelocidade
Motovelocidade
O ano de 2019 na prova de subida de montanha de Pikes Peak ficou marcado pela trágica morte de Carlin Dunne. O norte-americano, que defendia o título conquistado no ano anterior, estava a poucos metros de estabelecer um novo recorde para as motos no percurso quando sofreu o acidente fatal.
Como consequência da morte de Dunne, a organização decidiu que as motos não fariam parte da edição 2020 da prova. Ao anunciar a decisão, os organizadores disseram que decidiriam até o final deste ano qual será o futuro das duas rodas em Pikes Peak.
"Precisamos analisar todos os aspectos da prova, o que inclui as motos, para determinar se mudaremos algo ou não no evento (nos próximos anos)", disse Tom Osborne, chefe da organização da prova, na ocasião do anúncio do cancelamento.
Enquanto uma resposta oficial não é divulgada, há quem defenda o retorno das motos a Pikes Peak. E essa pessoa é ninguém menos do que a mãe de Carlin Dunne, Romie Gallardo.
Em entrevista para a revista Sports Illustrated, Gallardo diz que as motos deveriam ser autorizadas a competir em Pikes Peak novamente, mas com uma mudança importante: restrição de cilindrada.
“Acredito que a primeira e maior mudança que poderia ser implementada - e provavelmente a mais fácil - seria limitar a cilindrada das motos", disse Gallardo, que também descartou a ideia de que barreiras de proteção, já consideradas em Pikes Peak, teriam salvado a vida do filho.
“Não havia nada que eles pudessem ter colocado para evitar a saída dele da pista. Se tivessem instalado barreiras, muretas ou algo do tipo, ele teria se chocado contra a proteção", completou a mãe de Carlin Dunne.