Motociclismo participativo
Colunista destaca a importância do coleguismo e da amizade para a prática do motociclismo de aventura e viagem
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
Oswaldo Fernandes Junior
Acredito que muitos motociclistas ficam em dúvida sobre qual o número adequado de participantes para um grupo unido e perfeito para passeios e viagens de moto, afinal, quando unimos amizade ao motociclismo, tudo fica mais gostoso. Compartilhar emoções faz parte da prática do motociclismo.
Podermos conversar sobre sensações, curiosidades e adversidades, tudo isto faz parte dos descobrimentos, das particularidades e interesses.
É maravilhoso e fascinante vermos grupos de motociclistas, com seus estilos e personalidades próprias, com motocicletas estilizadas, propondo harmonia e liberdade, viajando e convivendo em união, desta forma, o que avalio neste artigo, é que infelizmente nem sempre tudo é simples e perfeito como aparenta.
Vivemos em sociedade, e também acabamos por vezes em sofrer e permitir que este mundo de vaidades e valores, acabe por influenciar aos bons momentos sobre duas rodas. Interesses nem sempre são comuns, mesmo quando todo grupo tem finalidade de praticar o motociclismo para lazer, entretenimento e até em ações sociais.
Toda sociedade é permeável a conflitos, onde discernimento entre o material e o pessoal, o profissional e o prazer, o negócio e o lazer, paixão e a vaidade, segurança e liberdade, ser e compartilhar, fazer e poder, por vezes cria pontos de discórdias e desagregação.
Em um mundo onde muitas vezes a razão é ultrapassada pela emoção, quem somos nós para quantificar o que é certo ou errado? É difícil, talvez até injusto. Acredito que o ponto de equilíbrio e sensatez, são os valores aos direitos e deveres para a valorização da curta vida, a que nos é devida.
O grupo torna-se unido, e prevalece unido, quando cada vez mais compartilhamos de mesmos interesses, valores e prazeres, sempre respeitando uns aos outros. Praticamos motociclismo com atitude e respeito.
É fácil avaliarmos se nosso grupo está centrado aos mesmos prazeres, basta um olhar. Olharmos para nossos amigos e vermos que ao tirar o capacete, a primeira intenção de expressar o prazer do motociclismo, é um grande sorriso.
Um sorriso que expressa felicidade, alegria, emoção, que não importa a idade, o sexo, o modelo de motocicleta, nem os problemas que encaramos todo dia.
Este sorriso nos faz lembrar-nos do quanto é importante a motocicleta em nossas vidas, faz com que os domingos à tarde sejam agradecidos, e que poderemos fazer ainda mais na próxima semana.
Assim avalio que não existe um número específico para grupos de motociclistas, mas existem pessoas de mesmas afinidades e interesses, onde identidade em atitudes e valores sejam respeitados, propondo afinidade acima do bom senso ao uso destas maravilhosas e sedutoras máquinas.
Vamos curtir estes grandes momentos da vida, vamos andar de motocicleta, vamos sorrir, façamos nosso mundo, aproveitamos nossos intensos momentos e compartilhamos isto aos amigos, enfim, somos motociclistas.
Oswaldo F. Jr é consultor de pilotagem, segurança e resistência da Omno (www.omnoweb.com.br). Fez diversos cursos nacionais e internacionais. Para ele, moto e estrada é uma combinação mais que perfeita.
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