Aldo Tizzani
A invasão chinesa ao mercado brasileiro de duas rodas ganhou um aliado de peso: o Grupo Rodobens, um dos maiores conglomerados empresariais do país.
Com faturamento anual de US$ 1,2 bilhão, o grupo está comercializando quatro modelos fabricados na China com sua marca própria, Green Motos.
Por enquanto, há duas concessionárias, uma na cidade de São José do Rio Preto (SP) e outra na capital paulista, mas a idéia é ter 20 concessionárias até o fim do ano.
Com preços que variam entre R$ 3.900,00 e R$ 5.600,00 e baseado nas otimistas previsões do mercado de motos para os próximos anos, o Grupo Rodobens tem como objetivo comercializar 20 mil unidades até 2010. Para alavancar as vendas, a Green Motos utilizará a base de 400 mil clientes do grupo.
O diretor-geral da nova marca de motocicletas, Mário Zidan, acredita que há quatro bons motivos para o motociclista brasileiro comprar um modelo Green. “Maior itens de série se comparado à concorrência, dois anos de garantia sem limite de quilometragem, a confiança na solidez do Grupo Rodobens e preços bastante atrativos”. Segundo Zidan, os quatro modelos têm preços entre 30% e 55% mais baixos que os praticados pelo mercado.
Além do mercado aquecido, a sinergia dos negócios que a Rodobens oferece — incluindo empresas voltadas a financiamento, seguro, consórcio e uma já estruturada rede de concessionárias — é apontada pelo executivo como fator que impulsionou o investimento na importação de motos. “A aceitação dos modelos está acima das expectativas e já reforçamos nosso pedido ao fabricante chinês”, conta, eufórico, Zidan.
Para o executivo do Grupo Rodobens, a empresa tem uma forte vocação para o setor automotivo. “O segmento já está inserido no DNA da Rodobens. Em função do alto grau de nossos produtos, nos sentimos à vontade de importarmos motos com marca própria”.
Por meio de soluções integradas, os produtos da Green poderão ser adquiridos de diversas formas: à vista, financiamento ou consórcio. O motociclista poderá ainda contratar seguros, tudo por meio das empresas do Grupo. “Além de um produto de qualidade, sabemos que o pós-venda é fundamental para a fidelização do cliente e, por isso, estamos priorizando as áreas de assistência técnica e peças na Green Motos”.
As motos chinesas com a marca Green são fabricadas na pequena Província de Wuxi, que fica a cerca de 200 quilômetros de Xangai. A China responde por 50% da produção mundial de motocicletas, com 17 milhões de motos por ano. Para Zidan, apesar de importadas, as motos passaram por inúmeros testes e foram adaptadas para atender às reais necessidades do mercado brasileiro.
Modelos de até 150cc
Hoje, os modelos de até 150 cm³ representam 77% do mercado de duas rodas. E é por esta faixa de cilindrada que a nova marca vem brigar com os líderes de mercado — Honda e Yamaha. São quatro opções nesta faixa de cilindrada: de uma CUB de 110 cm³ até uma on/off-road de 150cc.
A Sport 150 vem preencher uma lacuna deixada pela Daelim Altino, motos de baixa cilindrada com carenagem — apesar de seu design não agradar a muitos. O modelo Green traz carenagem integral, disco duplo na dianteira, rodas de liga-leve e escapamento duplo. O preço é outro atrativo, R$ 4.500,00.
A Easy 110 é o modelo de entrada. Além do motor monocilíndrico de 110 cm³, traz câmbio rotativo de quatro marchas, partida elétrica, freio a disco e indicador de marca, seguindo a receita da Honda Biz e Sundown Web. Custa R$ 3.900,00.
Já a Runner 125 é indicada para o dia-a-dia. Suas principais características são: motor monocilíndrico, assento em dois níveis, freio a disco, amortecedores com regulagem na pressão de mola e completo painel de instrumentos. O preço sugerido é de R$ 3.900,00.
Para finalizar o quarteto verde, a Safari 150 é o modelo on/off-road: traz suspensão dianteira de longo curso, freio a disco, partida elétrica e indicador de marcha digital. É a mais cara da Green, R$ 5.600,00.
Agência Infomoto
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