Especial: passo a passo para acrescentar a categoria 'A'

Repórter do MOTO.com.br relata experiência desde a auto-escola até a aprovação no exame prático para obter a habilitação para pilotar motos

Por Gabriel Carvalho

Ao entrar no MOTO.com.br, sabia que um dos meus primeiros desafios seria adicionar a categoria ‘A’ em minha habilitação. Na visão deste que vos escreve, não faria o menor sentido trabalhar no site que é referência quando o assunto é moto e não pilotar uma das máquinas que passam pela redação para os testes.

Afinal, como repórter, uma de minhas atribuições também é realizar testes com as motos. Posto isto, dei início ao processo de adição de categoria à minha Carteira Nacional de Habilitação. No caminho, fiz uma série de descobertas que julgo serem úteis para o leitor que, assim como eu, pretende entrar no universo das motos.

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Como adicionar a categoria ‘A’ à CNH?
O processo é mais simples do que parece: escolhi uma auto-escola e dei entrada no pedido de adição. Naquele momento, a auto-escola já agendou o pré-cadastro no DETRAN e os exames médico e psicotécnico.

Com tudo marcado para o mesmo dia – o agendamento com hora marcada no DETRAN realmente funcionou, é importante ressaltar quando as instituições atuam conforme esperado – resolvi as duas situações de uma vez.

Feito isso, era hora de partir para as aulas práticas. Não, não pulei nenhuma parte: no processo de adição de categoria não é necessário fazer a parte teórica novamente. Antes de pilotar, fiz algo que considero importante por vários motivos: adquiri um capacete.

Caso o leitor não possua um ao chegar ao local das aulas, os instrutores têm alguns para ceder aos alunos. Entretanto, nem sempre você encontrará um no tamanho ideal e as condições de higiene não são as melhores, já que as peças são utilizadas constantemente por várias pessoas. Como você precisará obrigatoriamente de um capacete para pilotar, inclua esse item em sua lista de obrigações antes das aulas práticas.

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Apesar de já ter subido em algumas motos na vida, jamais tinha assumido o controle de uma. A primeira aula prática, então, serviu para aprender o que eu nunca tinha feito. Ainda que soubesse, na teoria, o que deveria ser feito, onde ficava cada comando, a realidade é diferente.

Lá estava eu, no Parque do Ibirapuera (São Paulo), comandando uma moto pela primeira vez na vida. Sigo as ordens do instrutor com calma, mas um pouco atrapalhado. Com o motor ligado, levanto o apoio, aciono o manete de embreagem e pressiono o pedal do câmbio para baixo, engatando a primeira marcha.

Aos poucos, solto a embreagem e começo a acelerar suavemente. Nos primeiros metros, o instrutor me acompanha para ver se consigo me equilibrar sobre a moto. Apesar de algumas desequilibradas leves, rapidamente fui liberado para andar sem que ele me acompanhasse para segurar a motocicleta em caso de necessidade.

Os primeiros passos, fora do percurso da prova, eram simples. Parar e sair com a moto, aperfeiçoando a frenagem e acertando o ponto da embreagem. Além disso, o instrutor me pedia para passar por sinalizações no chão que simulavam o trecho dos cones do percurso oficial. A cada aula, sentia-me mais tranquilo sobre a moto, graças às orientações que recebia. Finalizadas as aulas obrigatórias para a adição de categoria – 15, no caso – agendei a prova.

No dia do teste, cheguei cedo e mantive a tranquilidade e a concentração, itens fundamentais. Explico: enquanto esperava a minha vez, observei outras pessoas que faziam o que eu iria fazer minutos depois. Naquele momento, testemunhei candidatos sendo reprovados por deslizes simples, mas fatais – como não abaixar a viseira ou recolher o apoio, erros que culminam em reprovação direta.

Chega, então, a minha vez. Coloco a motocicleta com a qual fiz as aulas na entrada do percurso, ainda desligada. Fora da moto, visto o capacete, fixando-o de maneira firme, e abaixo a viseira. O examinador dá a ordem para eu ligar a moto e aguardar. Recolho o apoio e, quando recebo o sinal verde para iniciar a minha prova, aciono o manete de embreagem e engato a primeira marcha.

O percurso do Ibirapuera se inicia com o ‘oito’, que avalia o equilíbrio e a capacidade do condutor em contornar curvas mantendo a aceleração constante. O piloto entra pelo lado direito, percorre uma volta completa e em seguida encara o labirinto, que consiste em curvas de 90° para a direita e para a esquerda – uma das partes mais complicadas do percurso.

Ao final do labirinto, uma leve curva à esquerda e vem a rampa, trecho simples de ser deixado para trás. Em seguida, mais uma curva para a esquerda e passo pelos sonorizadores antes da sequência de curvas em ‘U’, uma para a esquerda e outra para a direita. Na saída, o trecho dos cones. Entro pelo lado direito, mantenho a velocidade e passo sem encostar, derrubar ou perder o equilíbrio no setor.

Última curva em ‘U’ para a direita e vem o primeiro local de parada. Freio traseiro acionado suavemente, mão no manete de embreagem e pé esquerdo no chão. Como manda o figurino, visualizo completamente a sinalização de ‘PARE’ pintada no chão. Ao receber o sinal do avaliador, saio da imobilidade pela última vez, curva final – mais um ‘U’, desta vez para a esquerda.

Surge então o desafio final: a prancha. Acelero suavemente para manter a moto equilibrada, mantenho a cabeça erguida e o olhar para a frente, passando sem grandes dificuldades. Terminada a prancha, mais um ‘PARE’ no chão – o que indicava o final do percurso. Assim como no primeiro, paro a moto no local correto. Ali, recebo a orientação para deixar a pista de prova e aguardar o resultado parando a motocicleta um pouco mais à frente.

Segundos depois, um dos membros da banca avaliadora entrega o papel com o meu resultado e me orienta a seguir com a moto até o meu instrutor para que ele, então, revele se eu tinha sido aprovado ou reprovado. Não que eu estivesse pensando que teria falhado na prova, mas aqueles metros percorridos antes da certeza demoraram um pouco mais do que o leitor pode imaginar.

Quando encontro meu instrutor, recebo a notícia de maneira breve, mas com a sensação de missão cumprida nos dois lados da relação breve que existe entre professor e aluno: “É, tudo certo”, diz ele, com um leve sorriso no rosto. Do meu lado, surge um sorriso enorme e finalmente deixo a concentração de lado para celebrar a entrada no mundo das duas rodas.

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Depois de aprovado, ainda esperei aproximadamente 15 dias úteis para receber a CNH atualizada. Fiz alguns cursos para aperfeiçoar minha pilotagem - o que vai gerar matéria que você poderá conferir em breve por aqui - e passar impressões apuradas para o leitor ao fazer os testes. Afinal, nosso slogan é “nós entendemos de moto”.

Para encerrar, um recado a você que alimenta o desejo de pilotar e, seja lá por qual motivo, ainda não possui a habilitação de moto: faça. Faltam-me palavras para descrever o quão bom é pilotar uma motocicleta. Nós do MOTO.com.br estaremos sempre aqui para ajudá-lo a escolher a moto que se encaixa em seu perfil e equipamentos que garantam a sua segurança.

Pilotando com consciência e de modo seguro, a moto levará você a lugares incríveis. Venha conosco nessa jornada!

Texto: Gabriel Carvalho/MOTO.com.br


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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