Motovelocidade
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O atual campeão Mundial das 250cc, Hiroshi Aoyama, impressionou a recém formada equipe Interwetten Honda MotoGP com seu ritmo no segundo dia de testes para os novatos em Sepang, onde Marco Simoncelli também participou.
Após marcar 2min4s38 – sem a adição dos eletrônicos – no primeiro dia, Aoyama fez uma melhora significante no segundo dia e marcou 2min3s25. Já Simoncelli fez 2min3s70, enquanto que o recorde oficial da pista é de 2min2s18 em 2008 (a prova de 2009 ocorreu na chuva).
“Ainda estamos usando a ex-moto de Gabor Talmacsi” disse o chefe de equipe de Aoyama Daniel Epp. “Fizemos 60 voltas no dia um e um pouco menos que 40 no segundo dia por conta da chuva na parte da tarde”.
“O tempo da volta foi bom, apenas um segundo do recorde da pista”, continuou. “Hiro está aprendendo rápido. Trabalhamos com controle de tração e freio motor, que é a grande diferença entre a MotoGP e as outras categorias”.
Assim como em seu primeiro teste em Valencia, o uso de eletrônicos por Aoyama está sendo cuidadosamente moderado pelo chefe de equipe Tom Jojic, para que o piloto não crie uma falsa impressão da motocicleta.
No entanto, com a utilização apropriada dos eletrônicos que são vitais para o sucesso na MotoGP, Aoyama sabe que ele deve aprender a explorar o que atualmente parece ser uma “sensação estranha”.
“No primeiro dia nós não colocamos nenhum controle eletrônico. No segundo dia, nós começamos a introduzir esses controles”, afirmou Aoyama.
“Me senti estranho, porque gosto de controlar a moto eu mesmo, mas a máquinas faz isso por mim. Você pode escolher onde e quais partes ela controla, em que ângulo, etc. É um pouco complicado para eu utilizar o pacote inteiro de eletrônicos dessa moto. Preciso ir passo a passo, estudar e então ir mais rápido”.
Aoyama, que correrá com o número 7, acredita que alguns dos processos de aprendizagem da MotoGP podem ser dominados apenas com experiência nas pistas, mas outros aspectos exigem uma reflexão cuidadosa.
“Acredito que a adaptação à aceleração e peso da motocicleta da MotoGP é só uma questão de tempo, mas terei que entender coisas como pneus, freios e eletrônicos por mim mesmo. Pilotar sozinho não será suficiente”, disse ele.
Assim como todos os ex-pilotos da 250cc, Aoyama também tem que adaptar seu estilo de pilotagem e se concentrar nas saídas de curva.