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Essa foi, de longe, a motocicleta que mais chamou a minha atenção e despertou curiosidade no Salão Duas Rodas 2017 . A nova Fat Bob passou por uma reformulação drástica em seu visual , algo que lhe fez muitíssimo bem. Agora ela conta com um estilo único, mais imponente e agressivo que nunca , com acabamentos premium e o potente motor Milwaukee-Eight nas configurações 107 (1.745 cm³) e 114 (1.868 cm³). Seu preço? A partir de R$ 59.980 (preço sugerido para a versão 107; e a partir de R$ 67.480 para a versão 114) .
O modelo ficou 15 kg mais leve em relação ao anterior . Sua suspensão dianteira ficou mais firme, com garfos dianteiros invertidos de 43 mm . A balança transfere o movimento da roda traseira para a nova suspensão monoamortecida, com o amortecedor escondido sob o assento. Com essa configuração, a motocicleta copia muito bem as irregularidades do solo . O console embutido no tanque conta com painel de cinco polegadas que integra todos os indicadores, incluindo o nível de combustível, e é de fácil visualização.
Deixando seu visual ainda mais interessante , outros detalhes que muito me agradaram, estão o escape duplo (2-1-2 em aço inox), com acabamento personalizado, e os pneus , sendo o dianteiro de 150 mm e o traseiro de 180 mm. Assim, a Harley-Davidson fez com que a Fat Bob ficasse pronta para enfrentar um verdadeiro “ Apocalipse Zumbi ”, com seu exclusivo farol retangular, em LED, que dividiu opiniões.
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Outro ponto importante, e que merece destaque , diz respeito aos freios , especialmente na dianteira, com belos discos duplos , que param com tranquilidade e segurança os 16 quilos de torque do motor de 1.868 cm³ (precisamente 16,01 kgf.m a 3.250 rpm). Um dos poucos pontos negativos fica por conta do seu tanque de combustível , com capacidade para apenas 13,6 litros . Porém, rodando em teste na cidade e na estrada, enrolando o cabo com gosto pelas rodovias , experimentando as acelerações e retomadas mais que vigorosas proporcionadas pelo motor Milwaukee-Eight 114, obtivemos um consumo médio de 18,5 km/L . Impressionante. Ao completar o tanque da Fat Bob , o computador de bordo sugere uma autonomia de 270 km, ou seja, uma média de 19,85 km/L, mostrando que não ficamos tão fora do esperado pela Harley-Davidson .
A motocicleta tem poder de sobra para encarar a estrada com muito conforto , com câmbio de seis velocidades, proporcionando uma boa posição de pilotagem, com o guidão bem disposto, contando com ajuste de inclinação. É importante lembrar que a motocicleta vibra muito menos que sua antecessora devido ao novo sistema de contra-balanceadores internos. O mesmo podemos dizer sobre o aquecimento, que melhorou consideravelmente, tornando a pilotagem ainda mais gostosa , até mesmo em ambiente urbano. Ponto positivo para a Harley-Davidson .
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Apesar de seu tamanho e dos grandes pneus, a Harley-Davidson Fat Bob mostrou-se muito boa de curva , ainda mais se lembrarmos que trata-se de uma moto custom de 306 kg. Sua ciclística mais “agressiva” compensa um pouco o largo pneu de 150 mm na dianteira e deixa a Fat Bob precisa também nas entradas de curvas. Isso sem falar do assento, muito confortável, tanto para o piloto como para o garupa . Os novos materiais do banco proporcionam um ajuste melhorado para uma gama mais ampla de pilotos e também garantem maior conforto para viagens de longas distâncias. Eles são mais confortáveis, já que o novo design facilita o alcance do piloto ao chão.
Minha conclusão: a Harley-Davidson surpreendeu, de forma muito positiva, ao realizar uma verdadeira cirurgia plástica no modelo Fat Bob , conquistando novos adeptos. Os motores Milwaukee-Eight 107 (1.745cc) e Milwaukee-Eight 114 (1.868cc) , o chassi redesenhado e a suspensão aprimorada deixam o modelo em um novo patamar. Pilotar esta moto, independente do motor que a equipa, transmite uma sensação incrível de prazer e liberdade.
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FICHA TÉCNICA – HARLEY-DAVIDSON FAT BOB 114
Texto: Alexandre Ciszewski/MOTO.com.br
Fotos: Alexandre Ciszewski/MOTO.com.br e Divulgação/Victor François/HDBrasil