Motos usadas: dicas para comprar uma Fazer 250
Naked de 250cc da Yamaha, lançada em 2005, oferece conforto, baixo custo de manutenção e economia de combustível com exemplares pouco rodados
Por Alexandre Ciszewski
Por Alexandre Ciszewski
A Yamaha YS 250 Fazer fez história no Brasil por ser a primeira moto de baixa capacidade cúbica a usar injeção eletrônica de combustível – um item, até então, disponível apenas em motos de alto preço e desempenho. Lançada em setembro de 2005, a Fazer tinha como grandes atrativos seu tanque com quase 20 litros, baixo consumo de combustível e conforto.
Até o lançamento da nova geração, batizada de “Fazer 250 ABS” e mostrada no Salão Duas Rodas 2017, foram vendidas mais de 275 mil unidades da antiga Fazer 250. Nesses 12 anos, a Fazer manteve o mesmo quadro e motor, mas teve diversas versões e mudou visualmente.
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Com boa procura no mercado, a 250cc da Yamaha tem excelente liquidez, ou seja, é vendida rapidamente. Os valores começam em R$ 5.500, para ano/modelo 2005, e vão até R$ 13.500 pela última geração da Fazer 250, fabricada em 2017.
Seu motor de um cilindro, 249,5 cm³, duas válvulas, com arrefecimento a ar e radiador de óleo é um dos destaques por sua confiabilidade e bom rendimento. De funcionamento suave, o motor nasceu com 21,5 cv de potência máxima a 8.000 rpm, além de bons 2,1 kgf.m de torque a 6.500 giros para carregar seus 137 kg. Com a Fazer é possível fazer acelerações vigorosas, ter segurança nas ultrapassagens e manter velocidade de cruzeiro de 120 km/h com facilidade.
Além do bom desempenho, o baixo consumo do motor sempre foi uma marca registrada. Pode-se chegar com facilidade aos 30 km/litro. Como seu tanque tinha capacidade para 19,2 litros, era possível rodar mais de 500 km sem abastecer. O fato do modelo ter câmbio de apenas cinco velocidades exige menos trocas de marcha para o piloto.
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Mudanças ao longo dos anos
Apresentada em 2005, mas já como modelo 2006, a Fazer 250 teve algumas mudanças significativas ao longo dos anos. A primeira delas aconteceu em 2011.
Nesta “segunda geração” do modelo, o comportado farol redondo de 2005 deu lugar a um conjunto óptico triangular e facetado; o tanque recebeu novas aletas e a alça da garupa mudou junto com rabeta e lanterna. O painel, totalmente renovado, trazia velocímetro digital e conta-giros analógico. Uma pintura mais jovem combinava com as novas rodas e, finalmente, a Yamaha adotava o freio a disco na traseira da Fazer 250.
Em 2012, estreou o motor bicombustível, chamado de BlueFlex pela Yamaha, permitindo que se usasse gasolina e etanol em qualquer proporção. O modelo recebeu pré-filtro de combustível no interior do tanque, válvulas com palhetas, filtro externo de combustível e nova vela de ignição. Ganhou também um novo mapeamento da ECU (Unidade de Controle do Motor) para dosar com precisão a quantidade exata de combustível de acordo com a necessidade da moto. O que, teoricamente, deixou a Fazer ainda mais econômica.
Para 2016, a versão a gasolina saiu de linha. Ficou apenas a Fazer 250 BlueFlex, que passou por um face-lift. As aletas do tanque mudaram e o painel tornou-se totalmente digital. O tanque adotou tampa com padrão aeronáutico, mas teve sua capacidade reduzida de 19,2 litros para 18,4 litros.
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Cuidados ao comprar
Conversamos com Alexandro Sauro, 44 anos, que, há quase trinta, trabalha como mecânico de motocicletas, inclusive com passagens por concessionárias da marca. Segundo Sauro, a Fazer não tem “defeitos crônicos”. Um problema recorrente nas primeiras versões – até 2011 – era o pino de fixação da biela ao virabrequim. Caso o cliente reclamasse do ruído excessivo em função do problema, a peça era substituída pela concessionária.
Alexandro, porém, recomenda que o comprador se atenha ao histórico de manutenção e as peças usadas na reposição. “Pneus, pastilhas e relação de baixa qualidade mostram que o proprietário não era tão zeloso com a moto”, afirma o profissional. Ele também lembra da importância de verificar se a moto passou pelas campanhas de recall convocadas pela fábrica (veja as informações abaixo).
Com preços entre R$ 5.500 (2005/2006) até R$ 13.500 (2017/2017) existem muitas motos disponíveis, por isso vale fazer uma busca com calma e critério. Tomando essa atitude é possível encontrar uma Yamaha Fazer em boas condições. Não se esqueça de pedir a chave reserva e o Manual do Proprietário com as revisões carimbadas, prova de que a moto foi bem cuidada.
Lista de recalls
Em 15 anos de história, a Fazer 250 passou por apenas 3 recalls; veja:
Modelo 2016/2017 – falha nos contatos
Modelo 2006 a 2008 – Suspensão traseira. Troca de componentes da balança
Modelo 2010/2011 – Substituição dos pneus fornecidos pela Pirelli
Manutenção
Saiba quanto vai gastar para cuidar de um Fazer 250 usada. Confira os custos de algumas peças originais, cotados em concessionárias.
- Manete de freio - R$ 24,75
- Manete de embreagem – R$ 30,51
- Filtro de ar - R$ 76,71
- Filtro de óleo - R$ 45,00
- Pastilha freio dianteira – R$ 106,66
- Pastilha de freio traseira - R$ 134,91
- Disco de freio dianteiro - R$ 267,76
- Disco de freio traseiro - R$ 306,03
- Relação completa - R$ 543,94
- Cabo do acelerador (completo) - R$ 159,25
Fotos: Agência Infomoto e Divulgação
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