Murillo Ghigonetto
De um lado a centenária Harley-Davidson, do outro a jovem Victory Motorcycles, que vem ganhando cada vez mais destaque no mercado norte-americano de duas rodas.
Com o lançamento do ousado modelo Vision, a Victory, com apenas 10 anos de existência, promete brigar por um mercado até então dominado pelas clássicas Harley-Davidson.
A aposta está em um conjunto diferenciado, mais moderno, e que promete revolucionar o jeito americano de se fabricar motos touring.
Com sede nos Estados Unidos, a primeira vez que se ouviu notícias da Victory Motorcycles foi em 1997, com o lançamento de seu modelo V92C. Na ocasião, a repercussão foi grande e suficiente para que a Polaris também apostasse suas fichas no negócio, com a compra da marca.
Hoje, a Victory Motorcycles já conta com uma extensa linha de motos touring, que vai desde as mais simples, às mais luxuosas e sofisticadas, como a versão 2008 da “gigante” Vision. E é com este modelo que a fabricante espera continuar crescendo cada vez mais no concorrido mercado norte-americano. Se depender de estilo, tem tudo para alcançar seu objetivo.
Com linhas bastante imponentes, a Vision é ideal para ser pilotada na estrada. Na dianteira uma grande carenagem garante total proteção contra o vento para piloto e passageiro. Destaque também para o tanque com capacidade de 22 litros, bom para longas viagens.
O grupo óptico é formado por um grande farol central, com os piscas dispostos lateralmente e embutidos na carenagem. Apesar de seu porte, o assento do piloto é baixo (673 mm). O lado negativo fica por conta do alto peso, 365 quilos.
Suas linhas curvas são diferentes de qualquer outro modelo de mesmo porte e conferem um estilo único. Neste sentido, destaque para o formato em “gota” das malas laterais. Até mesmo as pedaleiras ganharam desenho com a mesma forma. Na traseira, o design é dominado pela lanterna de freio em “V”, de Victory, claro.
V2 de 1.700 cc
O conjunto mecânico é formado por um propulsor de dois cilindros em “V” posicionados a 50 graus, com 1,721 cm³, com injeção eletrônica, arrefecimento a ar e óleo, capaz de desenvolver 92 cv de potência com torque de 15 kgf.m.
O câmbio é de seis velocidades com a transmissão final feita por correia reforçada em carbono. A suspensão dianteira usa um garfo telescópico com tubo de 43 mm e tem curso de 130 mm.
Na traseira o sistema usa um monoamortecedor com curso de 120 mm regulável. As rodas são de 18 polegadas com freio de disco duplo de 300 mm na frente, e atrás disco simples de 300 mm com rodas de 16 polegadas.
Disponível em duas versões, Street e Tour, as motos se diferenciam apenas por alguns detalhes cromados e pela maior capacidade de carga da Tour (110 litros).
Na lista de equipamentos disponíveis estão inclusos conjunto de som com MP3, assento com aquecimento, pára-brisa com ajuste elétrico, e até um sistema de navegação por GPS.
A versão mais básica (Street) tem preço a partir de US$ 18.999. Já a Tour está a venda por US$ 19.999. Com todos esses atributos modernos, o modelo promete dar muito trabalho à “clássica” concorrência.