Com a aproximação do final de ano, se encerra mais uma temporada de lançamentos de novas motos que estarão à disposição dos consumidores já nos próximos meses ou a partir de 2008.
Entre as várias novidades apresentadas, selecionamos as dez mais aguardadas ou que mais impacto trouxeram para os seus respectivos segmentos de mercado e público-alvo.
Para começar, o lançamento mais importante do ano foi o da nova Hayabusa modelo 2008. Desde 1999 a Suzuki GSX-R 1300, a Hayabusa, não sofria modificações e seu projeto já demonstrava necessitar de uma atualização.
Embora continuasse vendendo bem, pois se tornou uma “lenda” entre todas as motos já fabricadas, alimentando um extenso mercado de pós-fabricantes e tendo permanecido na mente dos consumidores como a moto de série mais veloz do mundo, sua posição começava a ser ameaçada, principalmente pelo tempo e também comercialmente pelos descontos que eram concedidos para que continuasse com boa demanda.
Há alguns anos se especulava sobre o lançamento de um modelo novo desta moto ou, até mesmo, se ela seria descontinuada. Mas nada existia. Boatos e rumores corriam por todo o mundo, mas nada de oficial era divulgado.
Podendo ser considerado um “case” entre os fabricantes de veículos, o lançamento da nova Hayabusa foi um segredo até o último minuto, sem que tivesse ocorrido um único vazamento de informação ou flagrante de pré-teste de produção. O quê foi mais reforçado quando recentemente soubemos que desde o início de 2005 ela já estava pronta para ser lançada.
Em função da repercussão mundial que o lançamento do modelo 2008 desta moto provocou, é da Hayabusa o principal lançamento de moto feito em 2007.
Pena que, no Brasil, a J. Toledo vai “cozinhar” um pouco os seus potenciais clientes até que seu estoque do modelo atual (já descontinuado) acabe. Pelo visto, lá pelo final do ano de 2008 ou mesmo em 2009.
Em segundo lugar, a recém lançada Varadero da Honda promete dar um fôlego extra para o segmento de “big trails” no nosso mercado nacional. Estas motos são especialmente apreciadas para viagens longas pela robustez, desempenho, capacidade de carga e conforto que proporcionam.
Com um belo design, imponente e com um custo relativo mais acessível, a Varadero deve fomentar o sonho de liberdade dos motociclistas brasileiros que, com a queda da cotação do dólar frente ao real e com as facilidades de crédito, devem começar a buscar motos de maior cilindrada para seu lazer.
Em terceiro lugar, a MT-01 da Yamaha aportou um banho de tecnologia num segmento que deve ser palco de muita disputa entre as grandes fabricantes, o segmento das “big nakeds”. Uma versão em duas rodas dos “muscle cars” da década de 70, as “big nakeds” são motos de grande cilindrada, com aparência encorpada, com capacidade de múltiplo uso tanto em cidades quanto em viagens, com performance próxima das superesportivas.
Em quarto lugar, os amantes das lendárias Harley Davidson podem ficar felizes por poder contar com uma nova moto que tornará este sonho mais próximo, a FXCW Rocker. A nova moto “custom” reproduz fielmente as linhas de uma original “chopper hardtail”, que é rebaixada e tem como principal diferencial preservar todo o conforto na dirigibilidade.
O termo “hardtail” refere-se ao estilo limpo dos quadros, sem suspensão traseira. A frente inclinada, o design do banco e a pintura original fazem da nova Rocker a evolução mais significativa da linha Softail, desde sua chegada ao mercado, em 1984.
Em quinto lugar, a nova GSX-F 650 da Suzuki promete ser a líder no segmento de entrada de linha para as superesportivas, como vinha sendo a GSX-F 750, a Katana. De um lado, é uma pena que seja descontinuada esta “sete galo”, mas, por outro lado, a evolução que representará a introdução do novo motor de 650 cc com injeção eletrônica e refrigeração à água deverá ser muito bem recebida pelos consumidores.
