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Motovelocidade

Injeção de ânimo na MV brasileira

09 de June de 2010

Lucas Rizzollo

O Autódromo Internacional Nelson Piquet, no Rio de Janeiro (RJ) recebeu em 30 de maio a primeira etapa do Racing Festival. Organizada pela RM Events e apadrinhada pelo piloto brasileiro de F1 Felipe Massa (Scuderia Ferrari), a competição foi disputada em três categorias: Fórmula Future Fiat, Trofeo Linea Fiat e a 600 Hornet, com motos Honda CB 600F Hornet – modelo que recebeu pequenas alterações e produz 102 cv de potência máxima.

Na etapa carioca, as motos deram um show à parte. Com nomes consagrados da motovelocidade nacional, as duas baterias protagonizaram disputas eletrizantes em busca das primeiras colocações. Segundo Carlinhos Romagnolli, organizador de evento, os pilotos 22 foram selecionados ‘a dedo’ para este novo campeonato. “Usamos como critério de escolha o currículo dos motociclistas e a ordem de inscrições”. Romagnolli também afirmou que todas as etapas terão pilotos convidados. Na cidade maravilhosa, a privilegiado foi Adilson Cajuru, piloto veterano que tem em seu currículo vários títulos brasileiros de motovelocidade.

A moto

A nova categoria 600 Hornet tem regras rígidas para garantir o equilíbrio do campeonato. Segundo Wilson Yasuda, gerente de competições da Honda do Brasil, as motos Honda CB 600F Hornet receberam apenas escapamento esportivo e alguns acessórios necessários para a competição. ”A diferença será tirada no braço, ou melhor, no desempenho de cada piloto”, afirmou Yasuda.

Até mesmo os pneus Pirelli Diablo Corsa III disponibilizados para a competição são controlados. Só são permitidos dois jogos de pneus para todo o final de semana (duas baterias e os treinos) com isso a estratégia correta também é fundamental. Olhando a moto de perto, as maiores diferenças estão na adoção do escape esportivo, do spoiler central e dos faróis cobertos. Além disso, a moto conta com pedaleiras mais recuadas e guidão mais baixo.

Os bastidores

Antes das baterias cada equipe buscava o melhor acerto da moto para o traçado carioca. No box do piloto Gian Calabrese o comentário era que uma pequena mudança fazia uma grande diferença, já que as motos estavam rodando praticamente juntas em Jacarepaguá. José Luiz Teixeira, o popular “Cachorrão”, não se entendia com sua Hornet: “Estou acostumado a pilotar as superbikes de 1000 cc. Agora estou vivendo um processo de adaptação. Será um novo aprendizado”. A opinião também foi compartilhada pelo piloto piracicabano Diego Pretel.

Já o piloto Rafael Paschoalin gostaria que regulamento oferecesse mais liberdade na preparação da moto: “O ideal seria podermos usar um controlador de injeção (Power Commander) para conseguir liberar ainda mais potência da moto”, explica Paschoalin.
No box do Team Scud, o hepta-campeão brasileiro de motovelocidade Gilson Scudeler trocou o guidão pelo comando da equipe: “Estou muito animado com a nova categoria e tenho muita confiança nos meus pilotos”.

A prova

Na primeira bateria parecia que a briga ficaria restrita a Fábio Peasson e Pierre Chofard, que largaram em primeiro e segundo, respectivamente. Porém já na largada o terceiro colocado nos treinos, Maico Teixeira, ultrapassou ambos e em uma corrida impecável venceu a primeira etapa. O que mais impressionou o público era o pelotão principal com dez motos fechando voltas praticamente no mesmo segundo.

Na segunda bateria, Maico Teixeira confirmou sua boa fase. Porém a briga foi mais disputa tendo três pilotos alternando a liderança a cada volta - Cidalgo Chinasso, Maico Teixeira e Fábio Peasson. Pierre Chofard, que também estava na briga, caiu e não completou a prova. Com dupla vitória, Maico Teixeira somou 40 pontos e lidera o campeonato. A próxima etapa será realizada em Londrina (PR) entre 23 e 25 de julho.

Classificação Geral:
1) Maico Teixeira, 40 pontos
2) Fábio Peasson, 32
3) Cidalgo Chinasso, 26
4) Diego Faustino, 24
5) Danilo Lewis, 23

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