Motovelocidade
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Gilson Scudeler anunciou nessa segunda-feira sua saída do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade. O piloto e chefe da equipe Team Scud aponta desorganização e falta de estrutura.
Por mais de oito anos o piloto vem lutando pela evolução da categoria no cenário mundial. A decisão de não mais participar do campeonato foi tomada após a avaliação dos fatores envolvendo os caminhos seguidos pela Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM).
Mesmo assim, piloto e equipe participaram da etapa no Rio para avaliar as reais condições do evento. O que foi observado reforçou as convicções do heptacampeão. “Falta estrutura na organização para manter o padrão de 2008, que era o que tínhamos como base. Não havia sequer informações sobre a própria etapa na secretaria de prova. Foi o pior evento de motovelocidade do qual participei no Brasil”, afirma o piloto.
A saída da Honda, principal patrocinadora, e as condições apresentadas na etapa de abertura da temporada 2009, realizada nos dias 30 e 31 de maio no autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, foram decisivas para a saída da equipe do campeonato.
De acordo com o piloto, a estrutura do serviço de atendimento médico e resgate no autódromo de Jacarepaguá não era condizente à um esporte de risco como a motovelocidade. “O fato é que não havia serviço capacitado para socorro em caso de acidentes de grande proporção, num esporte de risco como é o motociclismo. O resgate demorou mais que três minutos para chegar até um piloto acidentado. Se houvesse a necessidade de uma intervenção rápida, ele poderia ter sofrido danos irreparáveis à sua saúde, e até a morte”, avaliou.
A primeira etapa do campeonato foi sua última aparição, onde conseguiu a pole position e a vitória em Jacarepaguá. A segunda do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade acontecerá neste final de semana, no autódromo Nelson Piquet, em Brasília.