Antes mesmo do previsto, a FIM (Federação Internacional de Motociclismo) confirmou a viabilidade do projeto de adequação do traçado de Interlagos para que a pista paulista possa sediar uma etapa do Mundial de Motovelocidade em 2008.
A aprovação foi anunciada pelo belga Claude Danis, que há pouco mais de uma semana veio ao Brasil para fazer uma vistoria no autódromo José Carlos Pace e receber a proposta de alterações desenvolvida pela CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo).
No total, serão feitas cinco modificações: construção de uma variante do “S” do Senna, da Curva do Lago e do Bico de Pato, adequação da subida da reta dos boxes para as motocicletas e o aumento da área de escape em cada uma essas áreas mencionadas. Neste novo cenário, a prova será disputada em sentido horário, ao contrário do que costuma acontecer em Interlagos.
Logo após saber do aval, a entidade brasileira encaminhou o projeto à Prefeitura de São Paulo, proprietária do circuito, que deve oficializar a intenção de realizar as obras junto a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo). Esta, por sua vez, encaminhará as recomendações à FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
Fechando o ciclo, o diretor de corridas da Fórmula 1, Charles Whiting, deverá se reunir com o inspetor da FIM, Claude Danis, para deixar a categoria máxima do automobilismo ciente dos planos. Apesar da pista da F-1 não sofrer alterações, é possível que adote o mesmo traçado das motos, por ser mais seguro.
Este tipo de acordo é muito comum entre as duas entidades. Os casos mais recentes ocorreram em 2006, nos autódromos de Montmeló, na Espanha, e Misano, na Itália. Outro exemplo disso está sendo observado no circuito de Indianápolis, nos EUA, que também poderá receber uma etapa do MotoGP no próximo ano.
A última vez que o certame “top” do motociclismo correu em solo brasileiro foi em 2004, no autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Já Interlagos não sedia uma prova da categoria desde 1992.