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Moto

Perfil do motociclista: Quem somos?

27 de July de 2007

Aldo Tizzani

Hoje é comemorado o Dia do Motociclista. Que tal então nesta data especial, 32 anos após a fabricação da primeira motocicleta “made in Brazil” — a Yamaha RD 50 —, desvendarmos qual é o perfil do comprador de motos no Brasil?

Detalhe: Segundo dados da Abraciclo (Associação dos Fabricantes de Motocicletas) até o final do ano teremos mais 1,5 milhão de motocicletas novas circulando pelo país. Com isso, a frota de duas rodas subirá para 8,8 milhões, segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Para chegar ao comprador final, primeiro temos que fazer uma análise do comportamento da sociedade, principalmente a que habita os grandes centros urbanos. Hoje, a motocicleta é mais que uma ferramenta de trabalho. É um veículo de transporte rápido e econômico, que veio preencher uma lacuna deixada pelo ineficaz transporte público, além de ser uma alternativa aos congestionamentos das grandes cidades.

Outro fator que contribuiu para o crescimento de vendas — 20% só no primeiro semestre — foi a ampliação das linhas de crédito, além de um grande oferta entre marcas e modelos da base da pirâmide (até 200 cm³). Só para se ter uma idéia, financiamento e consórcio juntas compartilham a preferência de 76% dos motociclistas.

A compilação de dados feita pela Abraciclo leva em consideração pesquisa que é entregue pelo comprador ao concessionário na hora da entrega do bem. Um dado que chama bastante a atenção é que 72% dos compradores adquiriram uma moto pela primeira vez. Do total, 93% irão usar o veículo na cidade. Reflexo da inoperância do serviço público de transporte.

Os homens ainda são maioria na condução de uma motocicleta (76%), porém a participação feminina vem crescendo a passos largos. Em 1992, eram 14%. Hoje, representam 24% dos comparadores de motos. Outro dado interessante apresentado pela pesquisa é que 26% dos novos motociclistas têm mais de 40 anos de idade. E são na sua grande maioria casados.

“Hoje, a moto é um eficaz meio de transporte. Além disso, há muitas opções no mercado e várias formas de pagamento”, explica Moacyr Paes, diretor-executivo da Abraciclo, afirmando que 74% deste público usa a motocicleta para chegar ao trabalho ou em seu local de estudo. “Com o passar das décadas o brasileiro absorveu a cultura motociclística”.
 
Mercado aquecido

De acordo com a Abraciclo, que reúne Harley-Davidson, Honda, Kasinski, Sundown e Yamaha, a produção no primeiro semestre alcançou a marca de 876.508 unidades (23,1% maior que no mesmo período do ano passado). Já as vendas no varejo, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), levaram 771.155 novas motos para as ruas até junho.

Segundo a entidade, no ranking dos dez veículos mais vendidos no país, cinco são motos. A primeiríssima colocação fica com a Honda CG 150 (239.951 unidades), seguida pela Honda CG 125 Fan (segunda, com 151.188), Honda Biz 125 (quinta, com 105.784) e Yamaha YBR 125 (oitava, com 62.062). Para fechar o top ten dos veículos mais vendidos vem a Honda NXR 150 (décima, com 56.079 unidades).

Até o final do ano, a Abraciclo prevê produção recorde de 1,65 milhão de unidades, sendo 1,51 milhão para o mercado interno e 140 mil destinadas às exportações. Ou seja, incremento de 19,1% se comparado a 2006.

Fotos: Caio Mattos, Arthur Caldeira e Divulgação.

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