Uma viagem perfeita requer planejamento
Confira dicas para que sua tão sonhada viagem de férias não se transforme em um pesadelo.
Por André Jordão
Por André Jordão
Aldo Tizzani
Clima quente e com pancadas de chuva. Estas serão as principais características do verão 2011. Segundo a Climatempo, empresa especializada em previsões climáticas, muitas vezes a chuva acontecerá de forma concentrada e contínua, principalmente na região Norte do país. Se você está programado uma viagem de moto para o período de férias, fique ligado nas “chuvas de verão”, não esqueça da capa e siga outras nossas recomendações para rodar com mais segurança. Previsões meteorológicas à parte, confira dicas para quem quer fazer uma viagem perfeita. Para isso, existem duas palavras-chave: planejamento e revisão.
O primeiro passo é definir o destino e as rotas que levarão o motociclista até o tão sonhado paraíso. Para muitos mototuristas, uma estrada em excelentes condições de rodagem já é, por si só, um grande atrativo. Além das condições da rodovia, verifique pontos para abastecimento, praças de pedágio e áreas descaso. Nesta pesquisa, a principal ferramenta será a internet. Consulte os sites do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) - www.dnit.gov.br -, e o da Confederação Nacional do Transporte (CNT) - www.cnt.org.br . Acesse também Google Maps, MapLink, Apontador,www.estradas.com.br etc.
Com todo o levantamento da rota já realizado, reserva do hotel confirmada, agora só faltam mais alguns detalhes. O principal deles é cuidar de sua moto. Para rodar com total segurança, a motocicleta deve estar revisada e com os pneus calibrados e em ótimo estado de conservação. Por isso, leve sua moto há uma concessionária ou uma oficina de confiança e peça para o mecânico verificar o nível de óleo, lubrificar a corrente, verificar lâmpadas e cabos de acionamento, além do estado das velas.
No caso de imprevistos, como um pneu furado, leve sempre um kit de ferramentas e reparador de pneus. Calcule sempre a distância a ser percorrida e a autonomia da moto. Não espere chegar na reserva para abastecer. Além disso, respeite os limites de velocidade e os limites físicos do garupa. Para maior segurança, a acomode a bagagem em bauletos e alforjes, distribuindo o peso das bagagens em locais adequados. Apesar de práticas, as famosas mochilas podem causar cansaço do garupa.
Se sua moto não tem bauleto, “amarre” a bagagem no bagageiro ou até mesmo no banco do garupa com cordas elásticas, a popular “aranha”. O grande segredo de se viajar de moto é levar o máximo de objetos em mínimo espaço. Para finalizar, verifique no manual de sua moto o peso máximo que pode ser transportado e, lembre-se de calibrar o pneu de acordo com as especificações do fabricante.
Equipamentos de segurança
Agora falta pouco para uma viagem perfeita. Depois da rota e destino definidos, moto revisada, bagagem devidamente acomodada, é hora de pensar em equipamentos de segurança. Na estrada nada de capacete aberto. No máximo um modelo articulado. O modelo deve ser aprovado junto ao Inmetro e ter adesivos refletido. Detalhe: viseiras escuras são proibidas durante a pilotagem noturna. Em movimento, a moto deve sempre rodar com o farol aceso. Nas mãos luvas de couro ou com proteções em kevlar. Muitos motociclistas parecem ignorar a importância das luvas. Instintivamente – já queremos amortecer a queda - é a primeira parte de nosso corpo que atrita com o solo.
Apesar do clima tropical, use botas, jaquetas e calças com proteções (braços, cotovelos, ombros, costas e joelhos). Há no mercado várias jaquetas “ventiladas”, mais leves para serem usadas nos verão. Mas também contam com múltiplas proteções. Para os usuários de motos superesportivas, não hesite em usar o bom e velho macacão de couro. Lembre-se, na moto não há carroçaria ou parachoque. O motociclista está sempre exposto. Por isso, a adoção de equipamentos de segurança é vital. Tanto quanto ter o prazer de pilotar uma moto na estrada.
Viaje sempre durante o dia. Você estará mais disposto e antenado em tudo que ocorre à sua volta. Faça refeições leves e pare a cada 150 quilômetros para esticar o esqueleto e tomar um café. Respeite o limite de velocidade e se faça ser visto pelos outros veículos. Muitos deles têm vários “pontos cegos”. Na estrada a moto deve ocupar o espaço de um carro. Por isso, evite o corredor e nunca pare ou rode pelo acostamento.
Se a chuva te pegar no meio do caminho, rode até o posto mais próximo. Muitas vezes, a viagem solitária chegar a ser entediante. O melhor é reuniu mais dois motociclistas (com garupa, de preferência) e curtir a viagem com os mesmos objetivos e sem estresse. Rodar no meio de grandes grupos de motos requer experiência e atenção redobrada. Depois de todas estas dicas, só nos resta dizer “boa viagem”!
Fotos: Gustavo Epifanio
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