Mobilidade
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Texto: Luiz Mingione
A importação e comercialização de motos elétricas da Horwin da China para o Brasil é feita desde 2021, mas este ano a empresa está realizando investimentos de R$ 100 milhões de reais para criar uma linha de montagem em regime de CKD (Completely Knock-Down) em Manaus (AM) que vai permitir que a empresa amplie suas vendas no país.
Sediada em Changzhou na China desde 2013, a Horwin Global atua apenas na área da eletromobilidade, e é gerida pela XL Holding que pertence à família chinesa Wei Zhou e à família austríaca Heinzl. Com representações na Ásia, Europa e América do Sul.
Para concretizar ainda mais a atuação da Horwin Brasil no país, foi firmado recentemente uma parceria com a maior empresa de tecnologia de nióbio do mundo, a CBMM (líder na produção e comercialização de produtos de nióbio), empresa também brasileira.
Este acordo da Horwin com a CBMM foi assinado em janeiro de 2022, (mas tornou-se público no dia 31 de março), que prevê o uso de uma bateria de nióbio em uma motocicleta elétrica no Brasil.
O objetivo da parceria é ampliar o acesso às energias renováveis, e contribuir para a expansão da eletromobilidade no Brasil, além de fabricar a primeira motocicleta elétrica que vai usar a tecnologia do nióbio em uma bateria de motocicleta produzida no país.
A Horwin é uma empresa focada somente em motocicletas elétricas, não é uma empresa tradicional de motocicletas que está migrando de segmento, por isso tem muito know hall com elétricas. Desde sua fundação, a Horwin já vendeu mais de 2 milhões de motocicletas elétricas em todo o mundo.
Com produção prevista para 2024 em larga escala no Brasil, a Horwin estima que pretende comercializar 100 mil motos elétricas apenas no mercado interno.
Rogério Marques Ribas, gerente do programa de baterias da CBMM Brasil, afirma que esta tecnologia do nióbio é pioneira em motocicletas elétricas com uma bateria de recarga ultra rápida com fins comerciais.
Segundo Marques, as conversas entre as empresas já aconteciam antes mesmo do fechamento da parceria. Para Marques, desenvolver a bateria é considerado um passo simples, e a fabricação da própria motocicleta elétrica conta com muita engenharia e tecnologia embarcada, tendo tudo para ser um sucesso de vendas dentro do segmento.
De acordo com a CEO da Horwin Brasil, Pricilla Favero, a empresa tem muito orgulho de trabalhar ao lado da CBMM no Brasil. Não se trata apenas do desenvolvimento da bateria de nióbio, mas também da aplicação desta tecnologia em uma motocicleta para fins comerciais.
Segundo Pricilla, toda a equipe da empresa está empenhada em dar vida a essa moto elétrica com menos minutos de recarga. O protótipo do projeto será apresentado no primeiro semestre deste ano, e o modelo escolhido como base foi a Horwin CR6, que tem potência de 6.200W e vai ter uma autonomia de 150 km.
“Vai ser uma motocicleta com design arrojado de alta performance, e é bem provável que ela tenha bons números no seu desempenho, além da bateria que vai usar a tecnologia do nióbio brasileiro que poderá ser recarregada em apenas 10 minutos”. declarou Rogério Ribas da CBMM.