Frota brasileira de motocicletas pode dobrar

Mercado está em crescimento e traz novos investidores.

Por Bruno Rocco

Arthur Caldeira

Que o mercado de motos tem crescido vertiginosamente nos últimos anos não é nenhuma novidade. Em 2006, os emplacamentos aumentaram 25,29% em relação ao ano anterior e deve se manter no mesmo patamar em 2007 – até julho deste ano o crescimento era de 29,10%.

A boa notícia é que o aumento das vendas deve continuar por um bom tempo, prevê o Professor Otílio Rodrigues, consultor especializado no mercado de veículos automotores, que participou do XVII Congresso da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), realizado em Curitiba nos 24 e 25 de agosto.

Porém, Rodrigues aponta o crescimento da rede como o principal fator para que marcas já estabelecidas e as que devem chegar ao Brasil tenham sucesso em um mercado cada vez mais competitivo.

Segundo dados oficiais, o País tem uma frota circulante de mais de nove milhões de motos (9.728.809 veículos de duas rodas). O que significa que há uma motocicleta para cada 18,7 habitantes do Brasil.

Para Otílio Rodrigues, a frota potencial é praticamente o dobro disso: “O número de motos no Brasil pode chegar a mais de 18 milhões, o que resultaria em cerca de 10 habitantes para cada moto”.

Os cálculos do especialista baseiam-se na experiência de outros países com uma enorme frota de duas rodas, como Indonésia e Índia, no aumento dos produtos oferecidos e também na estabilidade econômica do País.

Apesar do crescimento contínuo, prevê uma queda no ritmo. “Crescer 20% ao ano é insustentável. A cadeia produtiva não suporta” afirma Rodrigues.

Oportunidades e riscos

Um mercado que deve crescer pelos próximos dez anos sempre atrai novas marcas, acirrando assim a concorrência.

Como prova disso, Otílio mostra a queda da líder Honda, que tinha cerca de 90% do mercado em 1998 e atualmente possui 74,2%. “Mesmo com a queda do market share, a Honda continua batendo recorde de vendas” completa.

Entretanto, concorrência maior significa uma diminuição na margem de lucro dos concessionários na venda de novas motocicletas, alerta Rodrigues.

Para isso, ele aponta a profissionalização da gestão como principal fator de sucesso neste mercado. “Investir em treinamento, excelência na prestação de serviços, qualidade no atendimento ao cliente e ainda reduzir os custos são os desafios da rede de concessionários” finaliza.

Fonte:
Agência Infomoto

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