Mas, também neste modelo, os consumidores brasileiros terão de esperar pelo fim dos estoques da J. Toledo para só então ver esta nova moto por aqui, apesar dela ter recebido tanto destaque mundial por parte da Suzuki quanto a própria Hayabusa.
Em sexto lugar, a BMW promete se apresentar para a briga de superbikes com a HP2 Sport. Para 2008, a fábrica alemã já confirmou que colocará seu modelo de motor boxer de dois cilindros para competir com as grandes japonesas e com a Ducati.
Os dados técnicos da HP2, à primeira vista, sugerem que ela seria comparável com as 600 cc japonesas, mas veremos como ela se sairá nas pistas. Em se tratando de BMW, é bem possível que este modelo fique “vitaminado” o suficiente para ser um competidor de respeito na briga por vitórias e pelo campeonato.
Em sétimo lugar, o segmento “off road” recebeu com muita satisfação o lançamento da WR250X pela Yamaha. Esta Super Moto virá equipada com um novíssimo motor monocilíndrico com sistema de injeção de combustível com 4 válvulas (2 de titânio para admissão e 2 de aço para exaustão) e duplo comando.
É mais um fabricante que acredita na ampliação da prática do “Supermotard”, categoria que vem agradando a muitos pilotos, por conciliar condições de corrida em pista com fora de estrada, manobras tanto de motovelocidade quanto de motocross.
Enquanto isto, o grande indicativo deste lançamento é que é possível que em breve saia uma versão da Yamaha Lander 250 como “Super Moto”.
Em oitavo lugar, a CBR 1000 RR se destacou não só pelos seus atributos na acirrada briga da categoria das superbikes, mas pela “furada” da Honda em seu lançamento.
Quando noticiamos em primeira mão para todo o Brasil, em 8 de setembro, o lançamento dos novos modelos Honda para 2008, nem nos demos conta de que a fábrica tinha cometido um grande erro no “hot site” construído especialmente para mostrar as motos recém-reveladas.
Aconteceu que neste “hot site” havia uma indicação de que a nova CBR 1000 seria oficialmente lançada somente em 28 de setembro, mas uma foto dela foi apresentada, indicando até os novos esquemas de cores que seriam disponibilizados.
Isto foi o suficiente para frustrar muito do apelo do lançamento que aconteceria no Salão de Paris. Imediatamente, vários fóruns e debates se desenrolaram pela Internet comentando o design que seria aplicado à CBR 1000 RR 2008 e comparando-a com suas concorrentes diretas.
Em nono lugar, destacamos as motos elétricas. A “onda verde” que assola os fabricantes de veículos visa melhorar a imagem de carros e motos e retirá-los da lista de vilões do meio ambiente. Motos como a Zero Eletric que apresentamos em agosto deste ano serão cada vez mais comuns, tanto nas cidades, como em estradas e até mesmo em competições.
Inevitavelmente, as motos do futuro (próximo) terão propulsão elétrica em sua forma pura ou híbrida com outro combustível como propulsor.
Em décimo lugar, alertamos para a invasão chinesa. Neste último “Salão Duas Rodas” ficou evidente que muitas marcas chinesas estão entrando em nosso mercado.
Se estas motos são atraentes pelo preço lembramos que este preço é obtido por meio de sacrifício de direitos sociais dos trabalhadores chineses e de taxação quase nula. O efeito da entrada desregrada destas motos em nosso mercado pode ser mais devastador para nossa economia do que benéfico.
Motos como a Traxx Fly 125 que foi aqui analisada em agosto apresenta uma série de atrativos, mas devemos estar atentos para algumas motos chinesas que visivelmente tem problemas de qualidade de produção e, portanto, são à primeira vista mais baratas, mas descartáveis em pouco tempo.
Estes foram os principais lançamentos que enumeramos para este ano. Você concorda com este ranking? Qual a sua opinião sobre os principais lançamentos do ano de 2007? Faça seus comentários!
Fonte:
Equipe MOTO.com.br
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