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Moto

Traxx Best JH 125 G

04 de March de 2007

Aldo Tizzani

Seduzida por um setor em franca expansão e que projeta fechar o ano com mais de 1.450.000 unidades vendidas no mercado interno, a Traxx Motocicletas do Brasil, subsidiária da Jialing, maior fabricante de motos da China, quer aumentar rapidamente sua participação no país com a oferta de modelos populares, com motores entre 50 e 250 cm³. Para isso, a empresa irá inaugurar ainda no primeiro semestre sua fábrica no PIM (Pólo Industrial de Manaus).

Com 30 mil m² — 6 mil m² de área construída —, a planta fabril terá capacidade para produzir 100 mil motos por ano. A intenção da Traxx é abocanhar, até 2009, 5% do mercado de baixa cilindrada.

O grupo, cuja capacidade de produção mundial é de 2 milhões de motos/ano, investiu US$ 3 milhões neste projeto em solo brasileiro. Segundo a empresa, que hoje tem sua base em Fortaleza (CE), já há 10 modelos homologados para serem produzidos na nova fábrica pelo processo CKD.

Entre os cinco modelos atualmente à venda no Brasil — todos importados da China — tivemos a oportunidade de testar a Best, representante da marca no gigante segmento de motos 125cc.

Test-drive

A Best traz de série rodas de liga-leve, freio a disco na dianteira, protetor de escapamento, bagageiro com pontos de fixação para transportar pequenos objetos, lanterna integrada a rabeta e lampejador de farol alto, item utilizado em motos de maior porte e cilindrada. Além de um chamativo adesivo “brilhante” no tanque de gasolina. Mas gosto não se discute.

O preço sugerido é de R$ 5.158,00, valor bastante competitivo se comparado com a Yamaha YBR 125 ED (R$ 6.443,00) e a Suzuki Yes (R$ 5.758,00). Se preferir, o motociclista pode pagar a Best 125 via consórcio, em 60 parcelas de R$ 115,32.

Ciclística e motor

Os freios e as suspensões trabalham em perfeita harmonia na moto street chinesa. Na dianteira, o freio a disco ventilado é eficiente. Os tradicionais garfos telescópicos, além de serem bastante firmes, absorvem bem as irregularidades da pista. Na traseira, a suspensão bichoque e o freio a tambor dão contado recado.

Na parte mecânica, básica e funcional, nenhuma novidade. Motor monocilíndrico de 124,5 cm³, que gera uma potência máxima de 9,93 cv a 8500 rpm. Em função de seu torque — 0,80 Kgf.m a 7.500 rpm —, a moto não tem muita força nas largadas e retomadas, mas cumpre perfeitamente seu papel, o de ser uma boa opção de transporte ou uma versátil ferramenta de trabalho. Com 110 quilos (peso a seco), a Best se desloca bem pelos corredores formado pelos automóveis.

O propulsor quatro tempos trabalha redondo e o som, mais grave, amplificado pelo escape, é bastante agradável. Detalhe: o acionamento do motor pode ser feito de duas formas, pedal ou pela comodidade da partida elétrica; mas a moto só liga se a embreagem estiver acionada. O câmbio de cinco marchas ainda é um pouco impreciso, principalmente quando se passa de primeira para segunda marchas ou vice-e-versa.

Ergonomia

A Traxx Best JH 125 G oferece uma boa posição de pilotagem para o motociclista com até 1,70 m. Se o piloto tiver uma maior estatura vai sofrer com as pedaleiras recuadas e, conseqüentemente, as pernas mais flexionadas. O banco, em dois níveis, é estreito e poderia ter um espuma com maior densidade.

Os comandos operacionais são bastante funcionais. Destaque para o sinal sonoro que avisa que o pisca-pisca (de lentes brancas) está ligado; para o lampejador de farol alto, que fica no punho esquerdo e também um indicador de marchas no centro do painel. Há ainda outras informações: hodômetros total e parcial, velocímetro e conta-giros.

O que não dá para entender é que no modelo testado há um indicador de voltagem no painel, em vez de um marcador de combustível. Porém, na motocicleta ano/versão 2007 a empresa informa que esta “falha” já foi sanada e no lugar do voltímetro, o essencial marcador de combustível.

As rodas de liga-leve de três pontas são calçadas com pneus chineses de nome impronunciável, por sinal. O composto é muito duro e não passa confiança nas curvas  frenagens. E em severas condições de pilotagem, pisos irregulares ou escorregadios, não oferecem muita estabilidade. Apenas um detalhe que pode ser facilmente resolvido com a nacionalização e a adoção de um pneumático de maior qualidade.

Ficha Técnica

Motor: monocilíndrico, OHV, quatro tempos, refrigerado a ar
Cilindrada: 124,5 cm³
Potência: 9,93 cv a 8500 rpm
Torque: 0,80 Kgf.m a 7.500 rpm
Câmbio: 5 velocidades
Taxa de compressão: 9,2:1
Carburador: venturi de 22 mm
Embreagem: manual
Partida: elétrica/pedal
Ignição: eletrônica, tipo CDI
Suspensão dianteira: telescópica, com 120 mm de curso
Suspensão traseira: bichoque, com 55 mm de curso
Frio dianteiro: disco simples, com pinça de pistão duplo
Freio traseiro: tambor
Rodas e pneus dianteiros: 2.75-18
Rodas e pneus traseiros: 3.00-18
Comprimento total: 2040 mm
Largura total: 746 mm
Altura total: 1066 mm
Distância do solo: 150 mm
Peso seco: 110 Kg
Carga máxima: 180 Kg
Tanque de combustível: 14 litros
Cores: vermelha e preta
Preço:  R$ 5.158,00

Fotos: Henrique Castro

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