Alinhamento e balanceamento: Não esqueça!
Moto em perfeitas condições, traz uma condução equilibrada e pode até economizar combustível.
Por André Jordão
Por André Jordão
Aldo Tizzani
A frota nacional de motocicleta é composta por cerca de 13 milhões de unidades. Para manter esta imensa “massa” de duas rodas rodando em perfeitas condições, as revisões preventivas são fundamentais. O motociclista deve verificar periodicamente freios, sistema de iluminação, óleo, transmissão (corrente, coroa e pinhão), suspensões e os pneus. Para aumentar a vida útil dos pneus e, consequentemente, o equilíbrio da motocicleta, o alinhamento e balanceamento das rodas devem ser feitos principalmente na hora da troca do pneu ou quando algum dano for constatado.
Aros amassados, raios frouxos, desgaste prematuro dos rolamentos do cubo da roda e até uma queda da motocicleta são fatores que causam o desalinhamento das rodas. Os reflexos destes problemas são vibrações excessivas no guidão, dificuldade de contornar curvas e desgaste prematuro e irregular dos pneus.
Segundo Fredy Tejada, engenheiro e consultor técnico da Casa Fernandes, revendedor de pneus de motos em São Paulo (SP), o motociclista brasileiro precisa criar o hábito de verificar semanalmente o estado das rodas e pneus. “Qualquer anomalia como, por exemplo, um amassado no aro ou raios com tensões diferentes ou quebrados, podem comprometer a dirigibilidade e, consequentemente, a segurança do piloto”, explica Tejada, dizendo que o alinhamento tem de ser feito por profissionais especializados e de acordo com a recomendação do fabricante.
“Este trabalho de alinhamento não precisa ser feito pontualmente, a cada três meses, por exemplo. Isso vai da sensibilidade do motociclista, que deve buscar sempre uma pilotagem mais confortável e segura. Um simples teste visual nos aros, raios e pneus podem evitar muitos problemas. Em resumo, o piloto tem que ter mais cuidado com a sua moto. E não esquecer também de calibrar o pneu semanalmente”, conta. Segundo Tejada, moto em perfeito estado oferece maior rendimento quilométrico do pneu e um menor consumo de combustível.
Balanceamento
Já o balanceamento das rodas é feito principalmente em rodas de liga leve usadas em motos acima de 600cc, que calçam em sua grande maioria pneus radiais. Hoje, há dois tipos de balanceamento para as rodas de liga leve: o estático, feito manualmente; e o dinâmico, realizado por uma máquina computadorizada, muito semelhante às utilizadas nas oficinas especializadas em carros. Porém, a operação estática é ainda a mais popular, sendo utilizada inclusive no Mundial de MotoGP. Isso em função de sua maior sensibilidade.
Para Gregory Ross, proprietário da Alemão Pneus, tradicional ponto de venda pneus e conserto de rodas da capital paulista, “o balanceamento faz o casamento perfeito entre os pneus e a roda”. Segundo o especialista, haverá um desgaste prematuro do pneu, danos ao rolamento e ao sistema de freios, além de comprometer a dirigibilidade. “Alemão”, como é mais conhecido, afirma que toda vez que um pneu é substituído, a roda deverá passar por um novo balanceamento. “O investimento é baixíssimo (a partir de R$ 30,00) se comparado com o valor de um pneu novo de primeira linha. Isso sem dizer no conforto e a segurança que uma roda balanceada irá oferecer ao piloto”, conclui.
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