Yamaha Lander 250

Rodamos na cidade, na estrada e na terra para conferir o desempenho do modelo de uso misto.

Por Leandro Alvares

Aldo Tizzani

Desenvolvida no Brasil, a XTZ 250 Lander pode ser definida como uma moto polivalente. Seja no trânsito urbano, em viagens de fim-de-semana ou em deslocamentos por estradas de terra, a on/off-road da Yamaha é como a famosa palha de aço, oferece “mil e uma utilidades”.

O modelo é fácil de pilotar e seu motor está equipado com injeção eletrônica de combustível. Para realçar suas múltiplas utilizações, a moto traz freio a disco na roda traseira e painel digital.

Para conferir todas suas qualidades num teste de longa duração, a Lander 250 rodou 490 quilômetros numa viagem até o sul de Minas Gerais. Além disso, percorremos centenas de quilômetros pela cidade de São Paulo. Confira agora as impressões de pilotagem da XTZ 250 Lander em três situações distintas de uso.

Na cidade

Agilidade é a marca-registrada desta máquina. No trânsito carregado dos grandes centros, pilotar este modelo é pura “adrenalina”. O motor — monocilíndrico de 249 cm³, duas válvulas, comando simples no cabeçote (SOHC) e com refrigeração mista (ar/óleo) — responde com bastante desenvoltura quando é feita uma redução de marcha ou no caso de uma ultrapassagem.

Outro ponto de destaque é o fato de ter bastante força nas retomadas, já que o torque máximo é de 2,1 kgf.m a 6.500 rpm. Em função de seu porte e altura, a  moto passa facilmente nos corredores formados pelos carros. Os espelhos retrovisores estão bem posicionados e raramente “esbarram” nos outros veículos.

Mas é preciso cuidado com os retrovisores de picapes e micro-ônibus.  Os buracos também não são um problema para a Lander. O conjunto de suspensões de longo curso absorve bem as irregularidades do piso.

Na estrada

Não é o seu habitat natural, porém, a Lander se deu muito bem na rodovia. Uma moto fácil de pilotar, que oferece boa dirigibilidade. Apesar da injeção eletrônica, a moto tem o consumo alto, principalmente quando se roda com o acelerador bem aberto.

O consumo variou entre 21 km/l, quando se “enrolava o cabo”, e 26 Km/l, viajando a 110 Km/h. A velocidade máxima atingida foi de 139 Km/h. O resultado no consumo não foi melhor porque temos que considerar bagagem e o lastro, ou seja, o peso do piloto, além do tipo de tocada.

Para acompanhar o consumo fique de olho no “fuel trip” — traduzindo: hodômetro de combustível. Quando a gasolina chega à reserva de 4,3 litros (ao todo cabem 11 litros no tanque), acende a luz indicadora no painel. E a partir daí  o “fuel trip” começa a marcar quantos quilômetros já foram rodados nesta condição.

Nos tapetes das rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, o bom rendimento foi o destaque do modelo on/off-road da Yamaha. Só para se ter uma idéia, a 120 Km/h, a rotação do motor chega a 7500 rpm. O motor trabalha “cheio”, despejando potência máxima (21 cv).

Se o motociclista quiser uma postura mais “racing” é só apoiar os pés nas pedaleiras traseiras. Porém, acima de 125 Km/h, a frente da Lander fica bastante leve. Por isso, cuidado e respeito ao limite de velocidade das rodovias.

Na terra

Rodando pelas estradas de terra, a Lander é pura diversão. No chão batido, na areia ou em trechos com pedras, o modelo se sai muito bem. Há uma boa sinergia entre motor, ciclística e design.

No melhor estilo “cross”, a Lander impressiona por sua facilidade de condução. Para uma melhor performance na terra, o motociclista deve baixar um pouco a pressão dos pneus de uso misto (Metzeler Enduro 3). Assim, a moto terá mais aderência e, conseqüentemente, mais tração. No trecho de subidas íngremes, o motor não deixa a desejar, esbanja força e tem muito fôlego para encarar os desafios.

O freio a disco na roda traseira é um importante aliado na correção de rota. Em trechos de descida acentuada, o freio-motor ajuda muito os moto-aventureiros, até mesmo os inexperientes. Para relaxar um pouco, o motociclista pode pilotar de pé, já que as pedaleiras são largas. Para fazer trilha, a Lander é um pouco pesada, mas para deslocamentos por estradas de terra é uma excelente opção.

Ficha técnica

Motor: Monocilíndrico, duas válvulas, comando simples no cabeçote (SOHC) com refrigeração mista ar/óleo
Cilindrada: 249 cm³
Diâmetro x Curso: 74,0 x 58,0 mm
Taxa de compressão: 9,80:1
Potência: 21 cv a 7.500 rpm
Torque: 2,1 kgf.m a 6.500 rpm
Alimentação: Injeção eletrônica
Transmissão final: Corrente
Câmbio: Cinco marchas
Embreagem: Multidisco banhado a óleo
Quadro: Semi-berço duplo em aço
Suspensão dianteira: Garfo telescópico de com 240 mm de curso
Suspensão traseira: Monoamortecida com links com 220 mm de curso
Freio dianteiro: Disco de 245 mm, com pinça de dois pistões
Freio traseiro: Disco de 203 mm pinça simples
Rodas e pneus dianteiros: Aro de aço com pneu 80/90-21
Rodas e pneus traseiros: Aro de aço com pneu 120/80-18
Comprimento: 2.125 mm
Distância entre-eixos: 1.390 mm
Altura do assento: 875 mm
Altura mínima do solo: 245 mm
Tanque de combustível: 11 litros (incluindo 4,3 l de reserva)
Peso: 130 kg (a seco) / 141 kg (em ordem de marcha)
Cores: Azul, vermelha e preta
Preço: R$ 10.990,00 (sem frete e seguro)

Fotos: Caio Mattos

Fonte:
Agência Infomoto

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